Os números do IBGE estão aí para confirmar. Agora o País só crescerá com investimento, e ponto final. Está esgotada a fórmula de ampliar a economia pelo aumento de consumo, adotada pelo PT.
A expansão do consumo doméstico está sendo suprida não pelo incremento da produção, mas pelo aumento dos produtos importados. Reportagem de Mariana Branco, da Agência Brasil, mostra que a presença de importados no mercado brasileiro no ano passado foi a maior desde 1996 e bateu recorde.
Segundo a Confederação Nacional da Indústria, em 2012 o coeficiente de participação de bens importados no consumo doméstico foi 21,6%. É o maior desde o início da série histórica, em 1996. De acordo com a entidade, o resultado reflete perda de competitividade dos produtos industriais nacionais ante os importados.
As importações cresceram mais nos grupos informática, eletrônicos e óticos (elevação de 6,4 pontos percentuais em relação a 2011), máquinas e materiais elétricos (4,8 pontos percentuais), farmaquímicos e farmacêuticos (4,6 pontos percentuais) e máquinas e equipamentos (igualmente 4,6 pontos percentuais).
A participação nos insumos adquiridos pela indústria, que mostra o volume de importados na produção nacional, ficou em 23,2%, com aumento de 1,9 ponto percentual em comparação com o resultado de 2011.
A pesquisa mostrou ainda que o coeficiente de exportação, como um todo, atingiu 20,6% no ano passado, ultrapassando a casa dos 20% pela primeira vez desde 2007.
Conforme já divulgado na Tribuna da Imprensa, os investimentos (públicos e privados) anuais previstos para 2013 até 2016 serão da ordem de R$ 950 bilhões; correspondentes a 21,6% do PIB. É um acréscimo de 3,5% em relação ao que foi investido em 2012. E é algo em torno desta taxa que circula a expectativa de crescimento da economia por parte dos especialistas.
A questão é que já estamos em março, e toda a administração petista é marcada pelo atraso nas medidas administrativas. É lamentável.
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