Na verdade,
aqui nesse Blog apenas seguimos a tradição libertária da Tribuna da
Imprensa desde que vem sendo dirigida por Helio Fernandes (não a
Tribuna da Imprensa de Carlos Lacerda ou de Nascimento Britto,
que comprou dele o jornal e depois o vendeu a HF).
Engels e Marx
O Blog é um prolongamento da Tribuna do Helio Fernandes. Por isso, não patrulhamos ninguém, o espaço está aberto a todas as tendências do pensamento político e filosófico, temos orgulho de perseguir essa utopia. É claro que há marxistas por aqui, e eles são sempre bem-vindos, assim como os conservadores, os neoliberais, os anarquistas, os trabalhistas, os niilistas e quem mais se apresentar, à direita, à esquerda ou em cima do muro.
Pessoalmente, considero Karl Marx e Friedrich Engels dois pensadores geniais, verdadeiros patronos do desenvolvimento da Humanidade. Foi a visão deles que melhorou as relações humanas entre capital e trabalho. Tenho particular admiração por Engels, o financiador de Marx. Que sujeito formidável e altruísta. Estava séculos à frente de sua era.
Não há dúvida de que foi o marxismo que obrigou o capitalismo a se depurar e aceitar os direitos sociais e trabalhistas, como o salário mínimo, os dias de descanso, as férias, a aposentadoria, o salário-desemprego, a licença para tratamento de saúde, a pensão, a licença-maternidade e tudo o mais. Quem obrigou essas mudanças não foi o humanismo dos capitalistas, claro. Foi simplesmente o comunismo.
BARBÁRIE
Se não houvesse o marxismo, ainda viveríamos em tempos de barbárie trabalhista e social, não há a menor dúvida. Aliás, lembremos que ainda há países onde o marxismo nem chegou perto e que enfrentam essa barbárie, como a Guiné Equatorial, cujo ditador vitalício é o oitavo homem mais rico do mundo, sem jamais haver trabalhado ou produzido algo de palpável, a não ser a tirania sobre um dos povos mais miseráveis do planeta. Aqui mesmo no Brasil ainda se encontra trabalho-escravo, vejam em que situação está o nosso capitalismo.
O certo é que, 165 anos depois de ter sido criado, o Manifesto Comunista de Marx e Engels é como o Vaticano – precisa ser revisado, atualizado e aprimorado. Como todos sabem, o equilíbrio está no meio. O ideal não é o comunismo nem o capitalismo, mas um sistema híbrido, que garanta os direitos sociais e reduza a exploração do homem pelo homem.
No meu caso, defendo apenas algumas pequenas mudanças no sistema capitalista: educação e assistência médica gratuitas; direito à moradia; transporte público de qualidade; redução da diferença abissal entre os maiores salário e os menores; critério do mérito em oportunidades iguais etc.
São reivindicações simples assim, que já foram alcançadas em países escandinavos, sem guerras de extermínio entre marxistas e capitalistas, apenas aceitando-se a realidade do que é certo, do que é justo, do que é perfeito. Epa! Agora vão me acusar de ser maçom.
Por fim, lembremos que nós vamos passar, todos seremos esquecidos. Marx e Engels, não.
O nome deles está escrito para sempre na primeira página da História Universal. Eles merecem o nosso respeito.
06 de março de 2013
Carlos Newton
NOTA AO PÉ DO TEXTO
"Pessoalmente, considero Karl Marx e Friedrich Engels dois pensadores geniais, verdadeiros patronos do desenvolvimento da Humanidade. Foi a visão deles que melhorou as relações humanas entre capital e trabalho."
O sistema marxista apresentou múltiplos resultados em muitos países, sempre com resultados negativos ou limitados. O que assistimos, quanto a utopia marxista, foi o nascimento de Estados totalitários, com elites governantes tão corruptas, quanto as elites políticas do capitalismo.
O Marxismo, até hoje pouco compreendido e cuja obra principal O Capital, lido apenas por uma elite intelectual, de difícil compreensão, divulgado em suas linhas mais palatáveis em obras de vulgarização de conhecimentos, conseguiu se transformar no 'prato do dia' como crítica ao Capitalismo.
E podemos considerar os resultados do desenvolvimento do Ocidente, social e cientificamente, apesar dos vários problemas inerentes a todos os grupamentos humanos, uma conquista do sistema capitalista.
"O certo é que, 165 anos depois de ter sido criado, o Manifesto Comunista de Marx e Engels é como o Vaticano – precisa ser revisado, atualizado e aprimorado. Como todos sabem, o equilíbrio está no meio. O ideal não é o comunismo nem o capitalismo, mas um sistema híbrido, que garanta os direitos sociais e reduza a exploração do homem pelo homem."
Logo, seguindo as próprias palavras do autor, já não estamos mais diante do Manifesto Comunista, mas de qualquer outro documento, que revisado em seus pontos fundamentais, deixa de representar as idéias de Marx e Engels, cuja linha principal é o monopólio estatal dos meios de produção.
"Se não houvesse o marxismo, ainda viveríamos em tempos de barbárie trabalhista e social, não há a menor dúvida."
Em cima de que razoável juízo pode ser feita tal afirmação? Seria o sistema econômico capitalista, uma exceção histórica, sem a menor possibilidade de desenvolver as mudanças e adaptações indispensáveis a qualquer processo social? Qual a chave dessa 'futurologia' para tal certeza?
E pergunto: em que país aconteceu a utopia marxista, para que possamos julgá-lo o modelo ideal para as sociedades humanas?
É destino de todas as utopias sobreviverem aos desastres que provocam...
Por fim, lembremos que nós vamos passar, todos seremos esquecidos. Marx e Engels, não.
Um fato inevitável. Stalin, Hitler, Che e tantos outros personagens históricos , sempre serão lembrados por seus crimes, assim Marx e Engels serão sempre lembrados pelos seus sonhos utópicos do paraíso operário. Os anônimos, a grande massa humana que apenas passa pela vida sem maiores contribuições ao crescimento da humanidade, como os grandes gênios da ciência, das artes, da política, certamente serão esquecidos. O que não acrescenta nada. As épocas remotas, ou as antiguidades conhecidas, carregam o silêncio sobre grandes figuras humanas que desconhecemos por falta de documentos históricos que narrem as suas virtudes e glórias.
m.americo
Engels e Marx
O Blog é um prolongamento da Tribuna do Helio Fernandes. Por isso, não patrulhamos ninguém, o espaço está aberto a todas as tendências do pensamento político e filosófico, temos orgulho de perseguir essa utopia. É claro que há marxistas por aqui, e eles são sempre bem-vindos, assim como os conservadores, os neoliberais, os anarquistas, os trabalhistas, os niilistas e quem mais se apresentar, à direita, à esquerda ou em cima do muro.
Pessoalmente, considero Karl Marx e Friedrich Engels dois pensadores geniais, verdadeiros patronos do desenvolvimento da Humanidade. Foi a visão deles que melhorou as relações humanas entre capital e trabalho. Tenho particular admiração por Engels, o financiador de Marx. Que sujeito formidável e altruísta. Estava séculos à frente de sua era.
Não há dúvida de que foi o marxismo que obrigou o capitalismo a se depurar e aceitar os direitos sociais e trabalhistas, como o salário mínimo, os dias de descanso, as férias, a aposentadoria, o salário-desemprego, a licença para tratamento de saúde, a pensão, a licença-maternidade e tudo o mais. Quem obrigou essas mudanças não foi o humanismo dos capitalistas, claro. Foi simplesmente o comunismo.
BARBÁRIE
Se não houvesse o marxismo, ainda viveríamos em tempos de barbárie trabalhista e social, não há a menor dúvida. Aliás, lembremos que ainda há países onde o marxismo nem chegou perto e que enfrentam essa barbárie, como a Guiné Equatorial, cujo ditador vitalício é o oitavo homem mais rico do mundo, sem jamais haver trabalhado ou produzido algo de palpável, a não ser a tirania sobre um dos povos mais miseráveis do planeta. Aqui mesmo no Brasil ainda se encontra trabalho-escravo, vejam em que situação está o nosso capitalismo.
O certo é que, 165 anos depois de ter sido criado, o Manifesto Comunista de Marx e Engels é como o Vaticano – precisa ser revisado, atualizado e aprimorado. Como todos sabem, o equilíbrio está no meio. O ideal não é o comunismo nem o capitalismo, mas um sistema híbrido, que garanta os direitos sociais e reduza a exploração do homem pelo homem.
No meu caso, defendo apenas algumas pequenas mudanças no sistema capitalista: educação e assistência médica gratuitas; direito à moradia; transporte público de qualidade; redução da diferença abissal entre os maiores salário e os menores; critério do mérito em oportunidades iguais etc.
São reivindicações simples assim, que já foram alcançadas em países escandinavos, sem guerras de extermínio entre marxistas e capitalistas, apenas aceitando-se a realidade do que é certo, do que é justo, do que é perfeito. Epa! Agora vão me acusar de ser maçom.
Por fim, lembremos que nós vamos passar, todos seremos esquecidos. Marx e Engels, não.
O nome deles está escrito para sempre na primeira página da História Universal. Eles merecem o nosso respeito.
06 de março de 2013
Carlos Newton
NOTA AO PÉ DO TEXTO
"Pessoalmente, considero Karl Marx e Friedrich Engels dois pensadores geniais, verdadeiros patronos do desenvolvimento da Humanidade. Foi a visão deles que melhorou as relações humanas entre capital e trabalho."
O sistema marxista apresentou múltiplos resultados em muitos países, sempre com resultados negativos ou limitados. O que assistimos, quanto a utopia marxista, foi o nascimento de Estados totalitários, com elites governantes tão corruptas, quanto as elites políticas do capitalismo.
O Marxismo, até hoje pouco compreendido e cuja obra principal O Capital, lido apenas por uma elite intelectual, de difícil compreensão, divulgado em suas linhas mais palatáveis em obras de vulgarização de conhecimentos, conseguiu se transformar no 'prato do dia' como crítica ao Capitalismo.
E podemos considerar os resultados do desenvolvimento do Ocidente, social e cientificamente, apesar dos vários problemas inerentes a todos os grupamentos humanos, uma conquista do sistema capitalista.
"O certo é que, 165 anos depois de ter sido criado, o Manifesto Comunista de Marx e Engels é como o Vaticano – precisa ser revisado, atualizado e aprimorado. Como todos sabem, o equilíbrio está no meio. O ideal não é o comunismo nem o capitalismo, mas um sistema híbrido, que garanta os direitos sociais e reduza a exploração do homem pelo homem."
Logo, seguindo as próprias palavras do autor, já não estamos mais diante do Manifesto Comunista, mas de qualquer outro documento, que revisado em seus pontos fundamentais, deixa de representar as idéias de Marx e Engels, cuja linha principal é o monopólio estatal dos meios de produção.
"Se não houvesse o marxismo, ainda viveríamos em tempos de barbárie trabalhista e social, não há a menor dúvida."
Em cima de que razoável juízo pode ser feita tal afirmação? Seria o sistema econômico capitalista, uma exceção histórica, sem a menor possibilidade de desenvolver as mudanças e adaptações indispensáveis a qualquer processo social? Qual a chave dessa 'futurologia' para tal certeza?
E pergunto: em que país aconteceu a utopia marxista, para que possamos julgá-lo o modelo ideal para as sociedades humanas?
É destino de todas as utopias sobreviverem aos desastres que provocam...
Por fim, lembremos que nós vamos passar, todos seremos esquecidos. Marx e Engels, não.
Um fato inevitável. Stalin, Hitler, Che e tantos outros personagens históricos , sempre serão lembrados por seus crimes, assim Marx e Engels serão sempre lembrados pelos seus sonhos utópicos do paraíso operário. Os anônimos, a grande massa humana que apenas passa pela vida sem maiores contribuições ao crescimento da humanidade, como os grandes gênios da ciência, das artes, da política, certamente serão esquecidos. O que não acrescenta nada. As épocas remotas, ou as antiguidades conhecidas, carregam o silêncio sobre grandes figuras humanas que desconhecemos por falta de documentos históricos que narrem as suas virtudes e glórias.
m.americo
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