Acervo do DEOPS é digitalizado disponibilizado na internet
Arquivo Público do Estado de São Paulo publica a partir deste primeiro de abril quase um milhão de imagens de fichas, prontuários e dossiês em site público
No dia em que o Golpe Militar de 1964 completa 49 anos, o Arquivo Público do Estado de São Paulo em parceria com o projeto Marcas da Memória da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça publica oficialmente na internet uma importante parcela do seu acervo.
A partir de hoje, qualquer pessoa pode acessar, entre outros documentos, mais de 274.105 fichas digitalizadas, além de 12.874 prontuários, produzidos pela Delegacia Estadual de Ordem Política e Social, DEOPS-SP (1923-1983); pelo Departamento de Comunicação Social (1983-1999); e pelo DOPS de Santos.
Todo esse acerco, que levou dois anos para ser digitalizado e que consumiu mais de R$ 400 mil pode ser acessado no site “Memória Política e Resistência” (clique aqui).
Esta publicação online facilita o acesso do cidadão à documentação do Estado que lhe diz respeito - das fichas publicadas, boa parte é nominal, ou seja, fichas pessoais -, e ao mesmo tempo abre uma fonte de pesquisa a estudiosos, jornalistas e público em geral.
Trata-se de resgatar uma importante parte da história do país que aconteceu nos bastidores.
Segundo o coordenador do Arquivo Público, Carlos Bacellar, a publicação desta parcela do acervo na Internet sinaliza a ampliação do acesso à informação, no espírito da Lei Federal no 12.527, e do Decreto Estadual no 58.052, que a regulamenta. “O esforço de digitalização e publicação dos documentos do DEOPS vem neste sentido, assim como nosso trabalho de gestão documental, que garante o acesso da população às informações que lhe dizem respeito. E este trabalho não vem de hoje: garantimos o acesso à documentação do DEOPS desde 1994”.
A publicação destes documentos está apenas começando, mas pelo menos uma parte do acervo digitalizado já causou impacto: os livros de portaria do DEOPS, onde ficavam registradas as entradas de agentes da repressão e visitantes.
Levados ao conhecimento da Comissão Estadual da Verdade, esses livros suscitaram uma série de questionamentos: entre os registros, constavam visitantes do Consulado dos EUA e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).
Independente de descobertas bombásticas como essas, a utilidade social do acervo vem sendo provada no dia-a-dia do atendimento aos consulentes no Arquivo Público.
A digitalização do acervo do DEOPS acontece hoje, primeiro de abril de 2013, no evento MEMÓRIA DIGITAL: Os Arquivos do DEOPS de São Paulo na Internet.
Ele contará com a presença de Paulo Sérgio Pinheiro, presidente da Comissão Nacional da Verdade; Paulo Abrão, secretário nacional da Justiça e presidente da Comissão da Anistia do Ministério da Justiça; Marlon Weichert, procurador regional da República; Ivan Akselrud de Seixas, representante da Comissão Parlamentar Estadual da Verdade; Adriano Diogo, deputado estadual e presidente da Comissão Parlamentar Estadual da Verdade; Rogério Sotili, secretário municipal de Direitos Humanos de São Paulo, e Vladimir Sacchetta, presidente da Associação de Amigos do Arquivo e membro do Núcleo de Preservação da Memória Política.
01 de abril de 2013
café história
- Comentário de Antonio Paiva Rodrigues
- Essa comissão da verdade só existe verdade no título, visto que é uma pura mentira. Por que a Comissão só irá julgar um lado? E por que o outro lado recebeu as benesses da neglig~encia governamental? Ah! Brasil.
- Comentário de Antonio Paiva Rodrigues
- Considero essa matéria discriminatória. Pergunto:por que não criam o museu da corrupção, do terrorismo que assolou o Brasil durante o governo dos militares.
- Se existiram duas revoluções uma teria que vencer. Felizmente a mais fraca e desorganizada perdeu e feio e, agora querem culpar os militares por tudo de ruim que aconteceu no Brasil. Quando existem lutas feridos e mortos são inevitáveis.
- O problema é que a mídia marron brasileira com receio de truculência do governo atual ficam jogando a honra dos militares no fogo. Duvido: se pelo menos um dos ex-presidentes militares estive vivo se essa baderna política estaria acontecendo.
- A verdade é que tem muita gente escondendo o rabo para não queimar ou são "covardes" e usam artimanhas discriminatórias para melhor passar. Um governo com 29 ministérios mostra a incapacidade política e quer formar um grande cabide de empregos e quem paga os impostos somos nós da classe média.
- O brasileiro gosta mesmo de sofrer ou viver de esmolas com vem acontecendo com as famigeradas bolsas, inclusive a imoral bolsa detenção. Quando se fala em cultura surge vale. Abraços.
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