Porco voa?
Segundo Nietzsche, sim. É impossível cercar uma boa doutrina: os porcos criam
asas, disse o pensador alemão. Estava antevendo a apropriação pelos nazistas de
sua obra. No que depender de muçulmanos, porco não voa.
Tenho comentado seguidamente a submissão do Ocidente ao islamismo. A França, mais do que nenhum outro país, é quem mais se entrega aos bárbaros. A submissão é tal que está afetando a restauração no país. Já em 2010, José Antonio Dias Lopes, cronista gastronômico do Estadão, sempre atento ao que se come no mundo, escrevia em sua coluna que o mercado para produtos muçulmanos, que movimenta entre 5,5 bilhões e 6 bilhões de euros por ano, está fazendo com que industriais e comerciantes ofereçam produtos, sobretudo alimentos, feitos segundo os princípios do islamismo, a religião de boa parte dos consumidores.
“É o que acontece, por exemplo, com a cadeia europeia de fast food Quick, rival da americana McDonald's – diz o cronista -. No início do mês, ela anunciou que 22 dos seus 358 endereços no território francês passaram a trabalhar exclusivamente com carne halal, ou seja, certificada pela regra muçulmana. Até então, eram apenas oito. Foi o sucesso das casas pioneiras que levou a Quick a quase triplicá-las. As vendas dobraram com a adoção da carne halal. Mas a novidade provocou controvérsia. Um prefeito do norte do país acusou a cadeia de comida rápida de criar "uma espécie de apartheid". A Quick se defendeu dizendo que as lojas estavam abertas a todas as pessoas, não só aos muçulmanos.
“A carne halal não apresenta diferença das outras. Impossível descobrir, ao morder um sanduíche, se ele é recheado com a certificada ou a haram (proibida). O que difere é o modo de abate do animal. Para se tornar permitida, a carne necessita proceder de um bovino, ovino, caprino ou galiforme (frango, galinha ou galo) sacrificado conforme os preceitos do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos.
"No momento do abate, o animal deve ser saudável e estar virado para a cidade de Meca, no sudoeste da Arábia Saudita. Quem o realiza tem de ser muçulmano e conhecer as regras islâmicas. O ritual acontece com faca afiada. Atinge-se a jugular o mais rápido possível, para abreviar o sofrimento e esgotar completamente o sangue, cujo consumo os muçulmanos abominam, pois acreditam abrigar a alma. Antes do abate, pronuncia-se a frase: "Em nome de Alá, o mais bondoso, o mais misericordioso". Já no caso das carnes haram - seja a de porco, cobra, cachorro, gato, tigre ou de todos os animais carnívoros - não existe possibilidade de purificá-las.
“As 22 lojas francesas da Quick que só operam com halal também aboliram os ingredientes suínos, a começar pelo bacon, trocado por lâminas de frango defumado. Os países de formação cristã sempre tiveram dificuldades de entender as proibições ao consumo de porco feitas no Alcorão e no Levítico, terceiro livro do Antigo Testamento dos judeus. Talvez aí se encontre uma das razões da polêmica causada pela Quick. Em compensação, os muçulmanos da França se sentem gratificados. Assim como os judeus, eles julgam ''imundo'' ingerir carne suína (Alcorão, Surata 6:145).”
Ano passado, Marine Le Pen provou uma polêmica na França, ao afirmar que a maior parte da carne consumida no país era halal. Para ampliar o mercado, os comerciantes já produzem carne halal direto. "Todos os matadouros da região de Paris vendem carne halal, sem excepção. Não há senão carne halal", argumentou Le Pen, em um congresso em Lille do seu partido, a Frente Nacional. E ameaçou apresentar queixas legais contra os distribuidores por “enganarem os consumidores”.
O Ministério da Alimentação negou, garantindo que a carne halal ou, para o mesmo efeito, kosher (judaica) é proveniente de “pequenos matadouros, de proximidade, que servem uma comunidade muçulmana ou uma comunidade judaica” – e não preparada e distribuída em exclusivo para toda a região. O que não impediu que, no mesmo ano, ainda pensando em reeleger-se, Sarkozy tenha declarado que deve ser “reconhecido o direito de todos a saber o que estão a comer, halal ou não. Quero ver a carne etiquetada consoante o método de matança”.
O problema não é exatamente saber se a carne é halal ou não. Halal, quando se come, não se distingue da haram - todo açougueiro sabe disso. O que os jornais não dizem é que o contribuinte francês não está gostando de pagar mulás para benzer carnes que, bem ou mal, acaba comendo. E não é só de porco, mas também de bovinos,ovinos e aves.
O Dailymail de hoje nos traz mais um exemplo de submissão do Ocidente aos muçulmanos. A empresa australiana Qantas decidiu que nenhum alimento que contenha carne de porco ou produtos suínos será servido nos vôos europeus. Salsichas de porco estão agora proibidos de vôos da Qantas pela Europa após uma fusão com a Emirates. Os menus da Qantas em vôos dentro e fora de Dubai afirmam que as refeições não contém produtos de carne de porco ou álcool. A Europa tem centenas de milhares de judeus, para quem a carne suína é não-kasher, isto é, proibida. Nem por isso impõem a companhias aéreas a proibição de qualquer alimento.
Enfim, sempre há sucedâneos para carne de porco. Mas o álcool não pode ser substituído por refrigerantes. Até hoje, as empresas aéreas forneciam qualquer comida para seus clientes e refeições especiais para quem, por motivo de religião ou saúde, não pode comer determinados produtos. Não basta para os muçulmanos.
E o Ocidente se dobra, submisso, às exigências dos cabeças-de-toalha.
06 de abril de 2013
janer cristaldo
Tenho comentado seguidamente a submissão do Ocidente ao islamismo. A França, mais do que nenhum outro país, é quem mais se entrega aos bárbaros. A submissão é tal que está afetando a restauração no país. Já em 2010, José Antonio Dias Lopes, cronista gastronômico do Estadão, sempre atento ao que se come no mundo, escrevia em sua coluna que o mercado para produtos muçulmanos, que movimenta entre 5,5 bilhões e 6 bilhões de euros por ano, está fazendo com que industriais e comerciantes ofereçam produtos, sobretudo alimentos, feitos segundo os princípios do islamismo, a religião de boa parte dos consumidores.
“É o que acontece, por exemplo, com a cadeia europeia de fast food Quick, rival da americana McDonald's – diz o cronista -. No início do mês, ela anunciou que 22 dos seus 358 endereços no território francês passaram a trabalhar exclusivamente com carne halal, ou seja, certificada pela regra muçulmana. Até então, eram apenas oito. Foi o sucesso das casas pioneiras que levou a Quick a quase triplicá-las. As vendas dobraram com a adoção da carne halal. Mas a novidade provocou controvérsia. Um prefeito do norte do país acusou a cadeia de comida rápida de criar "uma espécie de apartheid". A Quick se defendeu dizendo que as lojas estavam abertas a todas as pessoas, não só aos muçulmanos.
“A carne halal não apresenta diferença das outras. Impossível descobrir, ao morder um sanduíche, se ele é recheado com a certificada ou a haram (proibida). O que difere é o modo de abate do animal. Para se tornar permitida, a carne necessita proceder de um bovino, ovino, caprino ou galiforme (frango, galinha ou galo) sacrificado conforme os preceitos do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos.
"No momento do abate, o animal deve ser saudável e estar virado para a cidade de Meca, no sudoeste da Arábia Saudita. Quem o realiza tem de ser muçulmano e conhecer as regras islâmicas. O ritual acontece com faca afiada. Atinge-se a jugular o mais rápido possível, para abreviar o sofrimento e esgotar completamente o sangue, cujo consumo os muçulmanos abominam, pois acreditam abrigar a alma. Antes do abate, pronuncia-se a frase: "Em nome de Alá, o mais bondoso, o mais misericordioso". Já no caso das carnes haram - seja a de porco, cobra, cachorro, gato, tigre ou de todos os animais carnívoros - não existe possibilidade de purificá-las.
“As 22 lojas francesas da Quick que só operam com halal também aboliram os ingredientes suínos, a começar pelo bacon, trocado por lâminas de frango defumado. Os países de formação cristã sempre tiveram dificuldades de entender as proibições ao consumo de porco feitas no Alcorão e no Levítico, terceiro livro do Antigo Testamento dos judeus. Talvez aí se encontre uma das razões da polêmica causada pela Quick. Em compensação, os muçulmanos da França se sentem gratificados. Assim como os judeus, eles julgam ''imundo'' ingerir carne suína (Alcorão, Surata 6:145).”
Ano passado, Marine Le Pen provou uma polêmica na França, ao afirmar que a maior parte da carne consumida no país era halal. Para ampliar o mercado, os comerciantes já produzem carne halal direto. "Todos os matadouros da região de Paris vendem carne halal, sem excepção. Não há senão carne halal", argumentou Le Pen, em um congresso em Lille do seu partido, a Frente Nacional. E ameaçou apresentar queixas legais contra os distribuidores por “enganarem os consumidores”.
O Ministério da Alimentação negou, garantindo que a carne halal ou, para o mesmo efeito, kosher (judaica) é proveniente de “pequenos matadouros, de proximidade, que servem uma comunidade muçulmana ou uma comunidade judaica” – e não preparada e distribuída em exclusivo para toda a região. O que não impediu que, no mesmo ano, ainda pensando em reeleger-se, Sarkozy tenha declarado que deve ser “reconhecido o direito de todos a saber o que estão a comer, halal ou não. Quero ver a carne etiquetada consoante o método de matança”.
O problema não é exatamente saber se a carne é halal ou não. Halal, quando se come, não se distingue da haram - todo açougueiro sabe disso. O que os jornais não dizem é que o contribuinte francês não está gostando de pagar mulás para benzer carnes que, bem ou mal, acaba comendo. E não é só de porco, mas também de bovinos,ovinos e aves.
O Dailymail de hoje nos traz mais um exemplo de submissão do Ocidente aos muçulmanos. A empresa australiana Qantas decidiu que nenhum alimento que contenha carne de porco ou produtos suínos será servido nos vôos europeus. Salsichas de porco estão agora proibidos de vôos da Qantas pela Europa após uma fusão com a Emirates. Os menus da Qantas em vôos dentro e fora de Dubai afirmam que as refeições não contém produtos de carne de porco ou álcool. A Europa tem centenas de milhares de judeus, para quem a carne suína é não-kasher, isto é, proibida. Nem por isso impõem a companhias aéreas a proibição de qualquer alimento.
Enfim, sempre há sucedâneos para carne de porco. Mas o álcool não pode ser substituído por refrigerantes. Até hoje, as empresas aéreas forneciam qualquer comida para seus clientes e refeições especiais para quem, por motivo de religião ou saúde, não pode comer determinados produtos. Não basta para os muçulmanos.
E o Ocidente se dobra, submisso, às exigências dos cabeças-de-toalha.
06 de abril de 2013
janer cristaldo
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