Quando falamos sobre o Estado, lamentavelmente estamos nos dirigindo apenas para cerca de 2% da população. O restante, nem sabe do que se trata.
Para a minoria que sabe, apenas para facilitar a nossa digressão, retrocedamos aos primórdios da civilização, onde vamos encontrar um grupo humano, com algumas afinidades, ocupando certo território, que lá pela tantas, resolve unir - se por propósitos comuns e gerar condutas, normas e leis, criando para o bem comum uma organização sócio-político - jurídica, com governo independente: eis o Estado.
O governo é o elemento político do Estado, ou seja, é o conjunto das instituições políticas que desempenham o papel de centro das decisões do Estado
Aí está como apreendemos a gênese do Estado: um povo, um território, um governo.
Salta aos olhos dos mais beócios, que o Estado existe para promover o atendimento das necessidades e das aspirações do povo, para tanto, o governo é o seu elemento de gerenciamento provisório, e que só existe em função e para a população.
Embora, quase desnecessário repetir quem é quem e para que servem, no Brasil, a plebe ignara desconhece estes princípios básicos, por ignorância explícita e por conivência implícita.
Na prática, o que constatamos é que na atualidade, sob a égide do esquerdismo - lulo - sindical, o Estado visivelmente confundiu - se com o governo, e o pior, o território e a população formam uma nação que é serviçal, por ser politicamente submissa à nomenklatura de seu governo.
A afirmativa é incontestável, quando visualizamos, o quanto é destinado dos impostos extorquidos da população para o monstruoso cérebro e seus vorazes tentáculos,
Ou seja, o povo de há muito existe para a sustentação de uma cúpula de pouca valia no referente à promoção do seu bem comum, pois claramente, este bem refere - se ao atendimento, não da população, mas dos aquinhoados que ocupam os cargos seja no Executivo, seja no Legislativo, seja no Judiciário.
Basta olharmos para qualquer daqueles órgãos para verificar que na prática são como sedentas sanguessugas.
Usufruem de vergonhosas mordomias, vultosos vencimentos e não se limitam a eles, tão facilmente obtidos, porém cobrem - se de bens e de valores advindos de negócios nebulosos e toda a sorte de maracutaias possíveis.
Mas nada lhes satisfaz, possuindo o poder de conceder - se aumentos e vantagens vergonhosos, e sem nada para limitar os seus abusos, a cada dia aumentam o seu quinhão ao seu próprio alvedrio.
O PT tem incentivado a criação desta aberração, pois será o grande beneficiado, permitindo que atores coadjuvantes subam no palco de sua pantomima, se lambuzem como beneficiários da subserviência da população, e de comum acordo se aquietem e não perturbem a sua inexorável marcha rumo ao poder total.
É uma ação entre amigos, quando existe um lauto bolo a ser dividido, e um bando de servos para ser espoliado, doutrinado e ideologizado.
Assim, todos se locupletam. Depois alguém pergunta pela oposição. Na terrinha onde todo mundo quer levar vantagem em tudo, vai ser difícil encontrar mesmo com a mais poderosa lupa, um esboço de reação.
É patente, que pouco falta para que seja institucionalizada a definição de que o Estado brasileiro é o próprio governo e que população e território são suas propriedades.
Falta muito pouco, mas na prática já é o que acontece.
Meus pêsames, sociedade brasileira, mas pensando bem, é disso que vocês gostam.
06 de abril de 2013
Valmir Fonseca Azevedo Pereira, General de Divisão reformado, é Presidente do Ternuma.
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