Levantamento feito pela Folha de São Paulo aponta que pelo menos sete Estados -Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Acre, Amapá e Roraima- e o Distrito Federal contabilizaram deficit primário no ano passado. Em outras palavras, a arrecadação de impostos e outras receitas não financeiras foi incapaz de cobrir as despesas com pessoal, ações sociais, custeio e investimentos.
Pernambuco é reincidente. Pelo segundo ano consecutivo fecha o ano no "cheque especial". É o pior desempenho no país. Imaginem um governador destes virando presidente da República. Se produziu o maior deficit do país, de R$ 1,1 bilhão, imaginem Eduardo Campos (PSB) com a chave do cofre.
Tal situação não impede, no entanto, que Campos use a máquina pública do estado de forma descarada e escancarada. É o caso do Diário Oficial do Estado. Segundo a Folha de São Paulo, as edições são quase um folheto de propaganda. Numa delas, a frase "o governador sempre ouve e, mais do que isso, se engaja na nossa luta. São fantásticas as ações que estão sendo tomadas", atribuída a um ciclista de Recife, aparece em um dos três textos publicados no "Diário Oficial" de Pernambuco do último dia 19 que destacam atos de Eduardo Campos (PSB).
Vedado pela Constituição, o elogio ao governador no DO não é caso isolado. Levantamento feito pela Folha mostra que Campos, potencial candidato do PSB à Presidência, aparece na capa de 47 das 58 edições do "Diário Oficial" do Estado editadas de janeiro a março deste ano. Ele é majoritariamente identificado pelo primeiro nome nas manchetes e tem aspas elogiosas ao próprio governo destacadas nas chamadas do jornal.
Só nas 20 edições do mês de março, foram publicadas 33 fotos de Campos. O volume é superior ao dos governadores dos três maiores Estados do Sudeste. Foram examinados os DOs de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais no mesmo período. É o Coronelzinho Campos em plena campanha eleitoral. Com dinheiro público, é claro.
08 de abril de 2013
in coroneLeaks
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