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| "El pajarito" foi ironizado à farta pelos oposicionistas |
Vejam este vídeo com filmagem aérea: multidão impressionante!
A marcha da oposição realizada neste domingo em Caracas em apoio à candidatura de Henrique Capriles à Presidência da Venezuela, já é tida como a maior manifestação democrática de toda a história política desse país. Nem nas últimas eleições presidenciais ocorreu algo semelhante. A enorme avenida Bolívar que rasga o centro de Caracas, a capital, não foi suficiente para acolher os milhares de venezuelanos que marcharam alegres e em paz sob as cores da bandeira nacional.
O que não faltou foi bom humor, alegria e ironias. Mas o que é importante notar é que a fantástica marcha foi destituída de ameaças e agressões tão comuns nos eventos do partido chavista. Sim, porque os comunistas bolivarianos não dizem mais do que duas palavras sem agredir com baixarias a oposição.
O que se vê no vídeo acima é um clima de alegria e bom humor, algo que há muito não se via nas ruas da pujante capital venezuelana sempre acossada por bandos de marginais cevados ao longo de 14 anos de chavismo.
Vale a pena clicar AQUI para ver um fabuloso documentário fotográfico em alta definição sobre a marcha da oposição. São cerca de 150 fotografias muito bem feitas publicadas por um dos principais sites de notícias da Venezuela, o conhecido Notícias24. É que ao contrário do que ocorre no Brasil, na Venezuela o jornalismo na internet é muito mais dinâmico. São dezenas de veículos de comunicação de destaque que operam apenas pela internet e rivalizam com a grande mídia tradicional, ou seja, os grandes jornais e canais de televisão.
A Venezuela é um dos principais países latino-americanos. Possui uma população de cerca de 28 milhões de habitantes e detém a maior jazida de petróleo do mundo, sendo o maior exportador desse insumo. Portanto, tinha tudo para ser um oásis de desenvolvimento. Entretanto, o destino soberano e progressista da Venezuela foi infelizmente brecado há 14 anos pelo governo do finado tiranete Hugo Chávez, lacaio de Fidel Castro e amigo e apoiador dos mais nefastos ditadores do planeta, como é o caso dos famigerados aiatolás do Irã.
Chávez morreu, mas deixou uma herança política maldita: o chavismo, que mergulhou a Venezuela no atraso econômico. Tanto é que os venezuelanos diariamente sofrem para encontrar produtos de primeira necessidade, devido à crônica escassez. Cháves expropriou diversas empresas e fazendas produtivas o que obriga o país a importar tudo, desde papel higiênico até alimentos e medicamentos.
A economia venezuelana está em frangalhos. Houve sucessivas desvalorizações do bolívar. A burocracia socialista dos chavismo, que dominada todo o aparelho estatal, é de uma incompetência avassaladora e isso está chegando num limite perigoso. As empresas importadoras encontram dificuldade para importar os alimentos e medicamentos e o governo chavista utiliza o seu poder para perseguir todos os empresários que não se alinham ao governo, ou seja, aqueles que desejam trabalhar numa economia de mercado livre das amarras estatais.
Calcula-se que depois de 14 anos da aventura bolivariana boa parte da população venezuelana vive de caraminguás estatais variados, espécie de bolsa-família.
A adesão de milhares de venezuelanos à campanha da oposição neste domingo reflete um fato: o chavismo está perdendo boa parte do apoio que vinha tendo, até mesmo nas classes da baixa classe média. Isto não quer dizer que Capriles está eleito mas o que se vê é que o filhote de Chávez, Nicolás Maduro, não terá uma vitória fácil. Há algumas pesquisas que indicam que Capriles cresceu muito nos últimos dias.
A eleição ocorrerá no próximo domingo, dia 14. A oposição agora estará concentrada no trabalho de impedir a fraude eleitoral. Há muitas denúncias, dentre elas o fato de que a chave de acesso às urnas eletrônicas está sob o comando de um funcionário do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) que é militante do partido chavista.
Não só o CNE está totalmente dominado pelos esbirros do finado tiranete, mas também a Suprema Corte e a Assembléia Nacional. Neste caso a Mesa de Unidade Democrática (MUD) terá que ter muita habilidade no desmonte de qualquer ameaça de fraude.
Além da imprensa em geral estar completamente dominada pelo chavismo, a oposição ainda tem contra si os grandes veículos de mídia internacionais e agências de notícias. As exceções são poucas. A tal "comunidade internacional" normalmente invocada pela canalha jornalística comunista deixa de sê-lo neste momento. Esse ente só se manifesta para defender a vagabundagem esquerdista.
Por exemplo: a Folha de S. Paulo, um dos principais diários brasileiros enviou duas jornalistas à Venezuela para fazerem uma ampla reportagem e entrevista com Nicolás Maduro. A cronista social desse jornal chegou a viajar dentro de um veículo dirigido pelo próprio Maduro. A matéria da Folha de S. Paulo, veiculada neste domingo é, no mínimo, indecente, já que escamoteia a verdade política da Venezuela e leva água ao moinho chavista. Sem falar no fato de que o marketeiro da Dilma e do Lula, o homem forte do Palácio do Planalto - espécie de Ministro sem pasta - o baiano João Santana, é o marketeiro da campanha de Nicolás Maduro.
Entretanto, a força da fé democrática sobrevive na Venezuela. E isto chega a ser comovente.
08 de abril de 2013
in aluizio amorim
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