Despedidas Eco-friedly
Da terra à terra, do pó ao pó, de caixões fair-trade a flores silvestres
O chão no Hinton Park, em Dorset, Inglaterra, é um lugar perfeito para um piquenique. Mas ao contrário da semelhança com outros parques nacionais, os subterrâneos do Hinton Pak abrigam cerca de 6.000 pessoas.
Ele é um dos mais de 260 cemitérios ecológicos espalhados pela Grã-Bretanha.
As maneiras que os britânicos escolhem para ter os seus corpos descartados após a morte estão mudando sensivelmente.
Em 1960, somente 35% de todos os funerais envolviam cremação; agora, 74% deles o fazem, de acordo com a Sociedade de Cremação da Grã-Bretanha.
Menos espaço nos pátios das igrejas, os crescentes custos dos funerais e o número decrescente de cristãos contribuíram para esse fato.
Mas para o outro quarto daqueles prestes a encontrar a morte que prefere ser enterrado inteiro, novos tipos de caixões e adereços de enterro oferecem alternativas ao tradicional caixão de madeira em um adro de igreja.
Caixões ecológicos, feitos de vime e bambu, que se decompõem rapidamente no solo, estão ganhando cada vez mais espaço.
Em fevereiro, a cooperativa FuneralCare, que detém 18% do mercado e é a maior agente funerária da Grã-Bretanha, começou a fornecer caixões desse tipo, fabricadas sob condições de comércio justo em Bangladesh.
Versões em lã e em sargaço também são populares. Outras opções são os caixões de cartolina e mortalha.
Mark Morris, da JC Atkinson, um fabricante de caixões, estima que as opções verdes representem, hoje, de 10 a 15% de suas vendas. No ano passado elas representavam apenas 1%.
*Texto adaptado e traduzido da Economist por Eduardo Sá
08 de abril de 2013
Fontes:The Economist-Six feet greener
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