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No Nordeste, a falta de linhas de transmissão em três estados impede que a energia produzida pelo vento chegue à casa de milhares de brasileiros. Esse desperdício já virou prejuízo para o governo.
Além da paisagem exuberante, as praias do Nordeste reúnem condições ideais para mover geradores de energia limpa. Na região, não há barreiras para o vento, que é constante. Por isso, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), das 92 usinas em operação no país, 60 estão na região.
"A energia eólica hoje é um meio alternativo, até mesmo para economizar água nos reservatórios. Então, no período de seca, você tem energia eólica gerando para poder suprir essa necessidade", explica o gerente do Parque Eólico, Christian Luz.
O uso do vento na matriz energética brasileira cresceu 73% em um ano. Hoje, a energia eólica representa cerca de 2% da capacidade de energia elétrica disponível no Brasil. Mas poderia ser mais aproveitada.
Para chegar até os consumidores, a energia gerada depende das redes de transmissão, que não são de responsabilidade das empresas que mantém os parques eólicos. E este tem sido um dos principais problemas do setor.
Em três estados brasileiros, Ceará, Bahia e Rio Grande do Norte, 26 empreendimentos estão prontos para produzir energia, mas ela não é distribuída por falta de linhas de transmissão. A Associação Brasileira de Energia Eólica calcula que seria uma produção suficiente para abastecer, por mês, cerca de 3,3 milhões de pessoas, mais do que a população de Salvador.
Como entregaram os parques eólicos no prazo, as empresas recebem do governo federal o que está previsto nos contratos, mesmo sem gerar energia: só nos últimos nove meses, foram pagos R$ 263 milhões.
"O prazo da construção da linha de transmissão tem que estar sincronizado com a construção do parque. Esse contrato de construção tem que estar fechado com multas, com compromisso, com responsabilidade, de tal forma que seja viável a execução da linha naquele prazo", ressalta Adão Linhares, da Câmara Setorial de Energia Eólica.
Pelo atraso na instalação das redes, a Chesf, responsável pelas linhas de transmissão, foi multada em mais de R$ 8 milhões. Em nota, a companhia atribuiu o atraso às exigências dos órgãos ambientais e ao curto espaço de tempo para montar a distribuição de energia dos novos parques eólicos.
05 de maio de 2013
Jornal Nacional - TV Globo
Além da paisagem exuberante, as praias do Nordeste reúnem condições ideais para mover geradores de energia limpa. Na região, não há barreiras para o vento, que é constante. Por isso, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), das 92 usinas em operação no país, 60 estão na região.
"A energia eólica hoje é um meio alternativo, até mesmo para economizar água nos reservatórios. Então, no período de seca, você tem energia eólica gerando para poder suprir essa necessidade", explica o gerente do Parque Eólico, Christian Luz.
O uso do vento na matriz energética brasileira cresceu 73% em um ano. Hoje, a energia eólica representa cerca de 2% da capacidade de energia elétrica disponível no Brasil. Mas poderia ser mais aproveitada.
Para chegar até os consumidores, a energia gerada depende das redes de transmissão, que não são de responsabilidade das empresas que mantém os parques eólicos. E este tem sido um dos principais problemas do setor.
Em três estados brasileiros, Ceará, Bahia e Rio Grande do Norte, 26 empreendimentos estão prontos para produzir energia, mas ela não é distribuída por falta de linhas de transmissão. A Associação Brasileira de Energia Eólica calcula que seria uma produção suficiente para abastecer, por mês, cerca de 3,3 milhões de pessoas, mais do que a população de Salvador.
Como entregaram os parques eólicos no prazo, as empresas recebem do governo federal o que está previsto nos contratos, mesmo sem gerar energia: só nos últimos nove meses, foram pagos R$ 263 milhões.
"O prazo da construção da linha de transmissão tem que estar sincronizado com a construção do parque. Esse contrato de construção tem que estar fechado com multas, com compromisso, com responsabilidade, de tal forma que seja viável a execução da linha naquele prazo", ressalta Adão Linhares, da Câmara Setorial de Energia Eólica.
Pelo atraso na instalação das redes, a Chesf, responsável pelas linhas de transmissão, foi multada em mais de R$ 8 milhões. Em nota, a companhia atribuiu o atraso às exigências dos órgãos ambientais e ao curto espaço de tempo para montar a distribuição de energia dos novos parques eólicos.
05 de maio de 2013
Jornal Nacional - TV Globo
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