O miserável sertão do Nordeste brasileiro, foi é, e pelo andar da carruagem, continuará sendo o exemplo mais cruel da votação de cabresto e do anacrônico coronelismo.
Nas vitórias das eleições presidenciais do Partido dos Trabalhadores, foi de uma importância decisiva.
Antes de 2006 a distribuição de votos para presidente repetia no Nordeste a divisão nacional, com variações sempre abaixo de 6 pontos percentuais.
A partir desse ano o Nordeste passou a pesar de forma definitiva nas vitória do Partido dos Trabalhadores, como se pode constatar nas eleições presidenciais: no segundo turno a diferença entre Lula e Geraldo Alckmin (PSDB) foi de 20 milhões de votos, mas sem o nordeste está passaria a ser de 6 milhões.
O fato continuou na mesma toado em 2010, quando Dilma Rousseff dos 12 milhões de votos a mais que José Serra, 10,7 milhões vieram do Nordeste.
Um exemplo que nos dá o espelho do que acontece no interior da região, pode ser constatado no município de Calumbi (PE), apesar de ter somente 6 mil habitantes, representa o que acontece em muitos outros município da região.
O PT domina 90% do eleitorado e a economia da região vem da agricultura, com lavouras temporárias de feijão, mandioca e milho e lavoura permanente de algodão herbáceo e banana. Todavia a grande entrada de dinheiro vem do Bolsa Família, que se transformou num moeda para comprar votos.
Assolado pela maior seca dos últimos 50 anos, o Nordeste está devastado. Mais de 1.000 municípios já declararam estado de calamidade pública, e 20 milhões de pessoas sofrem com a escassez de chuvas.
Situação que interessa ao PT pois é o estrume que servirá para adubar-lhe as urnas.
Hoje provoca frouxos de risos indignados o dístico do Partido quando chegou ao governo: “Vamos mudar tudo isso que está aí”.
Certo que mudaram, mas para muito pior.
05 de maio de 2013
Giulio Sanmartini
(1) Texto de apoio: Leopoldo Mateus.
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