Há décadas canso de ouvir falar que política, religião e futebol não se discutem. Essa frase é apenas um engessamento de exercício do intelecto além de um desvio de foco que converge à valorização da apedeuta.
O curioso que se faz de suma importância realizar um brainstorming nacional sobre o futebol. Pelo menos ao que tange os interesses tanto políticos quanto religiosos.
A religião desde os tempos mais primatas sempre dominou o conceito de hierarquia política e, já nessa época a sua discussão é uma condenação divina.
A política não está muito longe disso. A censura aos grandes meios de comunicação que são dominados justamente por concessões do governo impedem abrir o real dossiê de como funciona a administração pública.
As várias religiões em busca do domínio das grandes massas passaram a ter uma concorrência de fé entre si, criando uma guerra santa com o intuito muito similar ao da política.
O futebol está relacionado diretamente a todos esses interesses. Por traz do show de entretenimento, escondem-se a arte de hipnotizar o povo com o glamour de vinte e dois homens correndo atrás de uma bola.
Não nego que o futebol é um dos meus lazeres preferidos, mas é factual que toda essa estrutura de espetáculo esconde todo um esquema de corrupção muito bem demarcado que conversa diretamente com aqueles que visualizam o lucro pela aquisição de fontes tributárias.
Nas últimas semanas todo mundo soube quanto o Neymar ganhou e vai ganhar com a sua transferência ao futebol europeu. A mesma clareza não se mostra com as contas do governo nem com as administrações financeiras das igrejas.
Por fim, o interesse de quem manda é nos fazer acreditar que somos todos uma espécie de príncipes Siddartha antes da iluminação.
10 de junho de 2013
Fabrizio Albuja é Jornalista e Professor Universitário.
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