"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 10 de junho de 2013

ALCKMIN VENCERIA ATÉ LULA NA DISPUTA PELO GOVERNO PAULISTA

        

 
 
Candidato à reeleição, governador é apontado como favorito pelo Datafolha
 
Tucano oscila de 50% a 52% das intenções de voto em simulações feitas com outros nomes do PT no páreo
A um ano das convenções partidárias que definirão os candidatos ao governo paulista, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) lidera a corrida ao Palácio dos Bandeirantes, de acordo com pesquisa concluída pelo Datafolha no fim da semana passada.
 
O governador aparece com ampla vantagem em todos os cenários analisados pelo instituto, até mesmo quando seu oponente é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
 
Embora sua candidatura seja improvável, Lula é o adversário que teria melhor desempenho contra o tucano. O petista obtém 26% das intenções de voto e Alckmin, 42%.
 
A entrada do ex-presidente na disputa estadual foi sugerida em novembro pelo marqueteiro do PT, João Santana, em entrevista à Folha, mas Lula nunca manifestou interesse em se candidatar.
 
Santana disse considerar Lula o nome ideal para unir os partidos que compõem a base da presidente Dilma Rousseff na tentativa de apear o PSDB do poder em São Paulo, onde os tucanos mandam há quase 20 anos.
 
Alckmin, que planeja se candidatar à reeleição, está em seu terceiro mandato como governador do Estado. Seu governo tem hoje 52% de aprovação, segundo o Datafolha, mas sua popularidade é menor hoje do que era no fim dos mandatos anteriores.
 
O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf (PMDB), aparece em segundo lugar nos cenários pesquisados, com percentuais que oscilam entre 13% e 16%.
 
Skaf apareceu várias vezes no horário nobre da televisão desde dezembro, em comerciais veiculados pela Fiesp para defender medidas tomadas pelo governo para reduzir o custo da energia elétrica e reformar os portos do país.
 
Com outros nomes do PT no páreo, Alckmin também desponta como favorito, oscilando de 50% a 52% das intenções de voto, o que seria suficiente para ele liquidar a disputa no primeiro turno.
 
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que diz ter desistido da disputa, teria 11% das preferências e ficaria tecnicamente empatado com Skaf na segunda colocação.
 
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, teria 5%, e o da Saúde, Alexandre Padilha, hoje o favorito para a indicação petista, somaria 3%.
 
O ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD), que já expressou publicamente o interesse em se candidatar, obtém de 6% a 9% das menções.
 
O Datafolha entrevistou 1.642 eleitores em 43 municípios do Estado, na quinta e na sexta da semana passada. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
 
Na sondagem espontânea, em que os eleitores manifestam suas preferências sem que o Datafolha apresente nomes de possíveis candidatos, Alckmin alcança 19% das citações. O ex-governador José Serra (PSDB), antecessor de Alckmin no cargo, é o segundo mais lembrado, com 4%.
 
Lula, Mercadante, a ministra da Cultura, Marta Suplicy (PT), o ex-deputado federal Celso Russomano (PRB), o ex-prefeito Paulo Maluf (PP) e Paulo Skaf aparecem, cada um, com 1% das citações. De acordo com o Datafolha, 63% dos entrevistados não souberam mencionar o nome de nenhum candidato na pesquisa espontânea.
 
10 de junho de 2013
FÁBIO ZAMBELI - Folha de São Paulo

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