Alguns leitores me perguntam por que não comentei a avaliação da gestão Fernando Haddad, medida pelo Datafolha. Porque, por enquanto, isso não tem muita importância. Mas posso fazê-lo, chamando a atenção para um detalhe associado ao crescimento da avaliação negativa.
Segundo informa a Folha, a avaliação negativa (ruim ou péssima) subiu de 14% em abril para 21% em junho. Os que, por outro lado, acham a gestão boa ou ótima também cresceram, mas menos: de 31% para 34%.
A Folha destaca que é o prefeito mais bem avaliado a esta altura do mandato desde 1986, com a volta das eleições diretas para as capitais. Huuummm.
Em segundo, estaria José Serra, que chegou a 30%. Como a margem de erro é dois pontos percentuais para mais ou para menos, tanto o tucano como o petista podem ter alcançado 32% — empate.
A pesquisa também registra que cresceu de 49% para 58% os que avaliam que a gestão petista está fazendo menos do que se esperava.
O dado relevante
O dado relevante desses números, na minha opinião, não está na pesquisa, mas fora dela. Desde a volta das eleições diretas, não se tem um prefeito tão incensado pela imprensa, o que me levou a apelidá-lo de “Supercoxinha”.
Se vocês querem um comprovação fática do que estou a escrever, comparem o texto que a Folha publica sobre Haddad (link acima) com o que trata da avaliação de Geraldo Alckmin, que é aprovado por 52% dos paulistas — 18 pontos acima da avaliação positiva conquistada por Haddad.
Aspectos considerados positivos da gestão prefeito são destacados. Há um certa sublinha a sugerir que a avaliação pode ser um tantinho injusta. Alckmin, muito mais bem avaliado, não tem colher de chá.
Ao contrário: a edição sugere que ele pode enfrentar problemas na área de segurança pública. Não se consegue ter uma miserável pista de por que 52% o consideram bom ou ótimo, mas se explica direitinho por que 34% aprovam Haddad, sugerindo que isso pode ser pouco…
10 de junho de 2013
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