Sem noção – Se há motivos que justifiquem a vergonha de ser brasileiro, um deles, possivelmente o único, é a classe política.
No seleto grupo da decrepitude existencial aparece no começo da fila o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB), que não tem massa cinzenta em quantidade suficiente para diferenciar alhos de bugalhos.
Acostumado aos desmandos e às fanfarrices, Cabral, que está em queda livre nas pesquisas de opinião, parece ter confundido o papa Francisco com o empresário Fernando Cavendish, dono da polêmica Delta Construção, seu parceiro de orgias comportamentais nas ruas de Paris.
Não bastasse sua reconhecida incompetência como governador de um dos mais importantes estados da federação, Sérgio Cabral tem demonstrado de forma inequívoca que o convívio com o poder lhe tomou as poucas nesgas de educação que ainda lhe restavam. Ao despedir-se do papa Francisco, na Base Aérea do Galeão, o governador fluminense deu uma gargalhada tão absurda, que os microfones dos veículos de comunicação que cobriam o evento registraram o som do seu comportamento galhofeiro.
Que Sérgio Cabral é um irresponsável desmedido todos sabem, mas os seguidos mandatos eletivos que conseguiu nas urnas lhe deram a sensação de que tudo é possível e permitido quando se está no poder.
Pelo visto o Palácio Guanabara tem na chefia do cerimonial do governo algum daqueles conhecidos ratos de praia, cujo conhecimento tacanho é demais para um governador desse naipe, mas é preciso que alguém avise Cabral para não confundir o papa Francisco com o “Chicão” da borracharia da esquina.
Sérgio Cabral Filho é uma figura grotesca e decadente, que dorme e acorda pensando nos regabofes europeus patrocinados com o dinheiro da corrupção.
Resta torcer para que essas cenas deploráveis não saiam tão facilmente da memória dos eleitores do Rio de Janeiro, que por conta da própria história merece alguém que no auge do destempero não saia às ruas com um guardanapo amarrado à cabeça.
29 de julho de 2013
ucho.info
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Ao final do espetáculo grotescamente teatral do "guardanapo", fica nos ombros do eleitor a responsabilidade (quero dizer, a irresponsabilidade) de ter colocado na governança do Estado essa figura abominável.
O que pensará o nosso ilustre e refinado visitante, deparando-se com a figura?
O mínimo de elegância e postura exige-se de um Governador, cuja obrigação é cumprir o ritual prescrito pelo cerimonial.
O Papa é um chefe de Estado, e como tal deve ser respeitado.
m.americo
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