"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 20 de julho de 2013

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

                    Até quando seremos tão canalhas?
video
 
O imortal jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues (1912-1980) definia a expressão “canalha” de forma dúbia. Ora condenando: “O sujeito era tão canalha, mas tão canalha, que não perdoava a própria cunhada”. Ora elogiando, com ironia: “Todo canalha tem boa memória”. Nelson também reclamava: “O brasileiro, quando não é canalha na véspera, é canalha no dia seguinte”.
Nelson, que “invejava a burrice, porque ela é eterna” não teve tempo de se aprofundar, em suas reflexões, sobre a figura de Luiz Inácio Lula da Silva - uma fonte inesgotável de inspiração para quem tenta entender e traduzir o Brasil. A interpretação de sua oratória contribui para o entendimento prático de como funciona a mitomania (para uns cínicos uma arte, para outros mais realistas uma doença, caracterizada pela pregação de uma mentira em que o contador dela acredita piamente).
A postura de Lula lembra muito aquela estorinha da lagarta que se apaixonou por um girino – com ambos decidindo casar. No dia do casamento a lagarta se meteu no casulo e por lá ficou. Demorou tanto que, quando saiu, já transformada em uma linda borboleta, lamentou que o belo noivo tinha virado um sapo gordo, feio e barbudo.

Recusando-se a casar, a borboleta tentou bater asas e voar. Mas língua grande e certeira do contrariado sapo acabou pegando-a e comeu-a. Lamentável é a moral imoral dessa historinha pragmática: “Se você está ficando velho, gordo e feio, mas tem uma língua grande e rápida, sempre vai comer alguém”. 
Tal como o bicho da fábula, com sua língua ferina aos adversários e inimigos, Lula estupra a paciência de quem não aguenta mais tanta mentira e ilusionismo saindo da boca da politicagem tupiniquim. Lula ainda tem sorte porque seus fanáticos seguidores, como membros de uma seita política, ainda o seguem e engolem.
O curioso é que Lula um dia já foi apelidado de “Sapo Barbudo” por Leonel Brizola – que o achava um sujeito difícil de engolir. O caudilho também chegou a incluir Lula entre os “filhotes da ditadura”. E chamava a atenção que Lula seria um daqueles que seria capaz de pisar no pescoço da própria mãe para conseguir o que queria...
Brizola parece que conhecia bem Lula. Na mais recente palestra, evento fechado na Universidade Federal do ABC (SP), a língua afiada do endeusado chefão petista voltou a atacar quem agora mais lhe incomoda: os ativistas no mundo virtual. Mas a queixa de Lula deu ganchos para uma análise justa e perfeita sobre ele e nossa lamentável realidade brasileira.
Lula classificou de “canalhas” os imbecis que promovem “vandalismo na internet”. Como de costume, é assim que Lula sempre se refere a adversários ou inimigos. Mas o alvo recente são os que espalham “boatos” sobre sua doença ou sobre o patrimônio daquele que a mídia e alguns críticos apelidam de Lulinha – seu filho Fábio, um gênio-prodígio do empreendedorismo tupiniquim.
O mais bacana e útil da palestra foi o conselho dado pelo Lula aos jovens: “Mesmo quando vocês estiverem putos da vida, mas putos de verdade, tipo não gosto do Lula, não gosto da Dilma, não neguem a política”. Lula fez outra constatação importante: “De protesto em protesto, a gente vai consertando o telhado”.
O telhado de Lula é de vidro e se quebrou. Como Presidente, ele inviabilizou nosso futuro como Nação-Potência. Seguindo a receita do Diálogo Interamericano, junto com seu companheiro FHC (com quem finge ter rusgas, mas são parceiros na “Nova Ordem Mundial”), Lula manteve o Brasil longe de ter um Projeto de Defesa, com alto e real poder de dissuasão, para inibir os reais inimigos do Brasil. Sem isso, nenhum País é respeitado e vai se desenvolver soberanamente.
Lula atrasou qualquer projeto Democrático para o Brasil. Democracia é segurança do Direito e garantia do exercício da razão pública. Como Presidente, Lula desrespeitou sistematicamente o princípio básico do Estado democrático. Não acabou indiciado e condenado no Mensalão por malabarismo conjuntural.
Foi poupado em nome dos interesses externos que controlam o Brasil e nos mantém no subdesenvolvimento. O trabalho que sua equipe econômica fez para nos desindustrializar e para gerar uma massa empobrecida cada vez mais dependente dos favores estatais foi uma aula de Capimunismo. Lula matou o Brasil e não será punido pelo crime de traição à Pátria!
Lula deu outro péssimo exemplo no escândalo Rosegate – que envolvia, diretamente, uma de suas melhores amigas e assessoras diretas. Lula nada fala sobre o caso (providencialmente abafado) em um silêncio comprometedor para a democracia. E os esquemas vigentes o manterão inimputável, até conseguir um mandatozinho de senador que lhe garantirá o foro privilegiado e a imunidade parlamentar até o fim da vida.
Nelson Rodrigues proclamava que “toda a unanimidade é burra, porque quem pensa com a unanimidade não precisa pensar”. Lula tem todo o perfil do Stalinácio (apelido cunhado pela turma do Casseta na falecida coluna do canalha Agamenon Mendes Pedreira em O Globo). Gostaria de ter a unanimidade a seu favor. Mas como não tem chuta a lata com a língua.
Os discursos irresponsáveis de Lula só confirmam uma outra “tese” do Nelson Rodrigues: “O Brasileiro não está preparado para ser o maior do mundo em coisa nenhuma. Ser o maior do mundo em qualquer coisa, mesmo em cuspe à distância, implica uma grave, pesada e sufocante responsabilidade”.
Nossa irresponsabilidade cidadã e política permitiu que os esquemas globalitários de fabricação de pseudo-lideranças, segundo o método do Instituto Tavistoc londrino, produzissem uma figura como Lula para tomar conta do Brasil.
Por negarmos a Política de verdade, sem definir um projeto para o Brasil, estamos pagando caro, e devemos pagar um preço ainda mais alto pela histórica falta de investimento em infraestrutura, educação, ciência & tecnologia – por falta de real espírito empreendedor, desenvolvimentista e realmente democrático.
Até quando seremos canalhas, corruptos, irresponsáveis e omissos politicamente como cidadãos-eleitores-contribuintes?
Quem ele pensa que é?

Divina Diferença
O Papa Francisco chega ao Rio de Janeiro e tem condições morais e espirituais de desfilar em carro aberto, sem vidros à prova de bala, com muitas chances de receber aplausos e carinho pelos bons exemplos que vem dando, sobretudo como chefe de Estado e homem público.
Lula deve estar morrendo de inveja porque não tem condições de fazer o mesmo...
Para um sujeito que já foi idolatrado, endeusado e até comparado a Jesus (como nas faixas das greves do ABC na década de 80), o atual estágio decadente de Lula parece pior que a morte física, moral e espiritual.
Alto risco de Excomunhão


 
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

20 de julho de 2013
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário