Aécio e Eduardo Campos procuraram parlamentar do PP em busca de palanque no Rio Grande do Sul
Novata no mandato, mas não no cenário político nacional, a jornalista Ana Amélia Lemos (PP-RS) foi eleita com 3,5 milhões de votos para o Senado em 2010. Ela veste a camisa do agronegócio e da indústria do Rio Grande do Sul, e encarna o perfil do novo que pode enfrentar o PT, do governador Tarso Genro, na disputa pelo Palácio Piratini no ano que vem.
Por causa das bandeiras que defende, seus adversários a chamam de “Miss Farsul” — Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul, que agrega arrozeiros e fumicultores. Ela diz que é alvo de preconceito.
— Não gosto de rótulos: conservadora, vanguardista, liberal. Para mim têm pouco significado. Acredito em causas, em ter agilidade e resultados — diz ela.
Com posições firmes, é considerada conservadora na defesa dos interesses econômicos de seu estado. No Senado, é uma das primeiras a chegar e das últimas a sair. Come de marmita que esquenta no gabinete e, pelo perfil de “operária” do Parlamento, tem sido alvo de cobiça dos presidenciáveis Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB), para formação de palanque no Sul.
Ela admite as conversas, mas se nega a avançar sobre seu futuro político:
— Tenho conversado com o Eduardo Campos e o Aécio. Os dois têm no DNA um patrimônio histórico que tem que ser levado em conta, são gestores modernos de um capitalismo ajustado à nossa realidade.
No Senado, faz dobradinha com outro independente, o senador Pedro Taques (PDT-MT), em quem votou, contra Renan Calheiros (PMDB-AL), para presidente do Senado. Frisa que não deseja cargos no governo.
Ana aparece bem cotada em sondagens de primeiro ou segundo lugar na disputa pelo governo gaúcho. Uma aliança nacional com o PP seria muito bem-vinda para Campos, que busca tempo de TV para sua campanha.
20 de julho de 2013
Maria Lima - O Globo
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