Nos últimos tempos, as limitações de oratória de Dilma se somaram ao tom oportunista, de autopromoção.
Na última quarta-feira, a presidente esteve em Salvador para participar de um seminário em comemoração aos dez anos da chegada do PT ao poder. Como nos tempos da campanha eleitoral de 2010, ela dividiu o palco com o padrinho e antecessor no cargo, Luiz Inácio Lula da Silva.
Especialmente em um momento de popularidade baixa, Dilma sabe que não pode se restringir aos pronunciamentos técnicos sobre programas do governo, como costuma fazer. Porém, não consegue se adaptar ao estilo palanqueiro nem tem a empatia de Lula com a plateia.
Acabou fazendo um discurso monótono e com alguns trechos incompreensíveis, repleto de elogios a si mesma.
"Nós queremos fazer mais e podemos fazer mais, justamente porque fizemos", disse ela.
A presidente elencou algumas de iniciativas de seu governo, burocraticamente. Leia mais aqui, em Veja.
Dois momentos da língua dílmica:
"Achamos imprescindível nos dirigir a essa questão, à questão urbana, que é extremamente grave em outros países do mundo também, em países ricos e desenvolvidos, mas, num país pobre como o nosso, entre parênteses pobre, porque não foi investido suficiente, nos últimos anos, nesta área. Nós somos pobres nesta área, e não foi investido, primeiro, por conta da crise da dívida e, segundo, porque não foi investido."
"Os diplomas, eles valem porque eles representam um esforço de cada pessoa, um esforço e um reconhecimento de que esse esforço, esse esforço adquiriu um valor que você carrega pela vida inteira. É, talvez, a maior riqueza que alguém carrega, porque você carrega só levando o corpo, mais nada."
28 de julho de 2013
in coroneLeaks
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