Anan (ONU) e Al Moallem (Síria)
Prezado Senhor Kofi Anan,
Li vossa carta, datada em 13/07/2012, dirigida ao Secretário-Geral das Nações Unidas, na qual Vossa Senhoria faz referência aos trágicos relatos vindos da vila de Al Tremseh, próxima a Hama, e sobre o uso de canhões, tanques e helicópteros por parte do Governo sírio.
Lamento que V. Sa. tenha baseado vossa posição numa única e imprecisa fonte de informações. Esperava que V. Sa. verificasse os relatos junto ao Governo sírio antes de adotá-los, para que pudesses ver a verdade dos fatos, salientando que nós atendemos imediatamente ao pedido da missão de observadores para visitar Al Tremseh e a visita foi, de fato, realizada na data estabelecida por eles, em 14/07/2012.
O que ocorreu no vilarejo de Al Tremseh, próximo a Hama, é que dezenas de membros de grupos terroristas armados invadiram o vilarejo e lá se instalaram, aterrorizando os moradores civis e criando sedes de comando, depósitos de armas e locais de tortura dos seqüestrados, atacando mais de um ponto das Forças de Segurança concentradas nos arredores do vilarejo, o que exigiu uma resposta e o choque desde as 5 horas da manhã da quinta-feira, 12/07/2012.
Estes choques permaneceram durante algumas horas, mas as forças do Governo não utilizaram aviões ou helicópteros ou tanques ou canhões, entraram na cidade sob a proteção de carros militares de transporte do tipo BMB e utilizaram armas leves, conforme a definição do Entendimento Inicial assinado entre a Síria e as Nações Unidas.
Durante os choques, foram danificadas apenas cinco casas dentro do vilarejo que eram utilizadas como sedes dos grupos terroristas armados, assim como foram encontradas grandes quantidades de armas, munição e artefatos explosivos.
Afirmo à V. Sa. que as forças do Governo não cometeram nenhum massacre, conforme anunciou a imprensa, mas os grupos armados levaram consigo alguns corpos dos seus mortos e alegaram que o exército sírio promoveu um massacre contra os civis, fato que nego veementemente.
Causa-me muita estranheza o vosso silêncio diante das violações diárias cometidas pelos grupos terroristas armados, que já ultrapassaram dez mil e quinhentas violações, desde 12/04/2012 até a presente data. Sinceramente, não houve nenhuma referência sobre isso em vossas declarações e nem em vossos relatos ao Conselho de Segurança.
A adoção de fontes de informação sem credibilidade prejudica vossa missão e serve unicamente aos interesses dos que buscam o fracasso desta missão, ao tempo em que a Síria zela pelo sucesso de vossa missão e reafirma o compromisso do Governo da Síria com o Plano de Seis Pontos e com o Entendimento Inicial assinado em 19/04/2012, assim como o entendimento ocorrido entre V. Sa e o Senhor Presidente Bashar Al Assad, durante a vossa última visita a Damasco, e espera avançar no cumprimento deste entendimento para cessar a violência e iniciar o processo político.
Queira aceitar meus cumprimentos e peço que uma cópia desta minha carta seja encaminhada ao Secretário-Geral das Nações Unidas e ao Presidente do Conselho de Segurança.
Walid Al Moallem, vice-primeiro-ministro
18 de julho de 2012
Prezado Senhor Kofi Anan,
Li vossa carta, datada em 13/07/2012, dirigida ao Secretário-Geral das Nações Unidas, na qual Vossa Senhoria faz referência aos trágicos relatos vindos da vila de Al Tremseh, próxima a Hama, e sobre o uso de canhões, tanques e helicópteros por parte do Governo sírio.
Lamento que V. Sa. tenha baseado vossa posição numa única e imprecisa fonte de informações. Esperava que V. Sa. verificasse os relatos junto ao Governo sírio antes de adotá-los, para que pudesses ver a verdade dos fatos, salientando que nós atendemos imediatamente ao pedido da missão de observadores para visitar Al Tremseh e a visita foi, de fato, realizada na data estabelecida por eles, em 14/07/2012.
O que ocorreu no vilarejo de Al Tremseh, próximo a Hama, é que dezenas de membros de grupos terroristas armados invadiram o vilarejo e lá se instalaram, aterrorizando os moradores civis e criando sedes de comando, depósitos de armas e locais de tortura dos seqüestrados, atacando mais de um ponto das Forças de Segurança concentradas nos arredores do vilarejo, o que exigiu uma resposta e o choque desde as 5 horas da manhã da quinta-feira, 12/07/2012.
Estes choques permaneceram durante algumas horas, mas as forças do Governo não utilizaram aviões ou helicópteros ou tanques ou canhões, entraram na cidade sob a proteção de carros militares de transporte do tipo BMB e utilizaram armas leves, conforme a definição do Entendimento Inicial assinado entre a Síria e as Nações Unidas.
Durante os choques, foram danificadas apenas cinco casas dentro do vilarejo que eram utilizadas como sedes dos grupos terroristas armados, assim como foram encontradas grandes quantidades de armas, munição e artefatos explosivos.
Afirmo à V. Sa. que as forças do Governo não cometeram nenhum massacre, conforme anunciou a imprensa, mas os grupos armados levaram consigo alguns corpos dos seus mortos e alegaram que o exército sírio promoveu um massacre contra os civis, fato que nego veementemente.
Causa-me muita estranheza o vosso silêncio diante das violações diárias cometidas pelos grupos terroristas armados, que já ultrapassaram dez mil e quinhentas violações, desde 12/04/2012 até a presente data. Sinceramente, não houve nenhuma referência sobre isso em vossas declarações e nem em vossos relatos ao Conselho de Segurança.
A adoção de fontes de informação sem credibilidade prejudica vossa missão e serve unicamente aos interesses dos que buscam o fracasso desta missão, ao tempo em que a Síria zela pelo sucesso de vossa missão e reafirma o compromisso do Governo da Síria com o Plano de Seis Pontos e com o Entendimento Inicial assinado em 19/04/2012, assim como o entendimento ocorrido entre V. Sa e o Senhor Presidente Bashar Al Assad, durante a vossa última visita a Damasco, e espera avançar no cumprimento deste entendimento para cessar a violência e iniciar o processo político.
Queira aceitar meus cumprimentos e peço que uma cópia desta minha carta seja encaminhada ao Secretário-Geral das Nações Unidas e ao Presidente do Conselho de Segurança.
Walid Al Moallem, vice-primeiro-ministro
18 de julho de 2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário