"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 5 de julho de 2013

TEMER E O PMDB ADEREM AO GOLPISMO DO PT


Michel Temer reunido com os golpistas do PT: um homem de duas palavras (Foto do site da revista Veja).
E os fatos vão comprovando tudo o que já afirmei aqui no blog. O vice-presidente da República, Michel Temer, um dos donos do PMDB, o famigerado partido das negociatas espúrias e que agora vai se consagrando como traidor da Nação brasileira, somou-se ao golpismo do PT.
 
Trata-se do apoio dos peemedebistas a algo que é levado aos cidadãos como "reforma política", mas que embute um "plebiscto" nos moldes bolivarianos. Foi assim, por causa de plebiscito, referendo e constituinte que a Venezuela vive hoje num regime comunista.

Lá também foi feita uma reforma política que extinguiu o Senado, criando-se uma Assembléia Nacional controlada pelo chavismo, ou seja, a versão venezuelana do petismo.
 
O resto dessa tenebrosa história os cidadãos bem informados conhecem, até porque já cansei de alertar sobre isso em dezenas de artigos e análises aqui no blog. E tem mais: mostrei com exclusividade que o PT já tem preparada uma completa campanha em favor da reforma política, plebiscito e constituinte, conforme se pode conferir aqui. 

O que espanta é que muita gente acredite na legitimidade desses protestos populares, todos eles controlados pelo PT.
Essa gente que está indo às ruas ou é pertencente aos grupelhos do PT sob às ordens do Lula ou, quando muito, reúne um bando de completos idiotas que levam água ao moinho do PT que, aos poucos, vai triturando a democracia e preparando a transformação do Brasil numa República Socialista.

Se o Michel Temer é jurista eu sou o Hans Kelsen. O Sr. Temer é um homem de duas palavras. Depois de protagonizar esse papelão eivado de cinismo quem poderá no futuro acreditar em suas palavras? Entrará para história como vendilhão da Pátria.

Leiam o que informa o site da revista Veja:

Em mais um capítulo que demonstra a confusão estabelecida no Palácio do Planalto desde que a presidente Dilma Rousseff decidiu propor um plebiscito para a reforma política no país, o vice-presidente da República, Michel Temer, divulgou nota na tarde desta quinta-feira para negar que o governo tenha desistido de tentar implementar as mudanças nas eleições de 2014, conforme ele mesmo havia anunciado no final da manhã.

“Embora reconheça as dificuldades impostas pelo calendário, reafirmo que o governo mantém a posição de que o ideal é a realização do plebiscito em data que altere o sistema político-eleitoral já nas eleições de 2014”, diz a nota.
 
“Reafirmo o compromisso deste governo, anunciado pela presidente Dilma Rousseff em reunião com todos os governadores e prefeitos de capital, com uma reforma política que amplie a representatividade das instituições através de consulta popular.”

O conteúdo da nota contradiz completamente o que o vice-presidente havia dito após se reunir com os líderes dos partidos no Congresso.
"Não há mais condições, e vocês sabem disso, de fazer qualquer consulta antes de outubro. E, não havendo condições temporais para fazer essa consulta, qualquer reforma que venha só se aplicará para as próximas eleições, e não para esta", disse Temer.
 
Ele também afirmou que, com mais tempo para debater, o Congresso pode até mesmo realizar a reforma política pelo processo legislativo, o que tornaria desnecessária a consulta popular.
 
"É muito provável até que o Congresso Nacional possa vir a formatar um projeto de reforma política. Se o Congresso realizá-la e ela for, digamos, adequada às aspirações populares, quem sabe até não se pense em plebiscito", disse o peemedebista.

Na próxima semana, Temer deve coordenar reunião com os líderes da base no Senado para voltar a discutir a reforma política e os detalhes do decreto legislativo que poderá convocar o plebiscito da reforma política.
Leia a íntegra da nota de Temer:

"Em face das notícias veiculadas a respeito da minha reunião com os líderes da base aliada na Câmara dos Deputados, esclareço que:

1. A minha declaração sobre a realização do plebiscito da reforma política relatou a opinião de alguns líderes da base governista na Câmara, em função dos prazos indicados pelo TSE para a consulta popular.
 
2. Embora reconheça as dificuldades impostas pelo calendário, reafirmo que o governo mantém a posição de que o ideal é a realização do plebiscito em data que altere o sistema político-eleitoral já nas eleições de 2014.

 3. Reafirmo o compromisso deste governo, anunciado pela presidenta Dilma Rousseff em reunião com todos os governadores e prefeitos de capital, com uma reforma política que amplie a representatividade das instituições através de consulta popular. Na reunião de hoje, foi unânime entre as lideranças dos partidos políticos o apoio a esta tese.

 4. Na próxima semana, será realizada reunião com os líderes da base no Senado para reafirmação do apoio à tese e discussão da elaboração do decreto legislativo convocando o plebiscito".
 
 
05 de julho de 2013
in aluizio amorim

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