Pressionada pela crise, Dilma busca saída honrosa para a pífia proposta do plebiscito
Diante de um fiasco eminente, assessores palacianos trabalham nos bastidores para encontrar uma saída de encomenda para que a presidente não sofra desgaste ainda maior, o que comprometeria ainda mais o seu projeto de reeleição.
Dilma está longe de ser uma estreante na seara política e não justifica a sua decisão inicial de propor a realização de uma assembleia constituinte específica para tratar do tema.
Vencido o primeiro tropeço, a presidente surgiu com a ideia do plebiscito, que dependendo dos próximos capítulos pode se transformar na segunda derrota política em menos de quinze dias.
O governo sempre soube que o fator tempo seria o maior empecilho para levar adiante a proposta do plebiscito, principalmente com a obrigação de a reforma política ser válida nas eleições do próximo ano.
Com a inviabilidade marcando presença, a ideia foi propor algo esdrúxulo e deixar com os parlamentares a responsabilidade pela não realização de uma reforma política imediata.
Acontece que a proposta presidencial está mais para reforma eleitoral do que política. De agora em diante, a estratégia será a de justificar o engodo com alegações sobre os entraves legais e políticos.
Nesse imbróglio, mais duas pessoas terão de contabilizar prejuízos políticos ao lado da presidente: os ministros Aloizio Mercadante (Educação) e José Eduardo Martins Cardozo (Justiça), que desde a eclosão da crise assumiram o papel de interlocutores de Dilma.
E têm se saído muitíssimo mal, o que confirma a conhecida incompetência do governo do PT.
Enquanto parte da base aliada costura essa saída honrosa para Dilma Rousseff, o PT trabalha para colocar a militância na rua com o objetivo de defender o indefensável.
Ou seja, os petistas são os responsáveis maiores pela crise que aí está, mas como sempre insistem em usar a fantasia do Aladim incompreendido, quando a mais adequada seria a de Irmãos Metralha.
05 de julho de 2013
ucho.info
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