O governo injetou R$ 15 bilhões no BNDES nesta quinta-feira (4) por meio de um empréstimo feito em título públicos. Já estava prevista a capitalização do banco neste montante neste ano, mas o Ministério da Fazenda havia dito que o repasse seria gradual.
Há um mês, quando a operação foi autorizada, o secretário-executivo interino do Ministério da Fazenda, Dyogo de Oliveira, disse que ela tinha o objetivo de adequar as contas do banco as regras de Basiléia 3, que entram em vigor em 2014.
As regras de Basiléia estabelecem limites para os bancos emprestarem em relação ao seu patrimônio. As exigências estão sendo elevadas com objetivo de dar mais segurança ao sistema financeiro.
Desde 2008, quando estourou a crise mundial, o governo já injetou R$ 285 bilhões no BNDES. Com essa nova operação, o valor chega a R$ 300 bilhões.
O grande volume de repasse de recursos ao banco tem sido criticado por analistas porque afetam o endividamento do governo.
Os títulos emitidos em favor do BNDES afetam a dívida bruta do governo e aumentam o custo da dívida líquida, já que o banco costuma pagar à União taxas mais baixas do que as que o Tesouro paga para emitir os papéis. Isso tem o efeito de elevar a dívida líquida do setor público ou limitar sua queda.
Esses economistas consideram que seria melhor se o governo recolhesse menos dividendos do BNDES e permitisse que o banco usasse esses recursos para elevar seu patrimônio e aumentar suas operações, ao invés de capitalizar a instituição com títulos.
O repasse de dividendos do BNDES à União disparou a partir de 2008 e somou R$ 47 bilhões desde então até o ano passado.
MARIANA SCHREIBER
DE BRASÍLIA
DE BRASÍLIA
05 de julho de 2013
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