"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 14 de março de 2012

ONU PROMOVERIA POLÍTICAS QUE INCENTIVAM O ABORTO DE FETOS DO SEXO FEMININO

Especialista acusa a ONU, em Comissão Sobre a Situação da Mulher, de promover políticas que incentivam o aborto de fetos do sexo feminino. Ou: Feminista sou eu!

Alguém que se diga, a um só tempo, feminista e defensora do aborto padece, quando menos, de esquizofrenia intelectual e de vigarice moral. Já escrevi aqui a respeito, como sabem, e relembro: o cristianismo se espraiou primeiro entre as mulheres na civilização helênica porque a interdição ao aborto as protegia da morte. Hoje em dia, a legalização dessa prática é a principal causa de agressão às mulheres no mundo, especialmente na Ásia.

Na sexta-feira passada, realizou-se o painel anual da Comissão Sobre a Situação da Mulher, da ONU (leia mais aqui). É quase impossível encontrar alguma informação na imprensa ocidental — na brasileira, então, nem pensar. Ouvida, a especialista Susan Yoshinara apontou três razões para o declínio do numero de mulheres na China, Índia e outras nações da Ásia — e duas delas são promovidas pela ONU: acesso a tecnologias que facilitam o aborto, preferência dos pais por nascimento de meninos e políticas que incentivam famílias pequenas.

O incentivo ao aborto legal e o apoio a famílias pequenas induzem o chamado “aborto seletivo” — vale dizer: ao se identificar que o feto é do sexo feminino, os pais, que preferem meninos (por razoes econômicas e culturais), optam pelo aborto. Quando não, escolhe-se o infanticídio. “As meninas são mortas porque são meninas (…) Isso não parece ser um sinal de avanço para as mulheres”, afirmou Susan.

Mas vejam que curioso
Não obstante essa evidência, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, o Unicef, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), a OMS (Organização Mundial da Saúde) e a ONU Mulheres emitiram um comunicado afirmando que os países devem combater o aborto seletivo — para eliminar fetos do sexo feminino —, mas sem criar obstáculos ao aborto. Entenderam?

Eleonora Menicucci foi se explicar, lembram? Informou-se com estardalhaço no Brasil que a ONU cobrava políticas pró-aborto. Atenção! A ONU jamais tomou qualquer decisão sobre o assunto. Zero!!! O fato de essas agências levarem adiante a causa é só evidência da vitória de um lobby.

É isto aí: os defensores da morte foram longe e são determinados. E suas principais vítimas são as mulheres.

Feminista sou eu!

14 de março de 2012
Reinaldo Azevedo

Nenhum comentário:

Postar um comentário