"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 14 de março de 2012

O BRASIL É UMA GRACINHA!

O Brasil é uma graça. Não estivesse Hebe Camargo com o mal que aflige, não apenas os bastidores das redes de TV, mas a politicália de um modo genérico, à qual dispensa tratamento similar aos que se alçaram às elites, dir-se-ia - Eia Janio, o gênio da vassoura! - que o Brasil é uma gracinha.

Como agiu antes, ao dar um chute nos traseiros de ministros de campos enlameados, Dilma agora troca alhos por bugalhos. Tira um ruim e bota um pior.

Quando enfia o pé nos fundilhos de Vaccareza e troca flâmulas com um Chinaglia, não faz mais do que cometer uma falta em cima de outra. Se a outra substituição é de um Jucá por um Eduardo Braga, o caso já nem é mais de cartão amarelo. Merece um vermelho.


Que os dois chamados lideres do governo na Câmara e no Senado tinham que ir para o chuveiro mais cedo, nem se discute. Mas não vai ser com tais e quais reservas que ela vai ganhar esse jogo por rapadura.

Dilma, mais do que nunca é o Mano Menezes do governo: não tem plano tático, nem estratégia de jogo, escala mal e troca pior ainda. Faria melhor se tivesse convocado um desses craques da oposição que não jogam contra e muito menos pra torcida. E que, por isso mesmo, ainda nem são gaveteiros. Ou mensaleiros.

Dilma tirou Vaccarezza e botou Arlindo, um Chinaglia - petista paulista que, quando esteve em campo antes como presidente a Câmara F.C. deu bico em todo mundo e só não foi expulso do estádio porque terminou o período regulamentar.

A primira-mulher-presidenta mandou o grande driblador Romero Jucá para os vestiários e colocou na sua posição o amazonense Eduardo Braga (PMDB) que não tem o mínimo jogo de cintura e vai ter que atuar sempre na defesa.

Dilma não vai sequer poder estabelecer o calendário de jogos. Não vai ter nunca o mando de campo. Chinaglia vem de um time que é tradicional adversário da equipe comandada pelo líder da Gaviões da Fiel, Luiz Erário Lula a Silva; já Eduardo Braga dá nas canelas de Renan Calheiros, treinador consagrado da maioria dos craques em firulas que integram o competititvo E. C. PMDB.

Do alto de seu apartamento em São Bernardo, Lula ficou louco para apitar impedimento. Só não bandeirou Arlindo Chinaglia, porque mal pode olhar o jogo quando o recém-escalado por Dilma entra em campo.

No que diz respeito à expulsão de Jucá, Sarney e Renan - cartolas da comissão de arbitragem que escala os apitadores do Esporte Clube PMDB no Senado e em qualquer seleção brasileira de políticos bons de bola, Dilma pode preparar desde já alguém para ser o homem da mala preta.
O bicho por vitória vai custar muito mais caro do que ela pensa.

14 de março de 2012
sanatório da notícia

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