"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 14 de março de 2012

REGRA 3 DE LADRÕES NA CBF

Para ser mais preciso: sai um ladrão de casaca e entra um pé de chinello. Me refiro à troca de comando na Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

O primeiro é o famoso Ricardo Teixeira, que comandou a CBF por 5 mandatos consecutivos, ou sejam, 23 anos (16/1/1989 a 12/3/ 2012). Foi um período onde campeou a corrupção em todos os níveis.

Denúncias, com acusações de nepotismo no preenchimento de cargos na CBF, pagamento de viagens para países sedes da Copa do Mundo a magistrados e a outras autoridades, importação irregular de equipamentos para sua choperia El Turf, no Rio de Janeiro, após a Copa de 1994; a celebração de contratos lesivos para o futebol brasileiro, em especial com a fabricante de artigos esportivos Nike; omissão das declarações de rendimentos apresentadas nos exercícios de 1991, 1992 e 1993 dos valores por ele mensalmente auferidos e omissão de rendimentos provenientes de atividades rurais nas fazendas Santa Rosa I e II, localizadas no município fluminense de Piraí.

Também deu dinheiro da CBF para campanhas políticas de dirigentes esportivos, com o intuito de manter no Congresso Nacional uma bancada de deputados e senadores para defender a seus interesses (manter-se no controle da CBF, impedir investigações sobre corrupção dentro da CBF), que ficou conhecida como “bancada de bola”.

A renúncia de Teixeira, foi magistralmente classificado pelo ex-jogador campeão do Mundo e atualmente deputado Federal Romário (PSB-RJ), ele disse que é preciso comemorar a saída de “um câncer do futebol brasileiro”.

A vaga foi preenchida pelo diretor mais velho da entidade, José Maria Marin, ex-governador de São Paulo, que há pouco tempo, protagonizou uma cena ridícula durante a premiação da Copa São Paulo de Futebol Júnior (vencida pelo Corinthians , 25/1/2012), o ex-presidente da Federação Paulista de Futebol, foi flagrado roubando uma medalha, no vídeo pode-se ver o momento em que ele depois de enrolar a fita e a põe no bolso. ( Vice-presidente da CBF é flagrado roubando).

A Federação Paulista, inventou um desculpa esfarrapadíssima, disse que aquela medalha era presente para Marin. Só não combinou como goleiro Matheus Cadeira, que acabou indo para casa sem seu merecido prêmio.

Imaginem o que esse pequeno larápio, fará tendo a chave do cofre do CBF? Resta somente uma certeza, que na entidade máxima do futebol brasileiro, mudaram as moscas, mas a merda está igualzinha.

(*) Fotomontagem: Ricardo Teixeira e Marin surrupiando a medalha.

14/03/20122
Giulio Sanmartini

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