"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 30 de maio de 2012

DILMA AFIRMA QUE NÃO SE ENVOLVERÁ NA CRISE ENTRE LULA E GILMAR

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Dilma pediu silêncio aos seus auxiliares petistas (Reprodução/Internet)
 

Preocupação da presidente é blindar o Planalto das polêmicas que envolvem o julgamento do mensalão e a CPI do Cachoeira

A presidente Dilma Rousseff já avisou que não se envolverá na briga entre o ex-presidente Lula e o ministro Gilmar Mendes. Às vésperas do julgamento do mensalão, a preocupação de Dilma é manter a polêmica que envolve o seu antecessor e o Supremo Tribunal Federal longe do Planalto.

Em conversa com o presidente do STF, Ayres Britto, nesta terça-feira, 29, Dilma classificou a situação como perigosa, podendo causar danos à relação entre o Executivo e o Judiciário. A presidente exigiu silêncio aos companheiros de partido sobre o caso e nenhum envolvimento de seus auxiliares com a CPI do Cachoeira e as declarações de Gilmar Mendes.

Apesar dos dirigentes do PT defenderem Lula, a cúpula do partido deve manter cautela sobre a crise, já que qualquer reação extrema contra o Judiciário pode prejudicar os réus do mensalão.

Sem foro privilegiado

O procurador geral da República, Roberto Gurgel, encaminhou nesta terça-feira, 29, à Procuradoria da República do Distrito Federal, a representação que partidos de oposição protocolaram contra a pressão do ex-presidente Lula ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, para adiar o julgamento do mensalão, o maior escândalo político do seu governo.

De acordo com reportagem da revista Veja, o petista teria procurado pessoalmente o ministro para assegurar que o julgamento só fosse feito após as eleições municipais, em outubro. Em troca, Lula teria oferecido blindagem à Mendes na CPI do Cachoeira. Na representação contra Lula, protocolado no Ministério Público, a ação de Lula é considerada coação, tráfico de influência e tentativa de obtenção de vantagem indevida.

30 de maio de 2012
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