OS PIORES LIVROS QUE FIZERAM A CABEÇA DE MUITA GENTE
É comum encontrar na
internet listas de "melhores" ou "piores", geralmente de filmes, programas de TV
etc. Vez ou outra deparo com uma lista de "piores livros", geralmente obras
literárias, publicadas em algum site ou comunidade
estrangeiros.
Resolvi também dar minha
contribuição, apresentando aqui uma relação dos 32 livros que considero os
piores que influenciaram - e continuam influenciando - a cabeça de muita gente.
O fato de serem 32 não quer dizer nada: trata-se dos livros que achei que não
deveriam faltar numa lista dessas. A ordem da lista também não corresponde a
nenhuma classificação: segue uma ordem cronológica, por data de
publicação.
Provavelmente, você já
teve que ler alguma dessas obras-primas que vêm a seguir. Dificilmente,
acredito, chegou até o final, assim como eu. Muitas são leitura obrigatória nas
universidades, principalmente nos cursos da área humanística. O que dá, por si
só, um testemunho sobre a qualidade de nosso ensino dito superior.
Já estou preparando também
uma lista com os piores livros de autores brasileiros que fizeram a cabeça de
muita gente por estas bandas, que publicarei aqui em breve.
Obviamente, a lista a
seguir não é completa. Certamente, há outras jóias do pensamento universal que
não estão aqui relacionadas. Fiquem à vontade para citar qualquer obra que vocês
acham merece figurar nessa galeria. Aceito sugestões.
Eis a lista.
1- O Manifesto Comunista,
Karl Marx e Friedrich Engels (1848) – Panfleto que é a certidão de nascimento do
“socialismo científico”. É o modelo de todos os manifestos de esquerda. Preparou
o terreno para algumas das piores ditaduras da História e para a morte de mais
de 100 milhões de pessoas no século XX. É, para muitos, o primeiro texto
esquerdista que lêem - e, para alguns, o único.
2
- O Capital, Karl Marx (1864) – Bíblia da economia
marxista, quase ninguém leu, mas muitos, marxistas ou não, consideram-no o novo
Evangelho. É provavelmente o livro mais citado e menos lido da História. Previu
o fim inexorável do capitalismo, sempre anunciado e sempre adiado. Leitura
extremamente árida, idéias piores ainda.
3 -
Ariel, José Enrique Rodó (1900) – Livro chatíssimo, de
escrita barroca. Embora curto, é quase ilegível. Defende a tese de que a cultura
hispano-ibérica,
supostamente mais
espiritualizada, é superior à anglo-saxônica, “materialista e vulgar”. Não
surpreende que tenha se tornado um clássico do antiamericanismo.
4 - Que Fazer?, Vladimir Lênin (1903) – Um guia para a
organização do partido revolucionário comunista. Lançou as bases para o Partido
Bolchevique na Rússia, a maior máquina totalitária da História. Respondendo a
pergunta que dá título ao livro: não abra.
5
- Os Protocolos dos Sábios de Sião (1903) – Clássico
do antissemitismo, ajudou a divulgar a mentira da
"conspiração-judaica-para-dominar-o-mundo". Obra apócrifa, cheia de absurdos,
sua autoria foi atribuída, como parte da lenda, a uma suposta cabala judaica,
mas foi escrita mesmo pela polícia czarista russa.
6 -
O Estado e a Revolução, Vladimir Lênin (1918) – Olha
ele aí de novo. O pai do totalitarismo foi um escritor prolífico. Nesse livreto,
ele prevê o “fim progressivo” do Estado após a tomada do poder pelos comunistas
e a instauração da "ditadura do proletariado". Ocorreu exatamente o
contrário.
7 -
O Judeu Internacional, Henry Ford (1920) – Texto
antissemita escrito pelo fundador e dono da Ford. É a prova de que homens de
negócios também podem ser estúpidos.
8 -
Minha Luta (Mein Kampf), Adolf Hitler (1925) – Livro
que lançou as bases da ideologia nazista. Precisa dizer mais?
9
- Comunismo Soviético: Uma Nova Civilização, Sidney e
Beatrice Webb (1935) – Relato de viagem do casal inglês, pais do socialismo
britânico e “companheiros de viagem” do comunismo, cheio de elogios à URSS de
Stálin. Modelo de cegueira ideológica que seria imitado à exaustão nas décadas
seguintes.
10 - A Revolução Traída, Leon Trotsky
(1936) – Considerado por muitos um livro anti-soviético, é na verdade uma
tentativa de o autor, um dos construtores da URSS, isentar-se de culpa pela
ditadura comunista. Defende a tese de que o stalinismo foi um desvio de rota,
uma “traição” dos ideais da Revolução Russa, que seria supostamente
antiautoritária e antiburocrática. Um perfeito exercício de “salvar a própria
cara”, poderia ter como subtítulo: "Como construir um Estado totalitário e
depois posar de vítima".
11 - Cadernos do cárcere, Antonio
Gramsci (1937) – Ensina os comunistas a tomar o poder de maneira solerte e quase
imperceptível, mediante a “conquista de espaços” e a “hegemonia" cultural.
Mostrou o caminho das pedras aos petistas e a seus assemelhados da esquerda
festiva, que se dedicam a minar as instituições democráticas, enquanto se fingem
de democratas.
12 -
A Personalidade Autoritária, Theodor W. Adorno (1950)
– Livro de um dos expoentes da neomarxista "Escola de Frankfurt", bastante
influente desde os anos 60, defende a falácia de que a “direita” é autoritária,
mas a “esquerda”, não. Muito usado para “provar” que qualquer um que se oponha
às idéias de esquerda sofre de distúrbios psiquiátricos. Provavelmente, um caso
de inversão psicológica.
13 -
A História me Absolverá, Fidel Castro (1953) –
Teoricamente, é a transcrição do discurso que Fidel Castro fez durante seu
julgamento pelo ataque ao quartel de Moncada, em 1953. Na realidade, é um
panfleto de propaganda política feito a posteriori para enaltecer o
ditador. Uma das maiores armações editoriais já feitas em todos os tempos, à
altura do regime dos irmãos Castro.
14 - A Guerra de Guerrilhas, Che Guevara (1960) –
“Manual” que pretendia ensinar a lutar e vencer o imperialismo a partir de um
pequeno grupo ou foco de combatentes (foquismo). O autor, depois de fuzilar
algumas centenas de prisioneiros políticos e de ajudar a arruinar a economia de
Cuba, tentou implantar seus ensinamentos no Congo e na Bolívia. Foi derrotado
nas duas vezes e acabou preso e executado, provando de seu próprio veneno.
Depois disso, virou ídolo pop e estampa de camiseta, usada por
adolescentes com hormônios de mais e neurônios de menos.
15 -
Furacão sobre Cuba, Jean-Paul Sartre (1960) – Livro em
que o filósofo existencialista, autor da frase inacreditável “Todo anticomunista
é um cão”, dá vazão á sua paixão pelos revolucionários cubanos, em especial a
Che Guevara, que ele descreveria depois como “o ser humano mais completo do
século XX”. Sem comentários.
16 - A Verdade sobre Cuba, C. Wright Mills (1960) – Apesar do título, não passa de um panfleto contra o “imperialismo” dos EUA e a favor do regime de Fidel Castro em Cuba. Uma das maiores mistificações de todos os tempos.
17 - Os Condenados da Terra, Frantz Fanon (1961) –
Clássico do terceiromundismo, advoga abertamente a violência dos “oprimidos”
contra os “opressores”. O autor, que era psicólogo, chega a enaltecer as
“virtudes psicológicas” da violência revolucionária. Muito lido por terroristas
e militantes do racismo negro, atualmente chamados "defensores de cotas
raciais".
18 - A Mística Feminina, Betty Friedan (1963) – Livro
que, juntamente com O Segundo Sexo (1948), de Simone de Beauvoir,
lançou as bases do feminismo. Virou um catecismo de donas-de-casa americanas
entediadas e de executivas castradas emocionalmente. Justifica em cada linha a
frase imortal de Nelson Rodrigues: “O único movimento feminino que me interessa
é o dos quadris”.
19 - O Homem Unidimensional, Herbert Marcuse (1964) – Obra de enorme influência nos anos 60, ataca o capitalismo e a sociedade industrial, com base no marxismo e no freudianismo. Uma das bíblias dos pós-modernistas, usa e abusa de Marx e Freud para provar que o capitalismo é um sistema mau e totalitário, ao contrário do que existia nos países atrás da Cortina de Ferro.
19 - O Homem Unidimensional, Herbert Marcuse (1964) – Obra de enorme influência nos anos 60, ataca o capitalismo e a sociedade industrial, com base no marxismo e no freudianismo. Uma das bíblias dos pós-modernistas, usa e abusa de Marx e Freud para provar que o capitalismo é um sistema mau e totalitário, ao contrário do que existia nos países atrás da Cortina de Ferro.
20 - Revolução na Revolução?, Régis
Debray (1967) – Livreto “revolucionário” do escritor francês, admirador de Che
Guevara e da Revolução Cubana. Defende a teoria do “foco” guerrilheiro como o
caminho para a revolução. Renegado depois pelo autor.
21 -
O Livro Vermelho do Pensamento do Camarada Mao, Mao
Tsé-tung (1967) – Coletânea de platitudes do maior assassino de massas da
História, tornou-se leitura obrigatória dos chineses durante a “Revolução
Cultural” dos anos 60. Virou souvenir para turistas.
22 -
Os Conceitos Elementares do Materialismo Histórico,
Marta Harnecker (1969) – Cartilha da vulgata marxista, um dos dez livros que
mais comoveram o idiota latino-americano. Adotado nas escolas em Cuba.
23 - As Veias Abertas da América
Latina, Eduardo Galeano (1971) – Considerada a Bíblia do perfeito
idiota latino-americano, escrita por um dos maiores expoentes da turma, um
uruguaio fã de Fidel Castro. É um rosário de desgraças do continente, desde a
descoberta no século XV, atribuídas sempre aos colonizadores (primeiro espanhóis
e portugueses; hoje, os gringos norte-americanos). Pode ser resumido na seguinte
frase: somos pobres por causa deles, os “imperialistas”. Também conhecido como
As "Véias" Abertas da América Latina.
24
- Rumo a uma teologia da libertação, Gustavo Gutiérrez
(1971) – Livro que deu o pontapé inicial na heresia oportunista batizada de
“teologia da libertação”, bastante popular na América Latina e representada no
Brasil por Frei Betto e Leonardo Boff. Bebe na onda “modernizadora” iniciada
após o Concílio Vaticano II (1962-1965) para tentar uma síntese entre o
catolicismo e o marxismo, com predominância, claro, deste último. Deu origem a
um dos maiores engodos de todos os tempos. Apenas confirmou o dito bíblico de
que não se pode servir a dois senhores ao mesmo tempo.
25
- Para Ler o Pato Donald, Ariel Dorfman e Armand
Mattelart (1972) – Pequeno manual para “compreender” as mensagens subliminares
supostamente presentes nas tirinhas da Disney, por meio das quais o pérfido
imperialismo ianque faria lavagem cerebral em nossas crianças. A única lavagem
cerebral foi a que sofreram os autores, dois esquerdistas ociosos que viam
propaganda imperialista em histórias em quadrinhos.
26 - Vigiar e Punir, Michel Foucault (1975) – Obra de
um dos principais representantes da filosofia francesa pós-moderna, apresenta a
polícia e as prisões como instrumentos de dominação social, a serviço da
“opressão das elites” etc.. Um dos livros preferidos da turma esquerdista
inimiga da polícia e amiga de um baseado, adepta do "direito achado na rua" (ou
na sarjeta).
27 - Cuba: Ditadura ou Democracia?,
Marta Harnecker (1978) – O titulo já diz tudo: a autora, viúva do chefe do
serviço de espionagem cubano, tenta argumentar que Cuba não é uma ditadura, mas
um regime democrático, até mais avançado do que a mais avançada das democracias
capitalistas (!). Bom para servir de papel higiênico na ilha onde este é artigo
de luxo.
28 - Aparelhos Ideológicos de Estado,
Louis Althusser (1978) – Outro clássico do marxismo acadêmico e de botequim.
Afirma que a “superestrutura” (escola, família etc.) tem por finalidade a
reprodução do sistema capitalista. Tem pouco mais de 100 páginas, mas é tão
chato que é quase impossível ler até o final.
29 -
Orientalismo, Edward Said (1978) – Clássico da moda
relativista chamada multiculturalismo, defende a idéia de que o “Ocidente” tem
uma visão deturpada do “Oriente” (em especial, do Islã). Muito citado por quem
tenta justificar fenômenos como o terrorismo islamita.
30 - O Livro Negro do Capitalismo,
Gilles Perrault (org.) (1997) – Tentativa tosca e mal-sucedida de resposta a
O Livro Negro do Comunismo, publicado naquele mesmo ano, e que trazia
relatos fartamente documentados e irrefutaveis das cerca de 100 milhões de
mortes perpetradas pelo comunismo no século XX. Coloca na mesma conta de “crimes
do capitalismo” as atrocidades do nazismo, guerras como a do Vietnã e os
massacres de povos indígenas durante a colonização nas Américas. Só faltou
culpar o capitalismo pela extinção dos dinossauros também. Tudo para desviar a
atenção dos crimes do comunismo.
31 - Hegemonia ou Sobrevivência, Noam Chomsky (2002) – Panfleto antiamericano do guru de Hugo Chávez. Resumo: os EUA querem o poder mundial e todos os que se opõem a isso estão defendendo a humanidade. O antiamericanismo de Chomsky é tão intenso que já o levou a defender o regime genocida do Khmer Vermelho no Camboja, nos anos 70. Atualmente, virou autor de referência de Osama Bin Laden.
31 - Hegemonia ou Sobrevivência, Noam Chomsky (2002) – Panfleto antiamericano do guru de Hugo Chávez. Resumo: os EUA querem o poder mundial e todos os que se opõem a isso estão defendendo a humanidade. O antiamericanismo de Chomsky é tão intenso que já o levou a defender o regime genocida do Khmer Vermelho no Camboja, nos anos 70. Atualmente, virou autor de referência de Osama Bin Laden.
32 - Piratas do Caribe, Tariq Ali
(2008) – O paquistanês Tariq Ali faz a apologia dos governos populistas e
caudilhescos da América Latina, como os de Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales
(Bolívia), Rafael Correa (Equador) e Fidel Castro (Cuba) - com uma auréola de
santo na capa. Autor também dos inqualificáveis Choque de
fundamentalismos (2001) e Bush na Babilônia (2003), Ali chama
esses governos de "o eixo da esperança". Só não há esperança para quem tente
trazer esse radical trotskista e antiamericano raivoso para o lado da
racionalidade. O lema do autor: o que é ruim para os EUA, é bom para a
humanidade. Conselho: faça o mesmo que os cubanos e venezuelanos fazem na menor
oportunidade – fuja.
Menções
honrosas:
História da
riqueza do homem, Leo Hubeman (1968) - Espécie de bê-a-bá do
materialismo dialético, apresenta um esquema histórico com a evolução dos meios
de produção, desde o feudalismo até a ascensão do nazi-fascismo na Europa, pela
perspectiva marxista. Primeiro contato de muita gente com a "ciência" econômica
de Marx e Engels.
Era dos
extremos: o breve século XX, 1914-1991, Eric J. Hobsbawn (1994) -
Tudo bem que Hobsbawn é comunista e esquerdista até a medula, mas precisava ser
tão condescendente com a URSS num livro de História?
.Aí está. Se você tambem teve o duvidoso privilégio de ler algum desses livros, e se notou alguma ausência na lista acima, fique à vontade para sugerir outros títulos. Ficarei feliz em incluir as sugestões e comentários que me parecerem mais pertinentes. Afinal, a bibliografia esquerdista e pró-totalitarismo é mesmo infinita. Assim como a estupidez humana, da qual é uma prova contundente, aliás.
P.S.: Pena que aqui não dá
pra dizer que este ou aquele livro, ao contrário de certos filmes, é "tão ruim,
que é bom"...
30 de maio de 2012
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