Um procurador regional da República no Rio Grande do Sul encaminhou ao
Ministério Público Federal em Goiás uma representação pedindo investigação sobre
a origem do dinheiro pago pelo empresário Carlinhos Cachoeira ao seu advogado, o
ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos.
O documento, produzido pelo procurador Manoel Pastana, afirma que pode ter havido lavagem ou receptação culposa de dinheiro obtido por meio de crime.
Na representação, Pastana cita reportagens veiculadas na mídia que afirmam que Thomaz Bastos receberá R$ 15 milhões pela defesa de Cachoeira.
O procurador escreve que o empresário está com bens bloqueados e não tem renda “lícita” para justificar legalmente os pagamentos. Diz que o recebimento de honorários pode “configurar, em tese, ilícito penal”.
Para Pastana, o pagamento ao ex-ministro pode permitir “que Cachoeira tire proveito do produto do crime” e que “recursos sujos passem a circular como capitais limpos, ganhos em atividade regular de advocacia”.
O procurador também afirma que a contratação de um ex-ministro da Justiça para o caso ofende “a moral e a ética”.
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OUTRO LADO
O ex-ministro, em nota, disse repudiar as “ilações” do procurador regional e que o questionamento é “um retrocesso autoritário” e uma “tentativa de intimidação”.
Afirma ainda que Pastana confunde réu e advogado de defesa, o que configura um “abuso do direito de ação”. Também fala que nunca foi questionado dessa maneira em sua carreira e que a remuneração segue o estabelecido no Código de Ética da Advocacia.
Felipe Bächtold (Folha)
30 de maio de 2012
O documento, produzido pelo procurador Manoel Pastana, afirma que pode ter havido lavagem ou receptação culposa de dinheiro obtido por meio de crime.
Na representação, Pastana cita reportagens veiculadas na mídia que afirmam que Thomaz Bastos receberá R$ 15 milhões pela defesa de Cachoeira.
O procurador escreve que o empresário está com bens bloqueados e não tem renda “lícita” para justificar legalmente os pagamentos. Diz que o recebimento de honorários pode “configurar, em tese, ilícito penal”.
Para Pastana, o pagamento ao ex-ministro pode permitir “que Cachoeira tire proveito do produto do crime” e que “recursos sujos passem a circular como capitais limpos, ganhos em atividade regular de advocacia”.
O procurador também afirma que a contratação de um ex-ministro da Justiça para o caso ofende “a moral e a ética”.
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OUTRO LADO
O ex-ministro, em nota, disse repudiar as “ilações” do procurador regional e que o questionamento é “um retrocesso autoritário” e uma “tentativa de intimidação”.
Afirma ainda que Pastana confunde réu e advogado de defesa, o que configura um “abuso do direito de ação”. Também fala que nunca foi questionado dessa maneira em sua carreira e que a remuneração segue o estabelecido no Código de Ética da Advocacia.
Felipe Bächtold (Folha)
30 de maio de 2012
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