Os moradores de Ipanema, enfrentando o absurdo, vão se reunir na manhã de sábado, na Praça N.S. da Paz, no sentido de preservá-la contra a derrubada de árvores e escavações nos jardins pelas obras do Metro. Com plena lógica, sustentam que no bairro já existe a Estação General Osório em funcionamento, e o plano rumo à Barra da Tijuca inclui outra Estação, esta no Jardim de Alá.
Não existe, assim, necessidade de uma terceira que apenas acrescenta despesas públicas. Pois a Nossa Senhora da Paz fica apenas a 6 minutos a pé, tento da General Osório quanto do Jardim de Alá. Se a razão prevalecer, o que não é nada fácil.
Com base nos exemplos da história da cidade, o governo no Rio de Janeiro reexaminará o traçado e o mergulho das obras aliviando o reflexo que causam nas áreas verdes e na população. A solução parece simples. Mas o medo de ser simples atormenta os tecnocratas e a própria tecnocracia. E também colide de forma frontal com o interesse de empreiteiros.
A cidade do Rio já teve muitos planos. No final da década de 20 o Plano Alfred Agache, urbanista francês. De 37 a 45, o Plano Hewnrique Dodsworth, um grande prefeito, responsável pela construção da Avenida Presidente Vargas, do corte na Rua Farani, do corte do Cantagalo, na Lagoa, avenida que, com justiça, leva o seu nome.
No início do século o Plano Pereira Passos, outro grande administrador, que abriu a Avenida Central, hoje Rio Branco, e partiu para um arrojado projeto de modernização. Com Dodsworth, João Carlos Vital, Alim Pedro, Francisco Sá Lessa, foi tocado o desmonte do Morro de Santo Antônio. Com Negrão de Lima e Sá Freire Alvim foi construído a Aterro do Flamengo, uma das últimas obras que Juscelino inaugurou em dezembro de 60. A urbanização, por Burle Marx e Lota Soares, foi realizada por Carlos Lacerda, quando governador da Guanabara, de 61 a 65.
Em 63, também Lacerda, foi contratado um escritório grego, de renome internacional, Doxiadis, para rever o plano urbano do Rio. Não saiu do papel. Depois, em 66, Negrão de Lima governador, foi elaborado finalmente o plano do Metro, feito pela empresa alemã Hotchief, vencedora da concorrência.
Negrão iniciou as obras em 69 pela Avenida Treze de Maio. Tiveram sequência com Chagas Freitas. Uma verdade precisa ser dita: JK, Negrão, Lacerda e Chagas Freitas não eram adversários da simplicidade e da lógica.
Esta lógica, ainda mais que a simplicidade, está faltando agora ao governo Sérgio Cabral e à administração Eduardo Paes. Exemplos não faltam. Um deles a invasão da Praça N.S. da Paz, que vai retirar a paz de mais de cem mil pessoas, sem a menor necessidade. Outro a ameaça de derrubar o elevado da Perimetral, ideia fulminada pelo engenheiro Emílio Ibraim, que foi Secretário de Obras tanto no governo Carlos Lacerda quanto do segundo governo Chagas Freitas.
Pois como alguém pensa em dinamitar o elevado, se passados três anos, caso Eduardo Paes, não conseguiu concluir as obras no chão que se eternizam na própria Rodrigues Alves, na Venezuela, na Sacadura Cabral?
Passo pelo local todos os domingos quando me dirijo à Rádio Tupi para participar da mesa de debates comandada por Haroldo de Andrade Júnior. Procura-se bom senso na administração e também compromisso com a ética e o interesse público. Esta seria, sem dúvida, uma matéria publicitária cabível nos meios de comunicação, entre eles a Internet.
Passei segunda-feira pela Praça N.S. da Paz e vi a faixa anunciando a concentração de sábado. Por isso escrevo este artigo. Como morador de Copacabana e considerando a iniciativa legítima, acrescento mais um apelo à consciência coletiva. Meu único interesse é o de preservar o que não precisa ser destruído.
Não existe, assim, necessidade de uma terceira que apenas acrescenta despesas públicas. Pois a Nossa Senhora da Paz fica apenas a 6 minutos a pé, tento da General Osório quanto do Jardim de Alá. Se a razão prevalecer, o que não é nada fácil.
Com base nos exemplos da história da cidade, o governo no Rio de Janeiro reexaminará o traçado e o mergulho das obras aliviando o reflexo que causam nas áreas verdes e na população. A solução parece simples. Mas o medo de ser simples atormenta os tecnocratas e a própria tecnocracia. E também colide de forma frontal com o interesse de empreiteiros.
A cidade do Rio já teve muitos planos. No final da década de 20 o Plano Alfred Agache, urbanista francês. De 37 a 45, o Plano Hewnrique Dodsworth, um grande prefeito, responsável pela construção da Avenida Presidente Vargas, do corte na Rua Farani, do corte do Cantagalo, na Lagoa, avenida que, com justiça, leva o seu nome.
No início do século o Plano Pereira Passos, outro grande administrador, que abriu a Avenida Central, hoje Rio Branco, e partiu para um arrojado projeto de modernização. Com Dodsworth, João Carlos Vital, Alim Pedro, Francisco Sá Lessa, foi tocado o desmonte do Morro de Santo Antônio. Com Negrão de Lima e Sá Freire Alvim foi construído a Aterro do Flamengo, uma das últimas obras que Juscelino inaugurou em dezembro de 60. A urbanização, por Burle Marx e Lota Soares, foi realizada por Carlos Lacerda, quando governador da Guanabara, de 61 a 65.
Em 63, também Lacerda, foi contratado um escritório grego, de renome internacional, Doxiadis, para rever o plano urbano do Rio. Não saiu do papel. Depois, em 66, Negrão de Lima governador, foi elaborado finalmente o plano do Metro, feito pela empresa alemã Hotchief, vencedora da concorrência.
Negrão iniciou as obras em 69 pela Avenida Treze de Maio. Tiveram sequência com Chagas Freitas. Uma verdade precisa ser dita: JK, Negrão, Lacerda e Chagas Freitas não eram adversários da simplicidade e da lógica.
Esta lógica, ainda mais que a simplicidade, está faltando agora ao governo Sérgio Cabral e à administração Eduardo Paes. Exemplos não faltam. Um deles a invasão da Praça N.S. da Paz, que vai retirar a paz de mais de cem mil pessoas, sem a menor necessidade. Outro a ameaça de derrubar o elevado da Perimetral, ideia fulminada pelo engenheiro Emílio Ibraim, que foi Secretário de Obras tanto no governo Carlos Lacerda quanto do segundo governo Chagas Freitas.
Pois como alguém pensa em dinamitar o elevado, se passados três anos, caso Eduardo Paes, não conseguiu concluir as obras no chão que se eternizam na própria Rodrigues Alves, na Venezuela, na Sacadura Cabral?
Passo pelo local todos os domingos quando me dirijo à Rádio Tupi para participar da mesa de debates comandada por Haroldo de Andrade Júnior. Procura-se bom senso na administração e também compromisso com a ética e o interesse público. Esta seria, sem dúvida, uma matéria publicitária cabível nos meios de comunicação, entre eles a Internet.
Passei segunda-feira pela Praça N.S. da Paz e vi a faixa anunciando a concentração de sábado. Por isso escrevo este artigo. Como morador de Copacabana e considerando a iniciativa legítima, acrescento mais um apelo à consciência coletiva. Meu único interesse é o de preservar o que não precisa ser destruído.
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