Hollande não é um Lula, não é sindicalista e não veio da classe operária mas da Escola Nacional de Administração. É verdade que a expectativa em torno de Hollande é muito alta – não só na França mas também na Itália e em vários países africanos – e que isso sempre representa um risco.
É certo que vários aspectos do pacto europeu não poderão ser renegociados, mas a eleição de Hollande manda um sinal para os alemães. Por falar nisso, a frase de Merkel “receber Hollande de braços abertos” é o oposto do que disse ha alguns meses quando se recusou a receber Hollande, entao em campanha.
Na Europa, a percepção de que os alemães estão “cantando de galo” começa a crescer. De qualquer forma a agenda de esquerda de Hollande -aumento de impostos sobre os mais ricos, mais professores e, melhor ainda, fim da demonização dos imigrantes pelo próprio governo – já é uma vitoria e tanto.
Realmente, Hollande teve a maioria dos votos dos verdes e da extrema esquerda, isso era esperado. Mas creio que quem fez mesmo a diferença foram os eleitores de Bayrou – que, mesmo com fraco desempenho, contribuiu para o placar final de 51,6% de Hollande).
Contou muito também a fidelidade dos eleitores de Le Pen, que nao transferiram em grande parte seus votos a Sarkozy. Ou seja, não adiantou sinalizar um acordo com a Frente Nacional nem pegar “mais pesado” no discurso antiimigraçao.
Tudo o que Sarkozy conseguiu foi fortalecer o FN para daqui a 5 anos,e talvez já até nas próximas eleições legislativas. O risco agora é de uma “revanche” da direita (com resultado global mais expressivo, como colocou em seu comentário) nas eleições legislativas.
Hollande corre o risco de ter que nomear alguém da direita para cargos importantes, e aí o governo ficará engessado no que aqui se chama “cohabitaçao” (como já aconteceu com Chirac). Mais outra boa razão para continuar conversando com Bayrou.
É certo que vários aspectos do pacto europeu não poderão ser renegociados, mas a eleição de Hollande manda um sinal para os alemães. Por falar nisso, a frase de Merkel “receber Hollande de braços abertos” é o oposto do que disse ha alguns meses quando se recusou a receber Hollande, entao em campanha.
Na Europa, a percepção de que os alemães estão “cantando de galo” começa a crescer. De qualquer forma a agenda de esquerda de Hollande -aumento de impostos sobre os mais ricos, mais professores e, melhor ainda, fim da demonização dos imigrantes pelo próprio governo – já é uma vitoria e tanto.
Realmente, Hollande teve a maioria dos votos dos verdes e da extrema esquerda, isso era esperado. Mas creio que quem fez mesmo a diferença foram os eleitores de Bayrou – que, mesmo com fraco desempenho, contribuiu para o placar final de 51,6% de Hollande).
Contou muito também a fidelidade dos eleitores de Le Pen, que nao transferiram em grande parte seus votos a Sarkozy. Ou seja, não adiantou sinalizar um acordo com a Frente Nacional nem pegar “mais pesado” no discurso antiimigraçao.
Tudo o que Sarkozy conseguiu foi fortalecer o FN para daqui a 5 anos,e talvez já até nas próximas eleições legislativas. O risco agora é de uma “revanche” da direita (com resultado global mais expressivo, como colocou em seu comentário) nas eleições legislativas.
Hollande corre o risco de ter que nomear alguém da direita para cargos importantes, e aí o governo ficará engessado no que aqui se chama “cohabitaçao” (como já aconteceu com Chirac). Mais outra boa razão para continuar conversando com Bayrou.
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