Sete militares da reserva que integram o Clube Naval, no Rio, vão se
reunir quinta-feira para avaliar o primeiro dia da Comissão Nacional da
Verdade, previsto para amanhã.
A equipe, presidida pelo almirante Tibério Ferreira, compõe a Comissão Paralela da Verdade, criada pelo clube para monitorar as informações divulgadas pelo grupo nomeado pela presidente Dilma Rousseff. Os militares pretendem fazer um contraponto em caso de ataques.
Para o presidente do Clube Naval, vice-almirante Ricardo Antônio da Veiga Cabral, o trabalho da Comissão Nacional da Verdade tem forte probabilidade de respingar de modo negativo nas Forças Armadas, caso "os militares não tenham voz".
O grupo paralelo foi criado em 26 de março último e, segundo Cabral, prestará assessoria jurídica aos militares que, eventualmente, prestem depoimento na comissão.
- É preciso ouvir o outro lado também. Tudo precisa de um contraponto, por isso criamos a comissão. Quando a divulgação não for favorável e não tivermos chances de defesa, divulgaremos nosso contraponto. A comissão precisa ser de Estado e não de governo, para resultar em um levantamento histórico - disse Cabral, que analisa a composição da Comissão da Verdade.
- Não temos nada contra os membros da comissão, mas, sim, algumas ressalvas. A ex-advogada da presidente Dilma (Rosa Maria Cardoso da Cunha), por exemplo, está na comissão. Um advogado vai sempre defender a causa de seu cliente. Assim, não fica equilibrado.
Todos os militares integrantes da Comissão Paralela da Verdade são da reserva da Marinha, acompanharam o golpe de 1964 e a ditadura militar.
- Hoje, a maioria dos oficiais da ativa na Marinha não era nascida em 1964, só ouviu o que as pessoas falaram sobre o período. Precisamos acompanhar os resultados da comissão - ressalta Cabral.
Deputado federal com reduto eleitoral entre militares, Jair Bolsonaro (PP-RJ) disse ontem que o grupo criado pelo Clube Naval foi a maneira encontrada pelos oficiais da reserva para contestarem os depoimentos previstos para a Comissão da Verdade.
- Não vamos admitir depoimentos secretos na Comissão da Verdade, trabalhamos para que isso não aconteça. Tem gente nomeada para essa comissão que já militava em grupos de esquerda em 1962, antes dos governos militares, a partir de 1964.
Com esse monitoramento, o Clube Naval e os militares vão romper o silêncio.
Queremos colaborar com o levantamento - afirmou.
A equipe, presidida pelo almirante Tibério Ferreira, compõe a Comissão Paralela da Verdade, criada pelo clube para monitorar as informações divulgadas pelo grupo nomeado pela presidente Dilma Rousseff. Os militares pretendem fazer um contraponto em caso de ataques.
Para o presidente do Clube Naval, vice-almirante Ricardo Antônio da Veiga Cabral, o trabalho da Comissão Nacional da Verdade tem forte probabilidade de respingar de modo negativo nas Forças Armadas, caso "os militares não tenham voz".
O grupo paralelo foi criado em 26 de março último e, segundo Cabral, prestará assessoria jurídica aos militares que, eventualmente, prestem depoimento na comissão.
- É preciso ouvir o outro lado também. Tudo precisa de um contraponto, por isso criamos a comissão. Quando a divulgação não for favorável e não tivermos chances de defesa, divulgaremos nosso contraponto. A comissão precisa ser de Estado e não de governo, para resultar em um levantamento histórico - disse Cabral, que analisa a composição da Comissão da Verdade.
- Não temos nada contra os membros da comissão, mas, sim, algumas ressalvas. A ex-advogada da presidente Dilma (Rosa Maria Cardoso da Cunha), por exemplo, está na comissão. Um advogado vai sempre defender a causa de seu cliente. Assim, não fica equilibrado.
Todos os militares integrantes da Comissão Paralela da Verdade são da reserva da Marinha, acompanharam o golpe de 1964 e a ditadura militar.
- Hoje, a maioria dos oficiais da ativa na Marinha não era nascida em 1964, só ouviu o que as pessoas falaram sobre o período. Precisamos acompanhar os resultados da comissão - ressalta Cabral.
Deputado federal com reduto eleitoral entre militares, Jair Bolsonaro (PP-RJ) disse ontem que o grupo criado pelo Clube Naval foi a maneira encontrada pelos oficiais da reserva para contestarem os depoimentos previstos para a Comissão da Verdade.
- Não vamos admitir depoimentos secretos na Comissão da Verdade, trabalhamos para que isso não aconteça. Tem gente nomeada para essa comissão que já militava em grupos de esquerda em 1962, antes dos governos militares, a partir de 1964.
Com esse monitoramento, o Clube Naval e os militares vão romper o silêncio.
Queremos colaborar com o levantamento - afirmou.
15 de maio de 2012
Marcelo Remígio O Globo
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