JOBIM EM DIA DE
JERÔME VALCKE : Jobim reaparece e se irrita com falta de posição política do
PMDB
O
ex-ministro da Defesa Nelson Jobim fez nesta quinta-feira sua primeira aparição
pública desde que deixou o cargo e cobrou do PMDB posição política sobre
questões importantes que estão em debate.
Durante um evento do partido, em Brasília, ele constrangeu os companheiros ao fazer um duro discurso, cobrando dos dirigentes da legenda uma postura mais incisiva.
Dirigindo-se aos líderes presentes, como o senador Renan Calheiros (AL), o deputado Henrique Eduardo Alves (RN) e até o vice-presidente Michel Temer, Jobim disse que o PMDB é um partido sem posição.
- Será que o partido tem que homologar decisões da qual não participou? Por que não temos opinião, Michel, nos tornamos homologadores de decisões das quais não participamos para depois, nos ser cobrada lealdade. A sobrevivência do PMDB está dependendo de termos cara e voz. É o momento de termos cara e voz.
Quem não tem, curva-se, e quem se curva leva um pontapé - encerrou seu discurso, depois de também cobrar dos líderes posições sobre temas do Pacto Federativo:
- Qual a posição do partido sobre o Pacto Federativo, hein, Renan? Hein, Henrique?
Temos discussão interna sobre isso? Não.
O que pensamos sobre o Fundo de Participação dos Estados?
Temos que ter respostas para a sociedade - disse, provocando.
- Eu sou um pequeno quadro do partido, os senhores que lideram é que precisam tomar posições. Ter posição é assumir riscos. E desde 1989 não corremos riscos.
Nos tornamos homologadores - afirmou Jobim.
Durante um evento do partido, em Brasília, ele constrangeu os companheiros ao fazer um duro discurso, cobrando dos dirigentes da legenda uma postura mais incisiva.
Dirigindo-se aos líderes presentes, como o senador Renan Calheiros (AL), o deputado Henrique Eduardo Alves (RN) e até o vice-presidente Michel Temer, Jobim disse que o PMDB é um partido sem posição.
- Será que o partido tem que homologar decisões da qual não participou? Por que não temos opinião, Michel, nos tornamos homologadores de decisões das quais não participamos para depois, nos ser cobrada lealdade. A sobrevivência do PMDB está dependendo de termos cara e voz. É o momento de termos cara e voz.
Quem não tem, curva-se, e quem se curva leva um pontapé - encerrou seu discurso, depois de também cobrar dos líderes posições sobre temas do Pacto Federativo:
- Qual a posição do partido sobre o Pacto Federativo, hein, Renan? Hein, Henrique?
Temos discussão interna sobre isso? Não.
O que pensamos sobre o Fundo de Participação dos Estados?
Temos que ter respostas para a sociedade - disse, provocando.
- Eu sou um pequeno quadro do partido, os senhores que lideram é que precisam tomar posições. Ter posição é assumir riscos. E desde 1989 não corremos riscos.
Nos tornamos homologadores - afirmou Jobim.
O ex-ministro contou que uma vez perguntou a Temer qual era a relação dos ministros do PMDB com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva numa escala de zero a dez.
“Ele disse que era dez. Então, eu perguntei qual era a relação dos ministros do PMDB entre eles: zero. Fui além e perguntei qual era a relação dos ministros com as bases na Câmara e no Senado: na margem de zero. E perguntei qual era a relação com a direção do partido:
zero”, relatou Jobim.
Segundo Jobim, não há diálogo com os ministros porque o partido não tem “posição própria”. O ex-ministro afirmou que o governo do PT sempre cobra “lealdade” por parte do PMDB sem deixar que a sigla participe das decisões políticas.
Temer
Após ouvir o discurso de Jobim, Temer contemporizou e destacou a "liberdade" dos integrantes do partido de defender posições divergentes.
"Nos demais partidos, não verificamos uma posição como essa, de os nossos membros falarem mal do PMDB internamente", afirmou.
Temer disse ainda que é "legítimo" defender que o PMDB tenha candidato próprio. "Se querem a presidência, isso é legítimo. Essa matéria não está vetada do debate."
O vice-presidente defendeu ainda que o PMDB assuma a presidência das duas Casas do Congresso - Senado e Câmara.
Atualmente o partido ocupa a presidência do Senado, com José Sarney. A Câmara é comandada por Marco Maia (PT-RS). Acordo feito com o PT prevê que o PMDB também assuma a presidência da Câmara em 2013.
Senadores mininizam
O discurso de Jobim foi muito aplaudido pela plateia. O presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), tentou minimizar as críticas feitas pelo ex-ministro.
O Globo
18 de maio de 2012
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