O presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra, conversando com empresários, em Belo Horizonte (17/5), o fato não passou despercebido pelo repórter Carlos Cherem, que publicou um digesto do colóquio (leia na íntegra reportagem)
As afirmativas de Guerra mostram um misto de sinceridade com desencanto: “A CPI atinge o Executivo no plural. Os governos estaduais e federal não querem deixar a comissão ir adiante porque tem coisa por trás. A pauta administrativa da comissão de investigar governos de vários partidos, saber se as licitações foram regulares ou irregulares… Nos partidos, não vejo muitos interessados (…) São mais deduções do que realidade. Não sabemos o alcance do [Carlinhos] Cachoeira e suas trelas. O alcance é impreciso”.
E finalizou: “Não há a menor chance de a CPI avançar. Não vejo muita gente interessada. As investigações se esgotam num processo que já se deu. As coisas já foram investigadas”.
O deputado não se furta d e falar sobre seus corrligionários envolvidos. Negou a necessidade de Perillo dar explicações à Comissão de Ética do PSDB, que está sendo criada a toque de caixa pela direção do partido. “Não há dúvidas sobre o governador Perillo. Ouvimos todas as suas explicações e os dados que dão conteúdo a essas explicações. Tenho 100% de certeza de que nada há contra o governador de Goiás”.
Com relação ao deputado Carlos Alberto Lereia (PSDB-GO), Guerra disse que as acusações se restringem a uma relação de amizade entre o parlamentar tucano e o bicheiro. “Leréia é acusado de manter relação de amizade com o Cachoeira. Rigorosamente é isso. Ele é um amigo do Cachoeira. Essa questão tem de ser examinada por essa perspectiva: ele não tem responsabilidades administrativa. Temos de ver se sua vida pessoal fere a ética da conduta do parlamentar. Ele vai à CPI e já se ofereceu para se explicar para o partido. Mas desde logo, não há nada que o envolva em qualquer irregularidade.
E fechou desdenhando das conversas, interceptadas pela PF, do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) levando um pedido do contraventor ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) para conseguir um emprego para Mônica Vieira, prima do bicheiro: “São factoides ridículos”.
A rumo que as coisas estão tomando, no sentido de prevalecer a impunidade, torna a CPI, um esgoto à céu aberto e, cada vez mais, reforça a pensamento que essa Comissão foi criada para tirar o mesalão da ribalta.
18 de maio de 2012
Giulio Sanmartini
As afirmativas de Guerra mostram um misto de sinceridade com desencanto: “A CPI atinge o Executivo no plural. Os governos estaduais e federal não querem deixar a comissão ir adiante porque tem coisa por trás. A pauta administrativa da comissão de investigar governos de vários partidos, saber se as licitações foram regulares ou irregulares… Nos partidos, não vejo muitos interessados (…) São mais deduções do que realidade. Não sabemos o alcance do [Carlinhos] Cachoeira e suas trelas. O alcance é impreciso”.
O deputado não se furta d e falar sobre seus corrligionários envolvidos. Negou a necessidade de Perillo dar explicações à Comissão de Ética do PSDB, que está sendo criada a toque de caixa pela direção do partido. “Não há dúvidas sobre o governador Perillo. Ouvimos todas as suas explicações e os dados que dão conteúdo a essas explicações. Tenho 100% de certeza de que nada há contra o governador de Goiás”.
Com relação ao deputado Carlos Alberto Lereia (PSDB-GO), Guerra disse que as acusações se restringem a uma relação de amizade entre o parlamentar tucano e o bicheiro. “Leréia é acusado de manter relação de amizade com o Cachoeira. Rigorosamente é isso. Ele é um amigo do Cachoeira. Essa questão tem de ser examinada por essa perspectiva: ele não tem responsabilidades administrativa. Temos de ver se sua vida pessoal fere a ética da conduta do parlamentar. Ele vai à CPI e já se ofereceu para se explicar para o partido. Mas desde logo, não há nada que o envolva em qualquer irregularidade.
E fechou desdenhando das conversas, interceptadas pela PF, do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) levando um pedido do contraventor ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) para conseguir um emprego para Mônica Vieira, prima do bicheiro: “São factoides ridículos”.
A rumo que as coisas estão tomando, no sentido de prevalecer a impunidade, torna a CPI, um esgoto à céu aberto e, cada vez mais, reforça a pensamento que essa Comissão foi criada para tirar o mesalão da ribalta.
18 de maio de 2012
Giulio Sanmartini
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