"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 18 de junho de 2012

A CPMI DO CACHOEIRA VIROU BORDEL

Os acontecimentos no Brasil, depois da chegada da súcia de petistas no poder, tornam-se, devido aos absurdos, cada vez mais difícil de qualificá-los.Na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do contraventor Carlinhos Cachoeira, apareceu algo realmente inacreditável; dois membros da comissão, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e o deputado Maurício Quintella Lessa (PR-AL), avistaram-se com o presidente licenciado da Delta Construções, Fernando Cavendish, num restaurante de Paris. O fato deu-se em abril, durante a Semana Santa



Houve uma missão oficial em Kampala, (Uganda), para representar o Parlamento brasileiro na 126ª Assembléia Geral da União Inter-parlamentar, entre os dias 30 de março e 5 de abril.
No vôo de volta, aproveitando-se do sacrossanto recesso da Semana Santa, alguns parlamentares fizeram escala em Paris.

Foi nessa passagem pela capital francesa que Ciro e Maurício avistaram-se com Cavendish. Acompanhou-os o deputado pernambucano, Eduardo Fonte (PP- PE), que não é membro da CPMI. Nessa época, já crepitava nas manchetes dos jornais o escândalo Cachoeira e as ramificações da quadrilha com a empreiteira Delta.
Não adianta os parlamentares querem dizer que esse encontro não tenha nada ver com suas posições, pois nesta quinta (14), votou-se na CPMI o pedido de convocação de Cavendish, que foi rejeitado por placar apertado: 16 a 13. O senador Ciro votou contra o depoimento.
O deputado Maurício ausentou-se da sessão. Quer dizer: o comportamento de ambos influiu no resultado.
Caso o senador e o deputado fossem pessoas ilibadas, deveriam se abster de participar de decisões que envolvam “amigos”, declarando-se impossibilitados de julgar.

O inusitado desse fato, faz com que eu não saiba o que dizer, usar a expressão “botar raposa para tomar conta de galinheiro” é muito fraca e não dá idéia do absurdo. Mais apropriado seria dizer que a CPMI esteja se parecendo com bordel (casa de putas) governada por sacana.

18 de junho de 2012
giulio sanmartini

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