Antes que a reunião de cúpula da Rio+20 tenha dado início, pois o encontro
principal se realizará nos dias 20, 21 e 22, a ONU e o Brasil já estão
frustrados. Além do já anunciado não comparecimento de importantes líderes
mundiais, como o norte-americano Barak Obama e a alemã Angela Merkel, a cúpula
que decidirá sobre o textoda nova Carta da Terra não é a do Riocentro, mas a dos
líderes das 20 maiores economias mundiais (G-20), reunidos a partir de hoje na
cidade de Los Cabos, no México.
Ou seja, não precisava nem montar toda uma estrutura e planejamento no Rio para algo que será decidido efetivamente fora do Brasil. Sem a decisão dos maiores poluidores do mundo – a China é responsável por 24% das emissões de CO2 no mundo e os EUA por 18% – não haverá esperanças. Tudo ficará tão somente no campo das boas ideias e intenções, como foi a Rio 92.
A presidente Dilma Rousseff decidiu colocar debaixo do braço o documento e levá-lo à apreciação dos maiores líderes mundiais. Mas a própria proposta para a criação de um fundo de US$ 30 bilhões para implantação gradativa de medidas de desenvolvimento sustentável, num mundo em crise econômica, já parece descartada.
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AUMENTAM AS SECAS
Quanto às reais ameaças ao futuro do Planeta Terra, a notícia mais preocupante provém de um estudo apresentado na reunião preliminar da Rio+20 pela Organização Metereológica Mundial, revelanado que, até 2010, o número de secas em todo o mundo deverá aumentar em pelo menos 10 vezes. O fenômeno já é identificado não só pelas mudanças climáticas do planeta, mas também por fatores diretamente ligados à ação humana, como desmatamento, ocupação irregular da terra e aumento populacional.
As consequências são dramáticas, diz o estudo: escassez de água e alimentos. Somente na região do Sahel, na África, o estudo concluiu que há 13 bilhões de pessoas diretamente afetadas por tal realidade. E o Brasil não está imune. A atual seca do Nordeste já é considerada a pior dos últimos 50 anos.
Constatou-se que a frequência e a intensidade das secas vêm aumentando nos últimos 25 anos, devido à elevação da temperatura do planeta.
A notícia mais promissora vem do presidente do C-40 (Climate Leadership Group), o prefeito de Nova York Michael Bloomberg, num evento paralelo à Rio+20: 58 metrópoles do mundo, responsáveis por 12% das emissões de gases-estufa e que respondem a 21% do PIB mundial firmarão um acordo com metas globais e individuais de redução das emissões de gases poluentes até 2030. O Brasil está representado por três megalópoles: Rio, São Paulo e Curitiba.
18 de junho de 2012
Milton Corrêa da Costa
Ou seja, não precisava nem montar toda uma estrutura e planejamento no Rio para algo que será decidido efetivamente fora do Brasil. Sem a decisão dos maiores poluidores do mundo – a China é responsável por 24% das emissões de CO2 no mundo e os EUA por 18% – não haverá esperanças. Tudo ficará tão somente no campo das boas ideias e intenções, como foi a Rio 92.
A presidente Dilma Rousseff decidiu colocar debaixo do braço o documento e levá-lo à apreciação dos maiores líderes mundiais. Mas a própria proposta para a criação de um fundo de US$ 30 bilhões para implantação gradativa de medidas de desenvolvimento sustentável, num mundo em crise econômica, já parece descartada.
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AUMENTAM AS SECAS
Quanto às reais ameaças ao futuro do Planeta Terra, a notícia mais preocupante provém de um estudo apresentado na reunião preliminar da Rio+20 pela Organização Metereológica Mundial, revelanado que, até 2010, o número de secas em todo o mundo deverá aumentar em pelo menos 10 vezes. O fenômeno já é identificado não só pelas mudanças climáticas do planeta, mas também por fatores diretamente ligados à ação humana, como desmatamento, ocupação irregular da terra e aumento populacional.
As consequências são dramáticas, diz o estudo: escassez de água e alimentos. Somente na região do Sahel, na África, o estudo concluiu que há 13 bilhões de pessoas diretamente afetadas por tal realidade. E o Brasil não está imune. A atual seca do Nordeste já é considerada a pior dos últimos 50 anos.
Constatou-se que a frequência e a intensidade das secas vêm aumentando nos últimos 25 anos, devido à elevação da temperatura do planeta.
A notícia mais promissora vem do presidente do C-40 (Climate Leadership Group), o prefeito de Nova York Michael Bloomberg, num evento paralelo à Rio+20: 58 metrópoles do mundo, responsáveis por 12% das emissões de gases-estufa e que respondem a 21% do PIB mundial firmarão um acordo com metas globais e individuais de redução das emissões de gases poluentes até 2030. O Brasil está representado por três megalópoles: Rio, São Paulo e Curitiba.
18 de junho de 2012
Milton Corrêa da Costa
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