Já se tornou um ritual: surge uma denúncia contra alguém do governo e, na falta de qualquer argumento para livrar a cara do acusado, lançam “hashtags” em defesa de quem aprontou e também atacando o denunciante.
O efeito prático, como se sabe, é zero: as “tags” sobem na mesma velocidade com que caem ministros. Mas cabe à turma fazer esse papel e não seria totalmente maluco que levassem as métricas ao “cliente”.
Agora, na acusação de que Lula chantageou Gilmar Mendes, novamente se percebe tal empenho. Os fatos: houve reunião, ela foi agendada (óbvio) e ambos ali estavam. A dúvida: que tema trataram? Ninguém responde (como logo mais é o julgamento do Mensalão, o ex-presidente procurou quem julgará o caso para falar de física quântica, óbvio).
Falei ontem sobre a impossibilidade de explicar razão e tema de tal encontro. Peço que leiam, é curtinho.
Daí que a mocorongada “das redes” resolve defender Lula, ok, MAS NEM MESMO HÁ UMA VERSÃO DE LULA! Sério, ele não falou nada! Está quieto, na chamada “encolha”. Seus paladinos (a soldo ou não) nem sabem o que ele dirá, mas já defendem de antemão, “negando” o que nem o acusado negou.
Claro que é praticamente impossível Lula vir a público para dizer “ok, falei mesmo, pega eu”, mas já pensaram? Como fica essa turma que nem mesmo SABE A VERSÃO do ex-presidente? De todo modo, ainda que desconheçam o que dirá o Supremo Guia, ao menos sabem de seu estilo: ele jamais confessaria.
E prevalecem as perguntas (até agora não responderam, dizem que não sabem, mas defendem Lula sem também saber sua versão):
- QUAL O MOTIVO DA REUNIÃO AGENDADA ENTRE LULA E GILMAR MENDES? DO QUE TRATARAM?
Provavelmente, literatura. Música clássica, talvez. Ou a bela campanha do Oklahoma nas finais da Conferência Oeste (a reunião foi antes do jogo com os Spurs, vale lembrar).
Ô, turminha! Se vocês se antecipam ao acusado em sua defesa, poxavida!, usem ao menos a lógica pura e simples para responder às indagações sobre o fato: por que a reunião e qual seu tema?
Vão repetir o cachoeirístico silêncio de Lula.
Sobre o caso, sugiro as seguintes leituras:
Um Fato e Duas Versões – Rádio do Moreno
A indecência de Lula – Blog do Noblat
01 de junho de 2012
in implicante
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