O vento de popa que o avião da economia brasileira pegou do crescimento mundial nesta última década, nos levou a um sonho de grandeza que teimamos acreditar existir. A euforia com a eleição de um presidente operário, despojado de estrutura cultural, educacional e de conhecimento de economia, menos ainda de visão global, bases que o cargo exige, levou a sociedade brasileira a colocar créditos para uma transformação evolutiva, inovadora e responsável. Baseado em uma forte campanha publicitária e midiática, o governo impingiu na população a crença de que, num toque de mágica, seríamos um gigante sustentável no cenário mundial.
Desandou a construir as bases do desenvolvimento na distribuição de riquezas via o duto dos impostos do setor produtivo. Jogou com a máxima de que a circulação do dinheiro em si já era necessária para estabelecer padrões de elevação social e financeira. Não se ajustou ao ritmo e exigências do mundo tecnológico e inovador. Menosprezou a formação técnica de seus trabalhadores e o suporte de sua evolução que tem pilar na educação e saúde.
O governo cooptou grande parte do empresariado nacional com o crédito fácil e benefícios fiscais ao invés de tomar posição pela maior produtividade e avanço na qualidade dos produtos para competir no mercado internacional.
Tirou o foco do setor industrial de transformação para outros menos exigentes em políticas trabalhistas, tributárias e comerciais, como o do setor de commodities onde é mais fácil fazer caixa e menos problemático administrativamente.
Manteve os juros estratosféricos como fonte de aporte de capital e criou o chamado IED, o investimento direto, que na verdade favoreceu escapes de incidências tributárias. Essas medidas asseguraram a compra de dólares para a formação do fundo de reserva monetária brasileira.
Abriu o mercado para o crédito desenfreado levando a população a alarmante endividamento via consumo de bens, principalmente de automóveis que hoje abarrotam os pátios dos bancos e das indústrias. Lançou programas que são viáveis, mas não na proporção falada e propagada pelos seus órgãos publicitários, tais como “Minha casa minha vida” onde mais de dois milhões de casa estariam entregues até 2013.
Enfim, o governo construiu o castelo de sonhos aos infortunados brasileiros, crentes de que, em breve, seríamos um dos países no topo da escala mundial. O que fica e está em evidência é o sucateamento de nossa infra-estrutura, de nossa saúde em petição de miséria, da nossa educação que não eleva o conhecimento dos nossos jovens e nossas universidades ao abandono com muitas utilizadas como plataforma política quando deveriam, por respeito à Nação, ser o centro de investimentos e preocupações administrativas.
O endividamento da sociedade chegou ao limite. Fórmulas mágicas estão sendo processadas para que o povo volte ao mercado consumista. É um último fôlego que o brasileiro, de forma inocente e ignorante, se faz presente nessa tentativa cruel que o governo impõe na busca de maior arrecadação. Ilude ao reduzir impostos de certos setores e aumentá-los em outro.
Analistas internacionais já colocam freios nas suas análises sobre o Brasil e começam a avaliar como “bolha de entusiasmo”, pronta para o estouro, o tão eufórico e propalado crescimento brasileiro. Só nos resta, como defesa de uma catástrofe, rogar a China que não nos abandone.
A saída de dólares está em alta. É uma fuga prevista no momento que a especulação financeira no Brasil perdesse seu fértil campo. Os investimentos estão sumidos e a queda é acentuada, segundo os informativos da mídia econômica.
Acredito em mudança na diretiva da política de governo, mas para isso é preciso patrolar a equipe, de porteiro a ministro, remanescente do governo Lulla. Esquecer de partidos e políticos canalhas e tomar de vez as rédeas da administração trazendo técnicos e pessoas desvinculadas de compadrio e apadrinhamentos para reorganizar, estruturar e inovar. É emergência nacional. Caso contrário, Dona Dilma, com lagoa seca, o sapo para de cantar e aí, o que fazer?
Rapphael Curvo
09 de junho de 2012
Desandou a construir as bases do desenvolvimento na distribuição de riquezas via o duto dos impostos do setor produtivo. Jogou com a máxima de que a circulação do dinheiro em si já era necessária para estabelecer padrões de elevação social e financeira. Não se ajustou ao ritmo e exigências do mundo tecnológico e inovador. Menosprezou a formação técnica de seus trabalhadores e o suporte de sua evolução que tem pilar na educação e saúde.
O governo cooptou grande parte do empresariado nacional com o crédito fácil e benefícios fiscais ao invés de tomar posição pela maior produtividade e avanço na qualidade dos produtos para competir no mercado internacional.
Tirou o foco do setor industrial de transformação para outros menos exigentes em políticas trabalhistas, tributárias e comerciais, como o do setor de commodities onde é mais fácil fazer caixa e menos problemático administrativamente.
Manteve os juros estratosféricos como fonte de aporte de capital e criou o chamado IED, o investimento direto, que na verdade favoreceu escapes de incidências tributárias. Essas medidas asseguraram a compra de dólares para a formação do fundo de reserva monetária brasileira.
Enfim, o governo construiu o castelo de sonhos aos infortunados brasileiros, crentes de que, em breve, seríamos um dos países no topo da escala mundial. O que fica e está em evidência é o sucateamento de nossa infra-estrutura, de nossa saúde em petição de miséria, da nossa educação que não eleva o conhecimento dos nossos jovens e nossas universidades ao abandono com muitas utilizadas como plataforma política quando deveriam, por respeito à Nação, ser o centro de investimentos e preocupações administrativas.
O endividamento da sociedade chegou ao limite. Fórmulas mágicas estão sendo processadas para que o povo volte ao mercado consumista. É um último fôlego que o brasileiro, de forma inocente e ignorante, se faz presente nessa tentativa cruel que o governo impõe na busca de maior arrecadação. Ilude ao reduzir impostos de certos setores e aumentá-los em outro.
Analistas internacionais já colocam freios nas suas análises sobre o Brasil e começam a avaliar como “bolha de entusiasmo”, pronta para o estouro, o tão eufórico e propalado crescimento brasileiro. Só nos resta, como defesa de uma catástrofe, rogar a China que não nos abandone.
A saída de dólares está em alta. É uma fuga prevista no momento que a especulação financeira no Brasil perdesse seu fértil campo. Os investimentos estão sumidos e a queda é acentuada, segundo os informativos da mídia econômica.
Acredito em mudança na diretiva da política de governo, mas para isso é preciso patrolar a equipe, de porteiro a ministro, remanescente do governo Lulla. Esquecer de partidos e políticos canalhas e tomar de vez as rédeas da administração trazendo técnicos e pessoas desvinculadas de compadrio e apadrinhamentos para reorganizar, estruturar e inovar. É emergência nacional. Caso contrário, Dona Dilma, com lagoa seca, o sapo para de cantar e aí, o que fazer?
Rapphael Curvo
09 de junho de 2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário