Professores universitários, lideranças estudantis e políticos de partidos como PSB, PCdoB e PT - além da UNE, claro - tomam café com o ditador. E adoram
Rafael Lemos, do Rio de Janeiro
22 de junho de 2012
movcc
"É como se enquanto estamos aqui, tomando esse café da manhã, os Estados Unidos estivessem roubando os nossos bolsos", disse o iraniano, para delírio dos antiamericanos
O que você faria se fosse convocado para um encontro com um ditador que odeia judeus, mulheres adúlteras, jornalistas, homossexuais e sabe-se lá mais o quê?
Um grupo de destemidos brasileiros aceitou o convite para um café da manhã com o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, que está no Brasil para a Rio+20. E a surpresa: os 70 comensais saíram satisfeitos, achando simpático o sujeito “de fala mansa”que enfrenta bravamente o imperialismo americano.
O encontro aconteceu no Hotel Royal Tulip, em frente à Praia de São Conrado, na quinta-feira - apenas um dia após o anfitrião ter trocado abraços com o amigo Lula, ao fim de seu discurso na plenária da ONU.
Os laços entre Ahmadinejad e o Brasil estreitaram-se durante o governo Lula.
E essa influência ficou bem clara diante da lista de convidados do iraniano, formada majoritariamente por intelectuais de esquerda, professores universitários, lideranças estudantis e políticos de partidos como PSB, PCdoB e PT - todos, é verdade, já com alguma simpatia prévia pelo anfitrião. A plateia tinha nomes como: João Vicente Goulart, filho mais velho do ex-presidente João Goulart; o sociólogo Emir Sader; Tilden Santiago, ex-embaixador do Brasil em Cuba; Roberto Amaral, vice-presidente nacional do PSB; Ricardo Zarattini, ex-deputado federal pelo PT; e Haroldo Lima, ex-diretor geral da ANP.
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