O que está ocorrendo no Paraguai neste momento com a possibilidade de impeachment do presidene Fernando Lugo, antecipa o que ocorrerá mais cedo ou mais tarde na América Latina em decorrência da esquerdização de todo o continente. Lugo é afinado com o Foro de São Paulo, a organização comunista fundada por Lula, Chávez e demais tiranetes latino-americanos, que fornece as diretrizes e unifica ações tendo em vista transformar a América latina numa espécie de União de Repúblicas Comunistas, nos moldes da ex-URSS.
Quando o Foro de São Paulo e os partidos políticos a ele ligados falam em democracia não usam esse conceito na sua forma consagrada na filosofia política. Para os esquerdistas democracia significa 'centralismo democrático'. O partido comunista é tido como uma entidade legítima por sua própria natureza, com a missão de libertar os oprimidos pelo sistema capitalista. Comunistas, portanto, se acham portadores da verdade universal inquestionável.
No passado chegaram ao poder, como na Rússia ou em Cuba, por meio da violência. Com a queda da URSS os comunistas mudaram a sua estratégia, abandonando a violência (lembram de Lula paz e amor?).
Na atualidade sua tática para chegar ao poder utiliza os mecanismos da democracia e, uma vez no poder, partem para o aparelhamento de todas as instâncias do Estado por agentes do partido. Isso não se dá de uma hora para outra, mas por passos estrategicamente planejados.
Usam por exemplo o instituto democrático da assembléia constituinte para alterar a Constituição de determinado Estado com a finalidade de adequá-la a seus propósitos, quando já tenham conseguido um avançado aparelhamento do Congresso e do poder judiciário. Assim está acontecendo por exemplo na Venezuela.
Este, poder-se-ia afirmar, é um momento de ocupação material do poder pelos comunistas do século XXI. Mas o fundamental para tornar irreversível a hegemonia do partido acontece no âmbito cultural. Seguem a cartilha do comunista italiano Antonio Gramsci e utilizam todas as estruturas do Estado e da sociedade civil, especialmente a escola e os meios de comunicação para proceder uma verdadeira lavagem cerebral nas novas gerações. Isto se opera principalmente pela inversão de valores éticos e morais.
Conceitos como 'liberdade de expressão' passam a designar, por exemplo, o direito de usar entorpecentes.
Normalmente o banditismo em geral tende a crescer porque os comunistas os consideram os bandidos excluídos sociais. A política de direitos humanos é emasculada e dirigida à defesa dos delinquentes, o que por si só vai isolando as camadas da sociedade que defendem a lei e a ordem, até quando não mais exista uma só reação ao domínio comunista.
A cada passo adiante no seu plano de obter total hegemonia, sobrevêem episódios de crise calculados. Isto ocorre quando grupos de pessoas setem-se atingidas em seus direitos, como no caso do direito à liberdade individual e no direito à propriedade.
O episódio vivido pelo Paraguai neste momento é uma dessas crises originadas pela implantação gradativa do comunismo naquele país. O ex-bispo Fernando Lugo é um conhecido esquerdista que apóia os ditos "movimento sociais", todos eles manipulados pelos comunistas.
Um confronto de movimento de sem terras acabou na morte de 17 pessoas.
Evidentemente Lugo está como sempre esteve ao lado dos ditos "movimentos sociais".
A verdadeira chacina ocorrida no confronto gerou a crise, ou seja, o resultado de mais um passo adiante na conquista do Estado paraguaio pelos comunistas. Ante a reação do parlamento com base na Constituição, ouve-se imediatamente o grito: "golpe de Estado".
A comprovar o que afirmei nestas linhas, o brado 'golpe de Estado", passa a ser uníssono. Todos os países cujos governos estão vinculados ao Foro de São Paulo agem simultaneamente.
O círculo de ferro comunista em torno da opinião pública é acionado utilizando a propaganda mentirosa como acontece em Cuba e era comum na ex-URSS e agora mais recentemente na Venezuela. Os comunistas são os mestres do embuste.
Isto posto de forma, ainda que de forma sumária, serve para que os leitores do blog façam uma comparação com o que é veiculado na grande imprensa. O único texto que encontrei nos sites da grande mídia que analisa o episódio paraguaio de forma correta é de autoria do jornalista Reinaldo Azevedo, no site da revista Veja.
O resto dos jornalistas da grande imprensa comem na cocheira dos comunistas. E saem gritando como autômatos: É golpe de estado! Mas não é! Leiam:
NÃO É GOLPE COISA NENHUMA
A Unasul, com o Brasil à frente, se mobiliza para tentar impedir o impeachment do presidente do Paraguai, Fernando Lugo. O governo brasileiro, como é regra em matéria de política externa desde a gestão de Celso Amorim, está indo além de suas sandálias. É até provável que o impedimento do ex-padre, que sempre foi muito pouco pio, não seja a melhor coisa para o país. O risco de aumentar a instabilidade é grande. Mas é evidente que o governo brasileiro erra e exagera ao chamar a possibilidade de impeachment de “golpe”. Não é!
A abertura de um processo de impeachment foi aceita pelo Congresso, e agora cabe ao Senado conduzir o julgamento político, conforme estabelece a Constituição do país. O impedimento pode ser aprovado ou recusado. Caso se dê a primeira hipótese, assume o vice. Cadê o golpe? Não há, até agora, a menor evidência de que se tenha negado ao presidente o direito de defesa.
Impeachment, afinal de contas, já houve no Brasil, não é mesmo? Tirou do poder o presidente Fernando Collor de Mello. Aliás, fosse a Constituição paraguaia igual à nossa, Lugo já teria sido afastado. Por aqui, basta que se abra o processo na Câmara para afastar o mandatário. No Paraguai, Lugo pode ficar no cargo até o julgamento, que deve ser concluído amanhã. É compreensível que os países da Unasul se mobilizem, acompanhem o processo, verifiquem se o direito de defesa está sendo respeitado etc. Mas não mais do que isso.
Países têm as suas leis. O Brasil resolveu enroscar, com justa razão, com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que pediu a suspensão da construção de Belo Monte. Não aceita esse tipo de ingerência. É descabido que tente dar um murro na mesa e decidir o destino de Lugo em lugar no Congresso paraguaio. Isso, sim, seria uim golpe” E dado por país estrangeiro!
Lugo, o desastrado
Um confronto entre sem-terras paraguaios e as forças de segurança deixou 17 mortos na sexta-feira passada em Curuguaty, a 250 km de Assunção. Policias desarmados foram garantir a reintegração de posse de uma área invadida e foram recebidos a bala. Seis policiais desarmados foram assassinados pelos ditos sem-terra. Na reação, as forças de segurança mataram 11 homens que lutavam ao lado dos invasores.
A exemplo do que acontece no Brasil, os sem-terra paraguaios pertencem a uma organização paraoficial. Lugo mantém estreita ligação com os líderes do movimento, que cobram dele, no entanto, ações mais radicais em favor do que entendem ser a reforma agrária necessária. Querem o que chamam “fim do latifúndio” e a divisão das propriedades produtivas. A Via Campesina — que ajudou a depredar o estande da CNA na Rio+20 — está lá, com os “companheiros paraguaios”.
Lugo não endossa explicitamente a violência dos sem-terra, mas também tem sido frouxo na repressão às ações do grupo. Os chamados “brasiguaios” — agricultores brasileiros que prosperaram no Paraguai — estão entre os alvos da turma. Já se detectou a presença de “sem-terra” brasileiros lutando contra os brasiguaios. No Paraguai, o sonho de muitos dos nossos extremistas se realizou: os sem-terra se armaram para valer e travam suas disputas a bala.
O prolífico ex-padre (Lugo já reconheceu dois filhos, concebidos na vigência de seu voto de castidade), que se dividia entre o púlpito e o leito pouco casto com impressionante desenvoltura, sonhou fazer a mesma coisa na política: foi eleito para defender as leis e a Constituição, mas deu guarida a um movimento violento, que invade propriedades produtivas, mata e pratica atos explícitos de terrorismo para fazer “justiça social”. O resultado se conta em mortos.
Cá no meu tribunal pessoal, merece o impeachment por ser o responsável último pela elevação de tensão no campo e por ter usado o espaço legal e institucional de que dispõe para solapar a legalidade e a institucionalidade. Mas é o Senado paraguaio que vai decidir. E vai decidir segundo a Constituição. A menos que Dilma Rousseff, por intermédio de Antônio Patriota, dê um golpe no Parlamento do país.
in aluizio amorim
22 de junho de 2012
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