Suspeito não tem perfil no Facebook, no Twitter, no MySpace ou no Instagram
O histórico de ataques de atiradores nos EUA
A polícia diz que o suspeito não tem antecedentes criminais. Um relatório do FBI conta que ele veio de San Diego e que sua mãe ainda mora lá. Os vizinhos afirmam que ele era recluso e não cumprimentava as pessoas. Um professor elogia suas capacidades matemáticas e diz que ele era um aluno excepcionalmente esperto.
Em comunicado divulgado hoje, a família do atirador disse ter sido pega de surpresa pela notícia do massacre. E só, é tudo que se sabe sobre ele.
Nada de perfil no Facebook, no Twitter, no MySpace ou no Instagram. Ele é o que especialistas chamam de fantasma on line.
Lance Ulanoff, editor do site Mashable.com, conta que passou todo o dia procurando qualquer pista sobre o suspeito na internet. Sem achar nada, mudou a pesquisa do Google e das redes sociais para sites de entusiastas de armas com base no Colorado. Em um dos fóruns, ele usou o sistema de busca para cavar pesquisas com as palavras-chave: “Aurora”, “cinema” e “Batman”. Três horas depois, continuou sem achar nada relacionado ao incidente ou qualquer conversa aleatória sobre um plano para matar pessoas em um cinema.
- Para mim, é inconcebível que Holmes não tenha um perfil online. A resposta mais óbvia é que ele não vem usando seu nome real na rede - disse no site.
Um vizinho recluso
Nascido em San Diego, Holmes era formado em Neurociência pela Universidade do Colorado e iniciou um doutorado em “Distúrbios psiquiátricos e neurológicos”, no segundo semestre de 2011.
No mês passado, ele teria começado um processo para abandonar o curso, mas fontes da universidade não souberam o motivo. Testemunhas do massacre contaram que o atirador não falou uma única palavra antes de realizar os disparos, e que se manteve calmo durante todo o tempo. Holmes foi encontrado pela polícia pouco tempo depois, no estacionamento atrás do cinema.
Vizinhos do suposto atirador se mostraram surpresos com a notícia do massacre. Eles classificaram o jovem como uma pessoa reclusa, que não os cumprimentava. Kaitlyn Fozin, que mora no andar de baixo de Holmes, contou que o suspeito estava ouvindo música eletrônica com o volume muito alto antes de sair para ir ao cinema. Segundo a vizinha, a música repetiu interruptamente - como se fosse uma única canção - até que o som parou por volta da 1h de madrugada.
Em uma solicitação para alugar um apartamento do início de 2011, Holmes se descreveu como um estudante “tranquilo e de convívio fácil”, de acordo com o jornal local “Denver Post”.
22 de julho de 2012
RIO — A maioria das pessoas nascidas na geração 2.0 compartilha muito da vida na internet. Fotos de almoços com amigos, reclamações sobre o dia a dia, anseios e dúvidas existenciais enchem as redes sociais de perfis online.
A história também tem mostrado que muitas vezes os atiradores solitários tendem a contar suas intenções na internet muito antes de cometer qualquer ato de violência. Mas James Holmes, jovem de 24 anos que abriu fogo em um cinema em Denver, no Colorado, e deixou 12 mortos, além de dezenas de feridos, parece ser uma exceção à regra.
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O histórico de ataques de atiradores nos EUA
A polícia diz que o suspeito não tem antecedentes criminais. Um relatório do FBI conta que ele veio de San Diego e que sua mãe ainda mora lá. Os vizinhos afirmam que ele era recluso e não cumprimentava as pessoas. Um professor elogia suas capacidades matemáticas e diz que ele era um aluno excepcionalmente esperto.
Em comunicado divulgado hoje, a família do atirador disse ter sido pega de surpresa pela notícia do massacre. E só, é tudo que se sabe sobre ele.
Nada de perfil no Facebook, no Twitter, no MySpace ou no Instagram. Ele é o que especialistas chamam de fantasma on line.
Lance Ulanoff, editor do site Mashable.com, conta que passou todo o dia procurando qualquer pista sobre o suspeito na internet. Sem achar nada, mudou a pesquisa do Google e das redes sociais para sites de entusiastas de armas com base no Colorado. Em um dos fóruns, ele usou o sistema de busca para cavar pesquisas com as palavras-chave: “Aurora”, “cinema” e “Batman”. Três horas depois, continuou sem achar nada relacionado ao incidente ou qualquer conversa aleatória sobre um plano para matar pessoas em um cinema.
- Para mim, é inconcebível que Holmes não tenha um perfil online. A resposta mais óbvia é que ele não vem usando seu nome real na rede - disse no site.
Um vizinho recluso
Nascido em San Diego, Holmes era formado em Neurociência pela Universidade do Colorado e iniciou um doutorado em “Distúrbios psiquiátricos e neurológicos”, no segundo semestre de 2011.
No mês passado, ele teria começado um processo para abandonar o curso, mas fontes da universidade não souberam o motivo. Testemunhas do massacre contaram que o atirador não falou uma única palavra antes de realizar os disparos, e que se manteve calmo durante todo o tempo. Holmes foi encontrado pela polícia pouco tempo depois, no estacionamento atrás do cinema.
Vizinhos do suposto atirador se mostraram surpresos com a notícia do massacre. Eles classificaram o jovem como uma pessoa reclusa, que não os cumprimentava. Kaitlyn Fozin, que mora no andar de baixo de Holmes, contou que o suspeito estava ouvindo música eletrônica com o volume muito alto antes de sair para ir ao cinema. Segundo a vizinha, a música repetiu interruptamente - como se fosse uma única canção - até que o som parou por volta da 1h de madrugada.
Em uma solicitação para alugar um apartamento do início de 2011, Holmes se descreveu como um estudante “tranquilo e de convívio fácil”, de acordo com o jornal local “Denver Post”.
22 de julho de 2012
Marina Gonçalves
Com agências internacionais
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