Catherine Hakim |
Pesquisadora da London School of Economics por duas décadas e uma das mais respeitadas estudiosas da inserção feminina no mercado de trabalho, a socióloga inglesa Catherine Hakim, de 64 anos, tornou-se uma das principais expoentes do novo feminismo europeu -- uma espécie de 'feminismo às avessas'.
As ideias defendidas por ela e por suas colegas -- a maioria intelectuais francesas e alemãs -- chocam por sua simplicidade e incorreção política. Igualdade entre os sexos? Bobagem.
Marido? De preferência, rico. Barriga de aluguel? Um fluxo de receita inexplorado.
Autora de dezesseis livros, com uma respeitável carreira no governo inglês no currículo (atuou como pesquisadora e foi consultora de vários ministros), Hakim compilou suas teses excêntricas no recém-lançado Capital Erótico (Ed. Best Business; 336 páginas; 49,90 reais).
O tema central do livro é a importância da beleza na ascensão profissional das mulheres. Justifica a autora: “O feminismo radical deprecia o encanto feminino.
Por que não encorajar as mulheres a aproveitar-se dos homens sempre que puderem?”.
Aqui um dois tópicos abordados pela socióloga inglesa:
Déficit sexual masculino - “Desejo sexual é uma questão de gênero. As mulheres têm um nível mais baixo de desejo sexual, de forma que os homens passam a maior parte da vida sexualmente frustrados em vários graus. Existe um sistemático e, ao que parece, universal -- déficit sexual masculino. Os homens geralmente querem muito mais sexo do que conseguem, em todas as idades. Assim, a capacidade de atração sexual feminina perante os hormônios deles pode ser uma ferramenta valiosa de que as mulheres se beneficiem. Os homens sempre exploraram as mulheres, razão pela qual o feminismo foi necessário. Nós, mulheres, deveríamos explorar qualquer vantagem que temos sobre os homens, sempre que possível.”
Pelo fim da hipocrisia - “Sou uma feminista convicta. Sempre busquei o melhor para as mulheres. Dediquei mais de duas décadas de minha carreira a responder a uma questão: por que as mulheres raramente são as heroínas? Há quem não me entenda, mas o que ofereço é uma nova perspectiva feminista, sem hipocrisia. Muitos dos escritos feministas modernos conspiram a favor das perspectivas chauvinistas masculinas ao perpetuar o desprezo pela beleza e pelo sex appeal das mulheres. O feminismo radical deprecia o encanto feminino. Por que não estimular a feminilidade em vez de aboli-la?”
22 de julho de 2012
in aluizio amorim
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