"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 30 de julho de 2012

CHÁVEZ ACELERA ORGANIZAÇÃO DAS MILÍCIAS BOLIVARIANAS SEGUINDO MODELO CUBANO DOS CDRs. OBJETIVO É A INTIMIDAÇÃO E A REPRESSÃO

Acima as milícias camponesa que atuam na área rural e, abaixo, as milícias organizadas para atuar nas cidades da Venezuela. O objetivo principal é intimidar os cidadãos. Essas milícias deveráo funcionar dentro do modelo cubano dos CDRs, os Comitês de Defesa da Revolução (cubana)
O texto que segue é a tradução livre de dois trechos da reportagem do jornalista Antonio Maria Delgado, do jornal El Nuevo Herald. Ao final ofereço o link para leitura completa no original em espanhol. Vale a pena ler, porque é a prova de que as liberdades democráticas estão ameaçadas, caso o tiranete Hugo Chávez consiga se eleger. Leiam:

Venezuela acelera a criação da milícia Bolivariana, a partir do conceito nebuloso que apareceu ocasionalmente no discurso oficial referente a uma força que ultrapassa 125.000 efetivos armados, prontos para serem usados na consolidação da revolução socialista do caudilho Hugo Chávez.

Especialistas consultados e documentos obtidos pelo jornal El Nuevo Herald, de Miami (EUA) revelam o papel importante que as milícias teriam sob o modelo político-econômico que Chavez projeta para a Venezuela, e cuja implementação tomaria mais força no próximo ano, caso Chávez consigar reeleger-se nas eleições presidenciais de 7 de outubro.

Esse modelo - já consagrado no ordenamento jurídico por meio de um decreto que Chávez mediante a Lei Habilitante, objetiva o fortalecimento das comunas, levando-as a assumir um papel de liderança na organização social do país juntamente com uma extensa rede de milicianos que, por um lado, poderiam assumir funções económicas no seio das Comunidades por outro lado e, por outro, a de vigilância, guarda e defesa nacional, de acordo com um dos documentos obtidos pelo El Nuevo Herald.

Mas os analistas comentaram que a principal função da organização - que, segundo os documentos chegaria em uma primeira fase a 1.127 "batalhões" - é a intimidação daqueles elementos da sociedade que se opõem ao processo revolucionário.

"Na realidade é um conceito totalitário"- advertiu Luis Freischman, professor adjunto de Sociologia e Ciências Políticas do Wilkes Honor College da Florida Atlantic University, dos Estados Unidos.


"Trata-se de armar os leiais à revolução para impor um regime autoritário que possivelmente se converterá num regime totalitário" - sustentou o professor. (...)
MODELO CUBANO
(...)Um oficial venezuela que conversou com El Nuevo Herald sob condição de anonimato disse que se bem que as leis aprovadas pela "revolução de Chávez"estabelecem as milícias como um corpo da Força Armada Nacional a ser usada para "proteger o país de uma invasão do império, todos sabemos que na realidade forma criadas com outra intenção".
"As milícias estão formadas por duas divisões, e uma delas no modelo que viria a ser o equivalenmte dos CDRs cuibanos". disse a fonte em referência aos Comitês de Defesa da Revolução (cubana) fundados no início dos anos sessenta por Fidel Castro para desempenhar tarefas de vigilância coletiva.
A atuação desse CDRs venezuelanos faria muito por limitar a vida diária dos venezuelanos, que se bem vivem em uma sociedade mais reprimida que naquela que se encongram antes da chegada de Chávez ao poder, ainda estão longe de estar submetidos à cultura do medo e da intimidação em que vivem os cubanos.
Mas isso poderia mudar em pouco tempo com criação das milícias, advertiu Fleischman.
"Ali é quando a vida do venezuelano vai mudar radicalm,ente. Estará vivendo sob uma sociedade do medo onde os cidadãos desconfiam uns dos outros, onde as pessoas seriam muitos mais más uma com as outras, porque todos querem estar bem com o poder para lograr a própria sobrevivêncvia, para poder manter a sua família", alerto o professor Fleischman.
E disse mais: "Haverá falta de liberdade de pensamento, falta de diversidade das ideias, mais expropriações da propriedade privada, porque a propriedade privada confere certo poder ao indivíduo. E do que se trata é conferir mais poderes a um Estado e do qual todos dependem."
 
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30 de julho de 2012
in aluizio amorim

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