Reportagem de Fausto Macedo, em O Estado de S. Paulo, revela que a Justiça
Federal arquivou inquérito contra a ex-ministra chefe da Casa Civil, Erenice
Guerra. A decisão, datada de 20 de julho, é do juiz Vallisney de Souza Oliveira,
da 10.ª Vara Federal do DF, que acolheu manifestação da Procuradoria da
República.
O mais interessante é que o arquivamento do processo não significa que Erenice Guerra não tenha cometido atos irregulares na Chefia da Casa Civil, beneficiando negociatas encaminhadas pelo próprio marido ou por seus filhos, fatos públicos e notórios.
Erenice – livre, leve, solta e agora “limpa”
Como se sabe, a Polícia Federal investigou denúncia de tráfico de influência, exploração de prestígio, corrupção e advocacia administrativa envolvendo a então ministra e seus filhos – um deles, Israel Guerra, teria intermediado contratos de uma empresa de transporte aéreo com os Correios.
Segundo o próprio advogado de Erenice, criminalista Mário de Oliveira Filho, “não houve nenhuma transação bancária que revelasse movimentações extravagantes de dinheiro. o contrário, todas as análises (de fluxo) são compatíveis com os ganhos. Não havia depósitos atípicos na conta dela ou nas contas dos filhos dela.”
Ou seja, para a Procuradoria da República e para a Justiça Federal, os “malfeitos” não interessaram. Só teriam realmente ocorrido se houvesse sido depositado o dinheiro na conta dela. Quer dizer, ainda não comunicaram à Justiça Federal que podem ser abertas contas em paraísos fiscais. Repetindo: a negociata (tráfico de influência beneficiando a própria família) pode ter ocorrido), mas o dinheiro fruto da corrupção não foi encontrado, o que significaria que não houve a negociata?
Bem, como o fato é que Erenice Guerra renunciou ao cargo em meio ao escândalo que envolveu a Casa Civil, agora que ela está “limpa”, deveria ser reintegrada, como o então presidente Itamar Franco fez com seu grande amigo Henrique Hargreaves, em situação semelhante, digamos assim, o que na verdade é uma grande injustiça em relação a Hargreaves, porque não há nada de semelhante entre um caso e outro.
E la nave va, fellinianamente…
Carlos Newton
30 de julho de 2012
O mais interessante é que o arquivamento do processo não significa que Erenice Guerra não tenha cometido atos irregulares na Chefia da Casa Civil, beneficiando negociatas encaminhadas pelo próprio marido ou por seus filhos, fatos públicos e notórios.
Erenice – livre, leve, solta e agora “limpa”
Como se sabe, a Polícia Federal investigou denúncia de tráfico de influência, exploração de prestígio, corrupção e advocacia administrativa envolvendo a então ministra e seus filhos – um deles, Israel Guerra, teria intermediado contratos de uma empresa de transporte aéreo com os Correios.
Segundo o próprio advogado de Erenice, criminalista Mário de Oliveira Filho, “não houve nenhuma transação bancária que revelasse movimentações extravagantes de dinheiro. o contrário, todas as análises (de fluxo) são compatíveis com os ganhos. Não havia depósitos atípicos na conta dela ou nas contas dos filhos dela.”
Ou seja, para a Procuradoria da República e para a Justiça Federal, os “malfeitos” não interessaram. Só teriam realmente ocorrido se houvesse sido depositado o dinheiro na conta dela. Quer dizer, ainda não comunicaram à Justiça Federal que podem ser abertas contas em paraísos fiscais. Repetindo: a negociata (tráfico de influência beneficiando a própria família) pode ter ocorrido), mas o dinheiro fruto da corrupção não foi encontrado, o que significaria que não houve a negociata?
Bem, como o fato é que Erenice Guerra renunciou ao cargo em meio ao escândalo que envolveu a Casa Civil, agora que ela está “limpa”, deveria ser reintegrada, como o então presidente Itamar Franco fez com seu grande amigo Henrique Hargreaves, em situação semelhante, digamos assim, o que na verdade é uma grande injustiça em relação a Hargreaves, porque não há nada de semelhante entre um caso e outro.
E la nave va, fellinianamente…
Carlos Newton
30 de julho de 2012
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