Sarah Gabrielle Cabral de Menezes, 22 anos, a supermulher do Piauí, deu um inesquecível ippon em muito ídolo metido à besta, que foi sem nunca ter sido, e inscreveu seu nome com letras douradas no lugar mais alto do esporte olímpico.
Muito pódio ainda vai rolar até o final dos Jogos, mas dificilmente outro atleta conseguirá roubar o trono de Sarah no coração do brasileiro. Poderá, no máximo, ficar ao lado da rainha do quimono.
Primeira judoca brasileira a chegar ao ouro, Sarah é um exemplo de luta. Dentro e fora do tatame. Há quatro anos, na poluída Pequim, ela levou uma surra logo no primeiro combate e ficou na saudade. Mas não jogou a faixa.
Agora, foi enfileirando as adversárias, atropelando uma a uma, e beliscou o ouro. Humilde, confessou: “É pesado para caramba”.
Apesar de receber sempre ótimas propostas para deixar o Piauí, a campeã se recusa a fazer as malas. Quer ficar perto do seu povo e, também, de algumas comidinhas especiais: carne de sol, carneirinho e arroz de capote, pratos devidamente acompanhados por suco de acerola, jaca ou graviola.
Ela e seu técnico, Expedito Falcão, desembolsaram recentemente R$ 20 mil para deixar um velho galpão em condições de receber 50 crianças carentes, que sonham seguir os mesmos passos da rainha.
“Sei que sou um exemplo no judô porque não sou dos grandes centros. E serei ainda mais depois disso. Acho que as coisas vão melhorar tanto para mim quanto para a minha família. Financeiramente vai melhorar. E também para quem treina comigo.”
Dá-lhe piauiense arretada!
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