A Justiça não conseguia achá-lo. Somente após mais de dois anos de tentativas é que o senador enfim foi encontrado por um oficial de justiça.
Carlos Newton
Há certos fatos que desmoralizam o Poder Judiciário brasileiro. Como é que um oficial de justiça pode demorar dois anos para conseguir citar um senador da República, que tem residência em Maceió e em Brasília, mantém gabinete no Congresso, comparece às comissões e ao plenário.
Mesmo assim, os chamados serventuários levaram dois anos para fazer uma simples citação de um réu de paradeiro mais do que conhecido, e não vai acontecer nada. A juíza do processo e os oficiais de justiça não serão advertidos nem punidos. Nada, nada.
Em Maceió, não se conseguia achar Collor para que fosse citado. Em outubro do ano passado, os advogados da ex-primeira-dama perderam a paciência e fizeram uma representação na Corregedoria do Tribunal de Justiça de Alagoas contra a juíza Nirvana Coelho, da 27ª Vara Cível de Maceió, pela demora no andamento da ação. Após a representação, a magistrada teve de expedir uma carta precatória para que Collor fosse citado em Brasília, o que aconteceu na semana passada.
Assim, dois anos depois da primeira determinação da juíza, a Justiça enfim conseguiu citar o senador e ex-presidente da República Fernando Collor de Mello (PTB-AL) para a cobrança de uma dívida de mais R$ 280 mil com a ex-primeira-dama Rosane Collor.
Detalhe: desde novembro de 2011 já se sabia da “dificuldade” da Justiça de Alagoas para citá-lo em Maceió, pois nessa época houve a publicação de uma reportagem sobre o palpitante assunto na Folha de S. Paulo, e o ex-presidente ameaçou, via Twitter, dar uma “tunda” na equipe de reportagem do jornal paulista, alegando que se tratava de um assunto pessoal.
Mas como é com Collor comete um erro desses. Todos sabem que a maior ameaça para um homem público é uma ex-mulher ou ex-amante. Os casos são muitos em nossa história política. Os mais recentes envolveram o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, o senador Renan Calheiros e o deputado Henrique Eduardo Alves.
Rosane cobra do ex-marido, de quem se separou em 2005 após 22 anos de casamento, a diferença no valor da pensão paga a ela por Collor durante dois anos. Ou seja, durante esse período, o ex-presidente teria pago a ela um valor inferior ao que foi acordado na separação.
O resultado é que Rosane deu entrevista à Folha ao Fantástico, reabrindo velhas feridas de Collor que já estavam cicatrizando. Contou que eram feitos rituais de magia negra encomendados por Collor, dentro da própria residência oficial. E também falou sobre a relação do ex-presidente com o empresário PC Farias, que seria mais próxima do que Collor admitia na época. Para culminar, a ex-primeira-dama anunciou que prepara uma biografia com sua versão de alguns dos acontecimentos mais surpreendentes da história recente do país.
Sairia muito mais barato para Collor pagar a tal pensão alimentícia. Homem público não deve facilitar com ex-mulher ou ex-amante, como aconteceu no caso de Renan Calheiros, porque está demonstrado que ele sempre sairá no prejuízo.
Mesmo assim, os chamados serventuários levaram dois anos para fazer uma simples citação de um réu de paradeiro mais do que conhecido, e não vai acontecer nada. A juíza do processo e os oficiais de justiça não serão advertidos nem punidos. Nada, nada.
Em Maceió, não se conseguia achar Collor para que fosse citado. Em outubro do ano passado, os advogados da ex-primeira-dama perderam a paciência e fizeram uma representação na Corregedoria do Tribunal de Justiça de Alagoas contra a juíza Nirvana Coelho, da 27ª Vara Cível de Maceió, pela demora no andamento da ação. Após a representação, a magistrada teve de expedir uma carta precatória para que Collor fosse citado em Brasília, o que aconteceu na semana passada.
Assim, dois anos depois da primeira determinação da juíza, a Justiça enfim conseguiu citar o senador e ex-presidente da República Fernando Collor de Mello (PTB-AL) para a cobrança de uma dívida de mais R$ 280 mil com a ex-primeira-dama Rosane Collor.
Detalhe: desde novembro de 2011 já se sabia da “dificuldade” da Justiça de Alagoas para citá-lo em Maceió, pois nessa época houve a publicação de uma reportagem sobre o palpitante assunto na Folha de S. Paulo, e o ex-presidente ameaçou, via Twitter, dar uma “tunda” na equipe de reportagem do jornal paulista, alegando que se tratava de um assunto pessoal.
Mas como é com Collor comete um erro desses. Todos sabem que a maior ameaça para um homem público é uma ex-mulher ou ex-amante. Os casos são muitos em nossa história política. Os mais recentes envolveram o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, o senador Renan Calheiros e o deputado Henrique Eduardo Alves.
Rosane cobra do ex-marido, de quem se separou em 2005 após 22 anos de casamento, a diferença no valor da pensão paga a ela por Collor durante dois anos. Ou seja, durante esse período, o ex-presidente teria pago a ela um valor inferior ao que foi acordado na separação.
O resultado é que Rosane deu entrevista à Folha ao Fantástico, reabrindo velhas feridas de Collor que já estavam cicatrizando. Contou que eram feitos rituais de magia negra encomendados por Collor, dentro da própria residência oficial. E também falou sobre a relação do ex-presidente com o empresário PC Farias, que seria mais próxima do que Collor admitia na época. Para culminar, a ex-primeira-dama anunciou que prepara uma biografia com sua versão de alguns dos acontecimentos mais surpreendentes da história recente do país.
Sairia muito mais barato para Collor pagar a tal pensão alimentícia. Homem público não deve facilitar com ex-mulher ou ex-amante, como aconteceu no caso de Renan Calheiros, porque está demonstrado que ele sempre sairá no prejuízo.
Carlos Newton
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