O showrnalismo tupiniquim é de uma imbecilidade
tacanha. Dá nojo ver algumas notinhas, em colunas abestradas e amestradas,
comemorando um prematuro insucesso do “Encontro com Fátima Bernardes”. O
problema dos críticos é tão sintomático quanto a não decolagem (ainda) do
programa. A maioria de medíocres adora criticar e detonar as boas ideias,
focadas em um jornalismo popular que exija ou provoque um mínimo de reflexão da
“audiência”.
Em audiovisual (cinema, televisão e rádio), algumas boas propostas demoram a vingar. Milagre quando alguma proposta de qualidade faz sucesso imediatamente e, mais raramente ainda, consegue sobreviver ao imediatismo ignorante dos dirigentes midiáticos brasileiros. Justamente por isto atacam o programa da Fátima, por preconceito, burrice ou inveja, aqueles que já tiveram seu senso comum modificado pelo modelinho ignorante de telejornalismo ou de entretenimento televisivo de baixo nível.
O programa da Fátima – proposto pela jornalista – tem de dar certo. Primeiro, porque ela contribui para elevar o nível da programação da televisão aberta. Segundo porque promove uma interatividade e troca de ideias com seu auditório – vencendo uma barreira dentro da própria Globo, que nunca foi muito chegada à interação e ao debate livre de ideias em sua programação ao vivo. Terceiro, porque a mídia brasileira precisa discutir questões relevantes e humanas – como parece ser a proposta da Fátima. Sucesso para ela, e para todos nós – mesmo que demore um pouco.
Aproveitando o título do programa, os brasileiros precisam se encontrar com o Brasil – ou vice-versa. Temos tudo para ser, rapidamente, potência mundial. Basta ter vontade, competência e capacidade de gestão. Temos de tirar proveito da genética de vira-lata – e não ficarmos reféns de um complexo de inferioridade, fracasso, medo, omissão, provincianismo e burrice. Precisamos desenvolver um otimismo operacional, que se transforme em resultados produtivos, medidos em conhecimento bem aplicado e geração efetiva de bem-estar e riquezas para a maioria dos brasileiros.
Os ignorantes, medrosos ou corruptos – em parceria ou mera conivência com os ideólogos e operadores do Governo do Crime Organizado – querem exatamente o contrário: um País aparentemente rico, mas que tenha um povo cada vez mais idiotizado política e culturalmente, para servir aos interesses dos bandidos que têm a hegemonia dos podres poderes. Para eles, uma mídia leviana, oportunista, vaidosa e que só critica o que lhe interessa provinciana ou individualmente serve perfeitamente aos planos de manutenção da escatologia vigente.
No mar de lama, tomo emprestada a parte de um desabafo reflexivo do leitor Alberto Figueiredo – sempre presente na área de comentários deste Alerta Total. Ele descreve bem o fenômeno da gritaria virtual, que ajuda, mas não resolve os problemas e nem viabiliza soluções mais práticas. Abre aspas para ele: “A parte do povo que usa jornal (pra ler), internet ou revista já sabe de tudo isso e muito mais. Mandar: Vejam isso, vejam aquilo (divulguem) não vai alterar nada, querem fazer alguma coisa que realmente sirva? Vão para as ruas, para a frente do congresso, do STF, TSE, Assembléias, Câmaras, Prefeituras, palácios de governos, e demais coitos, nada conseguirão. Esta revolta digital já era esperada. Faz parte do jogo”.
O leitor prossegue: “No Brasil o povo pode reclamar, chamar todo mundo de ladrão. É a liberdade de expressão, teatro para o mundo. Enquanto isso, nos redutos das quadrilhas, o futuro do Brasil vai indo pro brejo. Reclamações? Tolice! Gente safada não tem vergonha. “Deixa este povinho idiota gritar, em outubro ele vai às urnas e nos concede mais quatro anos de liberdade para roubar, mesmo que não queiram. O resultado já é conhecido. As inexpugnáveis urnas brasileiras nos garantirão um futuro tranquilo. Eis a vontade livre e democrática do povo”.
Mandou bem! A reação parece inútil e sempre fora do tempo. A ação quase não acontece. O governo do Crime faz a festa. E seus agentes ficam impunes e cada vez mais ricos e poderosos. A campanha cidadã em favor de candidatos ficha-limpa sofreu mais uma contundente derrota. O Tribunal Superior Eleitoral resolveu facilitar a candidatura de políticos que tiveram as contas de eleições passadas reprovadas pela Justiça Eleitoral. Teremos 21 mil contas-sujas disputando – com enormes chances de vencer com a grana roubada – a próxima eleição.
E vai começar o teatrinho eleitoral do João Minhoca, encenado em pleno cassino eleitoral do Al Capone, com seu sistema de votação eletrônica 101% confiável. Enquanto isto, o cenário de crise global se agrava no horizonte externo. No lamaçal interno, a permanente crise institucional realiza o milagre de não desandar em ruptura – e sim sempre acabar em “conciliações, conivências, conchavos e negociatas”.
No discurso de propaganda oficial, vai tudo bem no Brasil. Mas, se der algo errado, e os emergentes precisarem de algum reforço de crédito, sugiro que se peça uma graninha emprestada ao partido político no poder. Talvez tenha sobrado um tantinho dos R$ 1.150.000,00 que a construtora Delta generosamente doou para a campanha presidencial da Dilma, em 2010 – conforme denúncia da Transparência Brasil.
Se sobrar algum, manda para cá... Mas deve ter sobrado, não...
Em audiovisual (cinema, televisão e rádio), algumas boas propostas demoram a vingar. Milagre quando alguma proposta de qualidade faz sucesso imediatamente e, mais raramente ainda, consegue sobreviver ao imediatismo ignorante dos dirigentes midiáticos brasileiros. Justamente por isto atacam o programa da Fátima, por preconceito, burrice ou inveja, aqueles que já tiveram seu senso comum modificado pelo modelinho ignorante de telejornalismo ou de entretenimento televisivo de baixo nível.
O programa da Fátima – proposto pela jornalista – tem de dar certo. Primeiro, porque ela contribui para elevar o nível da programação da televisão aberta. Segundo porque promove uma interatividade e troca de ideias com seu auditório – vencendo uma barreira dentro da própria Globo, que nunca foi muito chegada à interação e ao debate livre de ideias em sua programação ao vivo. Terceiro, porque a mídia brasileira precisa discutir questões relevantes e humanas – como parece ser a proposta da Fátima. Sucesso para ela, e para todos nós – mesmo que demore um pouco.
Aproveitando o título do programa, os brasileiros precisam se encontrar com o Brasil – ou vice-versa. Temos tudo para ser, rapidamente, potência mundial. Basta ter vontade, competência e capacidade de gestão. Temos de tirar proveito da genética de vira-lata – e não ficarmos reféns de um complexo de inferioridade, fracasso, medo, omissão, provincianismo e burrice. Precisamos desenvolver um otimismo operacional, que se transforme em resultados produtivos, medidos em conhecimento bem aplicado e geração efetiva de bem-estar e riquezas para a maioria dos brasileiros.
Os ignorantes, medrosos ou corruptos – em parceria ou mera conivência com os ideólogos e operadores do Governo do Crime Organizado – querem exatamente o contrário: um País aparentemente rico, mas que tenha um povo cada vez mais idiotizado política e culturalmente, para servir aos interesses dos bandidos que têm a hegemonia dos podres poderes. Para eles, uma mídia leviana, oportunista, vaidosa e que só critica o que lhe interessa provinciana ou individualmente serve perfeitamente aos planos de manutenção da escatologia vigente.
No mar de lama, tomo emprestada a parte de um desabafo reflexivo do leitor Alberto Figueiredo – sempre presente na área de comentários deste Alerta Total. Ele descreve bem o fenômeno da gritaria virtual, que ajuda, mas não resolve os problemas e nem viabiliza soluções mais práticas. Abre aspas para ele: “A parte do povo que usa jornal (pra ler), internet ou revista já sabe de tudo isso e muito mais. Mandar: Vejam isso, vejam aquilo (divulguem) não vai alterar nada, querem fazer alguma coisa que realmente sirva? Vão para as ruas, para a frente do congresso, do STF, TSE, Assembléias, Câmaras, Prefeituras, palácios de governos, e demais coitos, nada conseguirão. Esta revolta digital já era esperada. Faz parte do jogo”.
O leitor prossegue: “No Brasil o povo pode reclamar, chamar todo mundo de ladrão. É a liberdade de expressão, teatro para o mundo. Enquanto isso, nos redutos das quadrilhas, o futuro do Brasil vai indo pro brejo. Reclamações? Tolice! Gente safada não tem vergonha. “Deixa este povinho idiota gritar, em outubro ele vai às urnas e nos concede mais quatro anos de liberdade para roubar, mesmo que não queiram. O resultado já é conhecido. As inexpugnáveis urnas brasileiras nos garantirão um futuro tranquilo. Eis a vontade livre e democrática do povo”.
Mandou bem! A reação parece inútil e sempre fora do tempo. A ação quase não acontece. O governo do Crime faz a festa. E seus agentes ficam impunes e cada vez mais ricos e poderosos. A campanha cidadã em favor de candidatos ficha-limpa sofreu mais uma contundente derrota. O Tribunal Superior Eleitoral resolveu facilitar a candidatura de políticos que tiveram as contas de eleições passadas reprovadas pela Justiça Eleitoral. Teremos 21 mil contas-sujas disputando – com enormes chances de vencer com a grana roubada – a próxima eleição.
E vai começar o teatrinho eleitoral do João Minhoca, encenado em pleno cassino eleitoral do Al Capone, com seu sistema de votação eletrônica 101% confiável. Enquanto isto, o cenário de crise global se agrava no horizonte externo. No lamaçal interno, a permanente crise institucional realiza o milagre de não desandar em ruptura – e sim sempre acabar em “conciliações, conivências, conchavos e negociatas”.
No discurso de propaganda oficial, vai tudo bem no Brasil. Mas, se der algo errado, e os emergentes precisarem de algum reforço de crédito, sugiro que se peça uma graninha emprestada ao partido político no poder. Talvez tenha sobrado um tantinho dos R$ 1.150.000,00 que a construtora Delta generosamente doou para a campanha presidencial da Dilma, em 2010 – conforme denúncia da Transparência Brasil.
Se sobrar algum, manda para cá... Mas deve ter sobrado, não...
01 de julho de 2012
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário