"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 24 de julho de 2012

REVOLUCIONÁRIO DE BOTEQUIM ( 1 )


“A brincadeira começou porque ele ficava sentado no boteco, olhando a Clara Becker trabalhar na loja de frente”.

Teodorico Picinatto, amigo de José Dirceu, ao contar no Estadão desta segunda-feira por que o então militante do Movimento de Libertação Popular (Molipo) ganhou o apelido de “Pedro Caroço” quando viveu em Cruzeiro do Oeste disfarçado de Carlos Henrique Gouveia de Mello, revelando que, como o personagem da música de Genival Lacerda que está sempre “de olho na butique dela”, o guerrilheiro de festim combateu a ditadura durante quatro anos vendo a mulher trabalhar sentado numa mesa de botequim.

24 de julho de 2012
Augusto Nunes

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