O prefeito de Coração de Jesus, cidade no Norte de Minas, Antônio Cordeiro de Faria (PSDC), foi alvo de uma medida cautelar inédita no país. Preso pela Polícia Federal (PF), na operação Odin, ele foi liberado, mas vai usar uma tornozeleira eletrônica por tempo indeterminado.
A determinação da Justiça tem o objetivo de evitar que ele se aproxime a menos de cem metros dos prédios públicos da cidade e dos servidores da prefeitura.
Foto: Rodrigo Oliveira
Prefeito com a tornozeleira
Toninho Cordeiro, que tenta a reeleição, deixou o prédio da PF em Montes Claros no final da manhã, já com o equipamento, e não quis falar com a imprensa. Além dele, o secretário municipal de Obras e o ex-secretário de Transportes do município também terão que usar a tornozeleira, que é monitorada via satélite em todo o território nacional.
Os três gestores são suspeitos de participar de um esquema de fraude em licitação com direcionamento da concorrência pública. A medida cautelar de rastreamento foi baseada na suspeita de que os três estariam coagindo empresários e testemunhas. De acordo com as investigações, os suspeitos vêm oferecendo até R$ 20 mil para que outros envolvidos no esquema omitam ou prestem falso testemunho sobre as fraudes.
Ao todo, a Polícia Federal cumpriu 11 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1) e pela Justiça Federal em residências, empresas e na prefeitura de Coração de Jesus.
De acordo com as investigações, obras que deveriam ter sido concluídas em fevereiro, por exemplo, estavam sendo executadas, em abril, por funcionários e com equipamentos da prefeitura.
Em dois casos – na pavimentação de 100 km de ruas com reconstrução de 18 casas e nas obras da ponte sobre o rio Pacuí e o córrego Xirí – os contratos tinham o valor de R$ 1,5 milhão cada.
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INEDITISMO
O delegado-chefe da Polícia Federal de Montes Claros, Marcelo Freitas, fez questão de destacar que é a primeira vez, no Brasil, que as tornozeleiras são usadas em um caso de medida cautelar, o que é previsto pela Lei nº 12.403 e pelo artigo 319 do Código Penal.
O delegado também afirmou que é inédito o fato de um prefeito ser afastado por inquérito criminal aberto pelo TRF-1.
A determinação da Justiça tem o objetivo de evitar que ele se aproxime a menos de cem metros dos prédios públicos da cidade e dos servidores da prefeitura.
Foto: Rodrigo Oliveira
Prefeito com a tornozeleira
Toninho Cordeiro, que tenta a reeleição, deixou o prédio da PF em Montes Claros no final da manhã, já com o equipamento, e não quis falar com a imprensa. Além dele, o secretário municipal de Obras e o ex-secretário de Transportes do município também terão que usar a tornozeleira, que é monitorada via satélite em todo o território nacional.
Os três gestores são suspeitos de participar de um esquema de fraude em licitação com direcionamento da concorrência pública. A medida cautelar de rastreamento foi baseada na suspeita de que os três estariam coagindo empresários e testemunhas. De acordo com as investigações, os suspeitos vêm oferecendo até R$ 20 mil para que outros envolvidos no esquema omitam ou prestem falso testemunho sobre as fraudes.
Ao todo, a Polícia Federal cumpriu 11 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1) e pela Justiça Federal em residências, empresas e na prefeitura de Coração de Jesus.
De acordo com as investigações, obras que deveriam ter sido concluídas em fevereiro, por exemplo, estavam sendo executadas, em abril, por funcionários e com equipamentos da prefeitura.
Em dois casos – na pavimentação de 100 km de ruas com reconstrução de 18 casas e nas obras da ponte sobre o rio Pacuí e o córrego Xirí – os contratos tinham o valor de R$ 1,5 milhão cada.
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INEDITISMO
O delegado-chefe da Polícia Federal de Montes Claros, Marcelo Freitas, fez questão de destacar que é a primeira vez, no Brasil, que as tornozeleiras são usadas em um caso de medida cautelar, o que é previsto pela Lei nº 12.403 e pelo artigo 319 do Código Penal.
O delegado também afirmou que é inédito o fato de um prefeito ser afastado por inquérito criminal aberto pelo TRF-1.
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