"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 24 de agosto de 2012

PETISTA NÃO É NADA CRIATIVO!

                                 MENSUALÓN (1)

Os leitores talvez imaginem que o Mensalão é criação brasileira. Não é não! O nosso é pura cópia.
Políticos filhos da puta também não são exclusividade brasileira, como poderiam pensar.

Em 1999/2001, o governo argentino, sob o comando do presidente Fernando De La Rua (foto), precisava de apoio de senadores peronistas (que eram oposição) para facilitar e aprovar a reforma trabalhista que era exigida pelo FMI, para dar seqüência aos empréstimos.
 
Os “legisladores” pediram dinheiro para apoiar a lei. Foi montada uma operação de suborno em que saíram dos cofres da Secretaria de Inteligência (Side) o valor de 5 milhões de pesos.
 
Mas sempre tem um que, quando o rabo esquenta muito, abre a boca. Mario Pontaquarto, que foi o portador do dinheiro aos políticos, foi o delator do esquema, considerado no país dos hermanos como “o caso de corrupção institucional mais grave desde o retorno à democracia, em 1983″.

O caso está no Tribunal Oral Federal nº 3, em Buenos Aires, capital da Argentina, e o juiz Delgado conceituou que o então presidente teria dado o aval para o pagamento da propina.

Nosso Inimputável Imperador Etílico de Caetés nem foi original. Vejam a defesa de De La Rua:
Posso garantir que nenhum conhecimento ou participação pode ser atribuído a mim. Mas, examinando o caso, os subornos não existiram.
 
Só faltou mesmo dizer que o traíram… BINGO!

Apesar de aparentar calma, De La Rua pode ser condenado a 10 anos de prisão por “corrupção ativa agravada e desvio de fundos públicos.
Santa periquita, parece que vamos passar mais uma vergonha perante nossos hermanos, porque eles julgam ex-presidentes. Nós não!
 
24 de agosto de 2012
Magu

(1) Em espanhol, mensal se diz mensual.
(2) Fonte: Bandnews e Correio Brasiliense.

Nenhum comentário:

Postar um comentário