Futuro de Jader continua nas mãos do Supremo
Depois de escapar da Ficha Limpa com a decisão do STF de adiar a validade da lei, peemedebista ainda tem contas a acertar com a corte: é o senador que responde a mais ações penais.
Jader gasta R$ 100 mil para divulgar mandato
O destino do senador, no entanto, continua atrelado ao Supremo.
O ex-governador do Pará e ex-ministro da Reforma Agrária e da Previdência no governo José Sarney é hoje o senador que responde a mais processos na corte responsável por investigar e julgar parlamentares e outras autoridades com foro privilegiado. São cinco ações penais (as “APs” 374, 397, 398, 498 e 653), por peculato, crimes contra o sistema financeiro, falsidade ideológica, quadrilha ou bando e emprego irregular de verba pública, além de dois inquéritos (2760 e 2909), respectivamente por lavagem de dinheiro e crime contra a ordem tributária.
As denúncias de desvio na antiga Sudam já renderam outros constrangimentos a Jader. Em fevereiro de 2002, ele foi algemado e passou 16 horas preso na sede da Superintendência da Polícia Federal em Tocantins, acusado pelo Ministério Público Federal de comandar uma “organização criminosa” que desviou pelo menos R$ 130 milhões da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia. O peemedebista sempre negou as acusações, alegando ser vítima de perseguição política.
Filho pródigo
Em outubro de 2002, Jader voltou ao Congresso, após ser eleito o deputado mais bem votado do Pará. Ele já havia ocupado uma cadeira na Casa entre 1975 e 1983. Entre janeiro de 2003 e 30 de novembro de 2010 – quando renunciou ao mandato de deputado em protesto contra o indeferimento de sua candidatura ao Senado –, Jader não apresentou um projeto de lei sequer. Tampouco fez qualquer discurso.
Nos últimos quatro anos que passou na Câmara, compareceu a menos de 40% das sessões deliberativas e faltou a todas as reuniões do único colegiado de que participava, a Comissão de Ciência e Tecnologia.
Leia também:
Jader passou mandato em branco na Câmara
Jader: o rei do Valle de los Caídos
08 de agosto de 2012
Edson Sardinha e Fábio Góis
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Afinal, que país é este, que elege sempre com votação pra lá de expressiva um homem com tal biografia? Será que o Francelino poderia responder a tal pergunta?
Será que apenas o fator Educação, explicaria tamanho absurdo, ou há algo mais pairando além da nossa vã filosofia?
E não é um caso isolado no cenário político. Encontramos vários outros com biografia não menos invejável, e que se perpetuam no poder. Figurinhas conhecidas, frequentadoras aassíduas dos muitos escândalos que assolam este pobre país, se reelegem, apesar de tudo, com incrível facilidade, donos que são de seus currais eleitoreiros, manipulados por hábeis cabos eleitorais e milionárias campanhas, recheadas de promessas.
m.americo
Depois de escapar da Ficha Limpa com a decisão do STF de adiar a validade da lei, peemedebista ainda tem contas a acertar com a corte: é o senador que responde a mais ações penais.
Jader gasta R$ 100 mil para divulgar mandato
O destino do senador, no entanto, continua atrelado ao Supremo.
O ex-governador do Pará e ex-ministro da Reforma Agrária e da Previdência no governo José Sarney é hoje o senador que responde a mais processos na corte responsável por investigar e julgar parlamentares e outras autoridades com foro privilegiado. São cinco ações penais (as “APs” 374, 397, 398, 498 e 653), por peculato, crimes contra o sistema financeiro, falsidade ideológica, quadrilha ou bando e emprego irregular de verba pública, além de dois inquéritos (2760 e 2909), respectivamente por lavagem de dinheiro e crime contra a ordem tributária.
As denúncias de desvio na antiga Sudam já renderam outros constrangimentos a Jader. Em fevereiro de 2002, ele foi algemado e passou 16 horas preso na sede da Superintendência da Polícia Federal em Tocantins, acusado pelo Ministério Público Federal de comandar uma “organização criminosa” que desviou pelo menos R$ 130 milhões da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia. O peemedebista sempre negou as acusações, alegando ser vítima de perseguição política.
Filho pródigo
Em outubro de 2002, Jader voltou ao Congresso, após ser eleito o deputado mais bem votado do Pará. Ele já havia ocupado uma cadeira na Casa entre 1975 e 1983. Entre janeiro de 2003 e 30 de novembro de 2010 – quando renunciou ao mandato de deputado em protesto contra o indeferimento de sua candidatura ao Senado –, Jader não apresentou um projeto de lei sequer. Tampouco fez qualquer discurso.
Nos últimos quatro anos que passou na Câmara, compareceu a menos de 40% das sessões deliberativas e faltou a todas as reuniões do único colegiado de que participava, a Comissão de Ciência e Tecnologia.
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08 de agosto de 2012
Edson Sardinha e Fábio Góis
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Afinal, que país é este, que elege sempre com votação pra lá de expressiva um homem com tal biografia? Será que o Francelino poderia responder a tal pergunta?
Será que apenas o fator Educação, explicaria tamanho absurdo, ou há algo mais pairando além da nossa vã filosofia?
E não é um caso isolado no cenário político. Encontramos vários outros com biografia não menos invejável, e que se perpetuam no poder. Figurinhas conhecidas, frequentadoras aassíduas dos muitos escândalos que assolam este pobre país, se reelegem, apesar de tudo, com incrível facilidade, donos que são de seus currais eleitoreiros, manipulados por hábeis cabos eleitorais e milionárias campanhas, recheadas de promessas.
m.americo
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