Justiça decreta prisão do deputado federal Newton Cardoso Político é acusado pela ex-mulher, Maria Lúcia Cardoso, de dever R$ 1,5 milhão em pensões
Foi decretada pela segunda vara de família do Tribunal de Justiça de Brasília a prisão do deputado federal Newton Cardoso (PMDB). O motivo é o atraso no pagamento das pensões alimentícias à sua ex-mulher, Maria Lúcia Cardoso (PMDB). Segundo a ex-parlamentar, que teve quatro filhos com o deputado, o valor mensal do benefício é de R$ 150 mil e a dívida já ultrapassou a casa do R$ 1,5 milhão.
A decisão é do dia 27 de agosto, mas só agora os advogados foram comunicados. Em entrevista ao Estado de Minas, Maria Lúcia comemorou a decisão. "Isso só veio mostrar que eu estava certa", disse.
Na última semana, Maria Lúcia Cardoso desistiu da candidatura à Prefeitura de Pitangui, no Centro-Oeste de Minas. No cartório, ela alegou "motivos pessoais" para justificar a desistência, mas disse à reportagem que motivo real foram problemas "emocionais e financeiros". "Estou desde fevereiro sem receber a pensão alimentícia e não tenho como custear os gastos de campanha e o sustento dos meus filhos", contou na época.
Nessa quarta-feira, Newton Cardoso se defendeu e creditou a um "estado avançado de distúrbio mental" a decisão de sua ex-mulher. O parlamentar garantiu que tem pago a pensão em dia e mostrou à reportagem cópia dos contracheques recebidos da Câmara de maio, junho e julho, em que consta um desconto de pensão de R$ 15.996,96 mensais - 60% do salário de R$ 26.723,13 recebido por ele. O restante do benefício pago à ex-mulher, segundo ele, sai dos dividendos de suas empresas.
A reportagem entrou em contato com a defesa do parlamentar, que ainda não se manifestou sobre a decisão.
06 de setembro de 2012
Maria Clara Prates e Emerson Campos, Estado de Minas
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