"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 6 de setembro de 2012

JUSTIÇA MANDA PRENDER NEWTON CARDOSO, EX-GOVERNADOR DE MG

 

Justiça decreta prisão do deputado federal Newton Cardoso Político é acusado pela ex-mulher, Maria Lúcia Cardoso, de dever R$ 1,5 milhão em pensões

Foi decretada pela segunda vara de família do Tribunal de Justiça de Brasília a prisão do deputado federal Newton Cardoso (PMDB). O motivo é o atraso no pagamento das pensões alimentícias à sua ex-mulher, Maria Lúcia Cardoso (PMDB). Segundo a ex-parlamentar, que teve quatro filhos com o deputado, o valor mensal do benefício é de R$ 150 mil e a dívida já ultrapassou a casa do R$ 1,5 milhão.

A decisão é do dia 27 de agosto, mas só agora os advogados foram comunicados. Em entrevista ao Estado de Minas, Maria Lúcia comemorou a decisão. "Isso só veio mostrar que eu estava certa", disse.

Na última semana, Maria Lúcia Cardoso desistiu da candidatura à Prefeitura de Pitangui, no Centro-Oeste de Minas. No cartório, ela alegou "motivos pessoais" para justificar a desistência, mas disse à reportagem que motivo real foram problemas "emocionais e financeiros". "Estou desde fevereiro sem receber a pensão alimentícia e não tenho como custear os gastos de campanha e o sustento dos meus filhos", contou na época.

Nessa quarta-feira, Newton Cardoso se defendeu e creditou a um "estado avançado de distúrbio mental" a decisão de sua ex-mulher. O parlamentar garantiu que tem pago a pensão em dia e mostrou à reportagem cópia dos contracheques recebidos da Câmara de maio, junho e julho, em que consta um desconto de pensão de R$ 15.996,96 mensais - 60% do salário de R$ 26.723,13 recebido por ele. O restante do benefício pago à ex-mulher, segundo ele, sai dos dividendos de suas empresas.

A reportagem entrou em contato com a defesa do parlamentar, que ainda não se manifestou sobre a decisão.

06 de setembro de 2012
Maria Clara Prates e Emerson Campos, Estado de Minas

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